Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Dez 18
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... assim como os temas que tratamos.

 

Não é por acaso que escrevemos em 3 blogs, por vezes muito semelhantes, mas na raiz estão assuntos diferentes:

https://primaluce.blogs.sapo.pt/ aqui começámos (em Outubro de 2010), preocupada em continuar a tarefa de professora que desde 1976 iniciei.

E que em 2002, logo no início desse ano, estando a fazer um mestrado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa me apercebi, que grande parte da História da Arte que vem a ser ensinada desde que me conheço estava a ser vista de forma errada, e enganada por sucessivos erros acumulados. Mas pior ainda, enganadora, sobretudo a partir do momento que se têm pistas que permitem vislumbrar novas vias de investigação.

Desde 2002 a 2005 muito se passou, ficou escrito um trabalho que em 2008 a Livros Horizonte considerou digno de publicação. E entretanto - do ponto de vista académico - inscrevemo-nos na fase seguinte necessária ao consolidar cientifico (e portanto público e oficial) dos conhecimentos que temos vindo a reunir e a poder observar numa perspectiva diferente da que é a actual, e a oficial...

Só que, a instituição - IADE - que deveria ser a primeira e mais interessada nos desenvolvimentos científicos que passaram a estar no centro dos nossos interesses, essa instituição traiu, tal como fora traída imediatamente antes, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a que consideramos ser a visão normal de quem ensina (a nossa). Que é a de quem entende que só a verdade* deve ser ensinada.

Mas adiante, já que este post de hoje tem por objectivo explicar, mais uma vez, onde estamos e porque estamos: i. e., porque escrevemos em 3 diferentes blogs

Assim, e porque nos aconteceu ter encontrado na Biblioteca da UCP um interessante livro dedicado à Teologia da Arte, essa obra foi-nos conduzindo a diferentes leituras que nos levaram por fim ao conhecimento da existência do Pe. Eugenio Marino e da palavra ICONOTEOLOGIA que um dia a aplicou a uma obra de Paolo Uccello. Assim surgiu o nosso blog ,  https://iconoteologia.blogs.sapo.pt/  no qual temos um razoável orgulho.

Nem sempre por aquilo que lá escrevemos, mas pela certeza de ter introduzido em Portugal, e para o contexto da Arte (em geral) - antiga, tradicional e de base religiosa -, a palavra que melhor traduz a sua essência. Ou, dito de outra maneira, a razão de muitos dos themas artísticos e a respectiva iconografia - que é a mais comum - encontrar-se na História da Religião Cristã, e particularmente até na História dos Dogmas. E o itálico justifica-se por ser esse o título de um livro - utilíssimo - que nos foi aconselhado por Ana Maria Jorge do CEHR da Univ. Católica (por Bernard Sesboüé).

É verdade porém, que muito do que aqui temos escrito, nem sempre parece ser bonzinho, ou muito conforme à doutrina católica. Por estar infectado por muita raiva nossa (é esse o estrago, deixado em causa própria), de quem tem que lidar com inúmeras dificuldades.

Não as normais da vida, ou de saúde, porém, dificuldades que, há que o dizer, não são aleatórias, e têm sido geradas, propositadamente, por quem se sente prejudicado pelas ideias que, passo a passo, temos tido a sorte de estar a conseguir formar e a desenvolver. Formação e desenvolvimento que, por se tratarem de ideias, obviamente não é uma tarefa fácil. 

Aqui podíamos ficar por um irónico "temos pena!" (dos nossos inimigos e das suas invejas... claro); mas a origem desta raiva - demasiado típica num Portugal sempre exíguo, e como até Camões o fez constar no último verso dos Lusíadas - passa pela "inveja".

Ou também, e este é um fenómeno que normalmente surge associado nestas questões da inveja, «pela aparência» que muitos superficialmente vislumbram e captam, sem chegarem à essência, daquilo e daquele que invejam. Aparência que supõem, que, desviando-a para si, e em seu favor, julgam poder manter (?!). Como se a imagem que captam - no seu olhar que é oblíquo e ínvio... (ou inviesado, e não imagens que se esforçassem por ver no centro da retina que é a fóvea) - como se essa aparência que os deslumbra (?) fosse tudo! E naturalmente isto, mais do que fazer-nos sorrir, pode gerar umas boas gargalhadas. 

Isto é, invejam a imagem do vencedor; do que vai triunfando, a duras penas e muito aos poucos, esquecendo-se que estão a querer ter para si, apenas o que se vê à superfície, e não toda a profundidade que alguns êxitos têm que ter por detrás. 

Ora isto são «rabos-de-palha» que têm e se podem explorar. Os que invejam dão-nos ainda mais razões para não nos calarmos! Nem para vergonhas! Porque a existirem, essas têm os seus próprios donos, e não somos nós...

A Miguel Real este tema já deu um livro. Chamou-lhe A Morte de Portugal, o que é sem dúvida bastante claro; mas tantos, tantos outros, há muito que fizeram questão de denunciar estas falsidades aparentes, de quem destrói os outros, por não querer admitir o su valor. Num Portugal que tem sido um país pobre, isto sempre foi notório.

Assim, e até visto de fora, como se lê no prefácio de uma obra inglesa, anónima, do século XIX, intitulada Portugal; Or, The Young Travellers, nela, os ingleses anónimos que a produziram - talvez por isso mesmo (?) - não tiveram o menor pejo de troçar (como nós fazemos) daquilo que consideravam vergonhoso.

Por isso eles se referiram a esta preocupação (tão «portuga» dizemos nós) do "Parecer, mais do que Ser". Indo ao ponto de verem nessa ocupação (de mentes doentias) O Atributo que não está, mas devia estar, segundo eles, plasmado  no escudo de Portugal.

Finalmente, para quem como nós não tem medo de trabalhar - mas sim de todos aqueles que tudo fazem para dificultarem os trabalhos alheios - pois nós mesmos entendemos, que a Casa Amarela de Portalegre era merecedora de um blog. E por isso - apesar ser mais um, e já não tendo como objectivo, como fora antes o «registo» de um qualquer nome - sem mais, criámo-lo!

Ficou a chamar-se https://casamarela.blogs.sapo.pt/   **

Pessoalmente, podemos dizê-lo, mesmo que chovam críticas, ainda bem que o fizemos. Pois a especificidade da Cidade de Portalegre, ou em particular daquela que é agora uma casa (parcialmente) minha, uma e outra são plenamente merecedoras de uma escrita dedicada.

Embora, como consequência de serem demasiados «os espaços por onde estamos», ou de uma certa dispersão (mais aparente do que factual), não nos tenhamos podido concentrar a escrever, com a frequência desejável, neste que foi «o último blog que inventámos».

E porque a perfeição é inatingível, pode acontecer que os nomes dos ditos blogs não sejam propriamente os mais bonitos? No entanto, sabemos que são significantes quanto aos respectivos conteúdos. Depois, neste último «espaço inventado», foi com o maior dos prazeres,  que nele incluímos um artigo feito para um jornal on line (dos estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre). Publicação que nos mereceu particular atenção - como é normal e gostamos de fazer -, tendo sido brindada, nessa ocasião feliz, por mais uma fantástica "trouvaille".

Enfim, prova de que o esforço compensa; descoberta que fizemos pelo facto de termos escrito o artigo, embora só algum tempo mais tarde tivéssemos tido a verdadeira noção da sua imensa importância.

De tal modo que, no artigo original apenas indicámos o local donde veio a dita informação, sem a destacarmos logo, e integralmente. Vejam na nota [9] em https://casamarela.blogs.sapo.pt/o-portalegre-cultural-sumiu-4540

Mas desde então, a dita descoberta não deixou de ser citada - sempre que nos dá jeito - sobre a concepção antiga, a qual estava associada desde tempos mais do que remotos, chamemos-lhe agora ao  "Design de Portas e Janelas".

Podem ler essa explicação detalhada aqui, e já agora fica uma pergunta. Que é dirigida aos leitores mais especialistas:

Gostaríamos de saber se têm a noção de alguma obra - outra, anterior e independente dos nossos estudos - em que esta passagem, ou algo e ideia semelhante (ver abaixo, a tradução é nossa) já conste? Seria simpático, e um enorme favor se tivéssemos resposta: para saber onde poderemos ir ler mais, e compreender melhor estas temáticas, que tanto nos fascinam

  "As vergas indicam o poder real, a soberania, a rectidão com a qual elas [a soberania e a rectidão] levam todas as coisas à sua concretização (...) os equipamentos de geómetras e de arquitectos, o seu poder de fundar, de edificar e de concretizar e, em geral tudo o que se relaciona com a elevação espiritual e a conversão providencial das suas subordinadas. Acontece também por vezes que os instrumentos com os quais se representam simbolizam [333C] os julgamentos de Deus em relação aos homens, uns representando as correcções disciplinares ou os castigos merecidos, os outros a ajuda divina em circunstâncias difíceis, o fim da disciplina ou o regresso à antiga felicidade, ou ainda o dom de novos benefícios, pequenos ou grandes, sensíveis ou intelectuais. Em suma uma inteligência perspicaz não ficaria embaraçada por fazer corresponder os sinais visíveis às realidades invisíveis."

E foi esta inteligência dos antigos para fazerem associações, associações entre as realidades invisíveis (Deus) e determinados sinais visíveis, que por alguma razão se tornaram significantes (linguísticos, polissémicos, e concretamente ideogramas***), que os nossos estudos nos permitiram, passo a passo ir detectando. 

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Claro que este "só a verdade" tem muito que se lhe diga, e por isso justifica toda a investigação que é feita. Mais: a que é feita e a que vier a ser feita, só se justifica, mesmo, pela necessidade de alargar em todos os campos o leque de conhecimentos. O que pode ser feito do ponto de vista individual, e fazem-se pós-graduações (mestrados e doutoramentos, outros) para cada um por si progredir face aos conhecimentos já existentes. Mas também se podem fazer estudos pós-graduados - provavelmente doutoramentos - com o objectivo muito específico de esclarecer temas e áreas cientificas em que por haver lacunas e muitas incertezas, faz todo o sentido aprofundar. O máximo possível, quer esses mesmos conhecimentos, tentando certifica-los, assim como pondo-os à prova. Quer ainda, não apenas no seu cerne (ou seja o centro de uma determinada área cientifica), mas nas suas periferias imediatas, e nas de outras áreas cientificas, ditas «de transição» para outras disciplinas. Porque, lembre-se, o Saber como agora está estruturado e dividido por diferentes disciplinas, no passado era uno.

E isto porque, claro, e metaforicamente falando, não estamos «sentados» em confortáveis cadeiras mono-disciplinares, mas sim em muito desafiantes, e riquíssimas, «estruturas multidisciplinares»! Thanks God.

** Certamente que a sua qualidade é muito inferior ao que a Cidade e a Casa merecem, mas - quem dá o que tem, a mais não é obrigado!

*** Ideogramas que hoje (nós) consideramos serem de origem geométrica; e que dito de outra maneira, é como se cada Ideograma, ou cada palavra de um sistema - que é uma língua que se baseia em formas (e não em fonemas) -, obedecesse à sua própria gramática. E as regras a que as ditas formas obedecem, esse sistema verdadeiramente ordenador, que existe há muitos séculos, e sempre ajudou a pensar, foi chamado Geometria.

A Ciência que, não o esqueçamos, foi uma das primeiras a existir


16
Dez 18
publicado por primaluce, às 01:00link do post | comentar
  1. Primaluce: Nova História da Arquitectura - 2.255
  2. Uma elipse não é uma oval, mesmo que muitas destas formas pareçam iguais - 636
  3. SAPO Blogs - 349
  4. Pesquisa - Primaluce: Nova História da Arquitectura - 252
  5. Sim, sim - "É para o lado que eu durmo melhor!" (só que agora queixam-se) - 142
  6. Em Ruinarte encontram-se ruínas, em adiantado estado de degradação... um óptimo retrato, METÁFORA deste país. - 124
  7. O Aqueduto das Águas Livres de Lisboa, os maiores arcos de pedra do Mundo*... - 81
  8. PRESENTES, Presentes, e ainda mais presentes... - 60
  9. As vantagens de integrar a Lista do Património Mundial da UNESCO - 50
  10. L’histoire d’une découverte (1ère partie) - 47
  11. POR BEM: A Cruz em Aspa e o seu significado... - 41
  12. Ainda da Carta de Nicolau Copérnico ao papa Paulo III*: ou como no melhor pano caiu a nódoa - 36
  13. Uma preocupação...* - 30
  14. SOBRE «JANELAS À SIZA» - e como é incomodativo contrariar as expressões que em geral estão aceites e os conhecimentos que têm (apesar de errados)... - 28
  15. Sobre a Fábrica da Valentim de Carvalho em Paço de Arcos (que não visitámos) cujo Programa Estético hoje interessa destacar*... - 28
  16. Who cares?* - 28
  17. Santo Natal - 27
  18. Que Metáfora: quando a Ética é uma palavra vazia, sem sentido e utilização prática - 27
  19. "Tout passe, tout casse, tout lasse et tout se remplace…" - 26
  20. Ter razão antes de tempo... - 25

e AINDA: 

Termos de Pesquisa (último ano - HOJE DIA 16.12.2018)

  1. primaluce.blogs sapo pt - 36
  2. agregados naturais - 3
  3. amazon - 3
  4. sapo mapas península ibérica - 2
  5. tipos de agregados naturais e artificiais - 2
  6. agregados artificiais - 1
  7. diferença entre elipse e oval - 1
  8. elípse = oval? - 1
  9. esfera armilar d manuel i - 1
  10. etimologie corpus calos - 1
  11. litoralização em portugal - 1
  12. primaluce blog - 1

Estatísticas que provam como foi necessário descartar um post bem interessante relativo ao Convento de Jesus e seus materiais pétreos para nos vermos livres de um visitante incomodativo:

Tocador de teclas, mas pouco mais do que isso...

Mas nos termos de pesquisa ainda está lá o rasto, sinais da procura desse post


13
Dez 18
publicado por primaluce, às 19:30link do post | comentar

..., Já foi há tanto tempo!”, dirão alguns, face à nossa Carta Aberta dirigida ao responsável do IHA da FLUL

 

Só que, e apesar deste seu timing ser mesmo, mesmo muito conveniente, e ter batido aqui à porta na hora certa (*), temos que responder:

Não, não. Not Yet!

É que por aqui não somos, nem estamos desmemoriados. Pelo menos até ver...

Mais, recebemos infos e vários contributos vindos de Vítor Serrão  que foram bem relevantes, sabendo fazer a diferença, e valorizá-los, quando é o caso.

Ficam então para o fim deste post, agora e para arrefecer «a fervura», várias das razões que nos fazem destacar a nossa visão, e porque não concordamos com a posição de Vítor Serrão. No que desvalorizou os resultados das nossas pesquisas, conduzidas pela sua colega na FLUL e no IHA (da mesma Fac. de Letras da UL) a Professora Doutora Maria João Baptista Neto (**).

Claro que as acções, boas e más ficam com quem as pratica, e por isso neste caso vamos dar um dos bons exemplos  dos seus trabalhos e investigações.

Devo-lhe a ele, Vítor Serrão, o ter conhecido a foto abaixo: uma composição/invenção que apesar do tamanho, da fotografia com brilhos e luzes reflectidas que desvalorizam a imagem, considero ser uma peça de Arte, e absolutamente fabulosa.  

Porque a Arte não é só intelectualidade (excessiva) por vezes a raiar o incompreensível. Podendo ser, como neste caso: humor, ternura, ou aqui a colocação do rei na figura do santo que seria o seu patrono...

s.d.joão v-b.jpg

s.d.joão v.jpg

Para mim acho lindo. Quanto ao Vítor S ?

RE: A ver vamos, como diz o cego

E aqui a fotografia a ver onde está, que é na p. 231, de História da Arte em Portugal, O Barroco. Por Vítor Serrão, Editorial Presença, Lisboa 2003

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ 

 (*) Mas que mão andará por aqui? O que sempre esperei, pois nada fiz de incorrecto? Mas já ele – Vítor Serrão – podia ter feito de outra maneira: muito mais correcta, inclusivamente inspirado (pelo seu D. João V), e portanto com elevação. Mas preferiu ficar calado perante as nossas descobertas... Chegou até a haver, lembro-me bem, duns «zunzuns muito estranhos», por causa do que eu estava a escrever sobre o Aqueduto.

Enfim, foi uma preferência (dele) que não «deu nas vistas», parecendo até que seria só exagero meu. Mas, por outro lado, no chamado Ens. Superior Privado, onde tudo é demasiado fluído, e a qualidade demasiado incerta, aí estão todos os dias – como ontem, e exactamente hoje... -, as provas que vão no sentido daquilo que estou a referir.

Porque no dito Ensino Superior Privado, não é como no Estado. Menos ainda que alguém se sinta herdeiro do prestígio das universidades medievais, ou do tempo em que o Saber e o Conhecimento andaram, razoavelmente a par, das noções de valores pátrios...  

Onde, nas ditas escolas de ensino privado, o marketing faz crescer o que muitas vezes, na cabeça dos que funcionamos pela lógica, e com lógica, nem chega a existir...

Pois esses empolam, empolam, e empolam ainda mais, o que muitas vezes é nada...Só publicidade, e enganosa qb.

Mais, fazem omeletes sem ovos e sem nada, e há muito quem as pague e as coma.

Enquanto no Estado, no Ensino Superior Público, onde alguns tiveram a ingenuidade de ir estudar para progredir na Carreira Docente, por aí há quem se dê ao luxo, num tempo em que a inovação é necessária como pão para a boca (para os países e para as suas Economias). Pois no nosso Estado  há quem se dê ao luxo de esconder descobertas relevantes. Sim, o luxo de esconder temas que a maioria dos autores - e isto que estou a escrever está nos livros -, essa maioria questionou-os.

No entanto em Portugal, no Ensino Superior Público, indícios fortes e muito pertinentes de algo que é novo, inesperado, ou até o que se começa já a revelar como novidade e um imenso paradoxo científico, isso esconde-se...!

Sim, insistimos, pois marcha, e depressinha, para debaixo do tapete...

Tudo isto a fazer-nos lembrar Irisalva Moita, e o que se empenhou para que não se perdesse o muito que estava a aparecer do antigo Rocio, no local que foi do Hospital de Todos-os-Santos; espaços que o Metropolitano de Lisboa iria rapidamente ocupar e destruir (sem dar tempo para se investigar, de maneira normal ) ...

Não sabe Vítor Serrão do valor, mas também da fragilidade das IDEIAS e da INVESTIGAÇÃO? Que se acarinha e ajuda a crescer, em vez de se esconder?

(**) Quem, a certa altura, quiçá contrariada com o volte-face que houve nos nossos estudos, e pela posição tomada por quem era o mais responsável, então achou que poderia ela passar também a «variar»...? “Why not”? Até porque vários dos assuntos eram em inglês? Eram até "from London"...?

“Why not?" E assim, anos depois, bastaria fazer parecer, apenas «fleuma» e mais nada, o que - não totalmente, mas numa grande dose de oportunismo, é também plágio?

O que tendo vindo buscar aos nossos estudos sobre Monserrate, muitas das informações que fomos nós que as produzimos, porque as leva sem parcimónia? Ou, em alternativa, porque não diz que conheceu - E POR DENTRO - os nossos estudos? Quando a cabeça ainda estava a trabalhar e a pensar? Quando, concretamente, os estava a orientar...?


12
Dez 18
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... sem desanimar

Portanto a 

CARTA ABERTA

Ao Professor Doutor Vítor Serrão

Caríssimo!...

Não sei se vem com bandeira branca, e vontade de fazer a Paz...?
Mas o que me faz escrever nas redes sociais, e os problemas que ainda hoje tenho na Escola onde sou professora, há 42 anos, em grande parte devem-se a si.
Pois como Presidente do Júri que em 2005 avaliou o meu trabalho – e esta é a minha opinião (vale isso...) -, nunca deveria ter deixado que sobre esse mesmo trabalho se instalasse o silêncio que ainda agora impera.
Ainda bem que hoje quer ser meu amigo do Facebook, BEM-VINDO, mas não esqueço tudo o que escrevi, critiquei e criticarei, sobre o comportamento (verdadeiramente inacreditável) do IHA da FLUL*.
Claro que também não esqueço algumas das suas aulas, nem o acompanhamento muito bom, que tive da Professora Doutora Maria João Neto. Em suma, o muito que recebi, mas também, estando consciente da imensa qualidade do que dei.
Esta carta e a minha posição desde 2005 não é um capricho, pois sei o valor científico de várias das questões que tenho levantado, e sei que ainda está a tempo, se quiser, para me ajudar.
Mostrando, publicamente, sff, que não inventei um monte de disparates, ou sequer que levanto questões científicas sem valor, ou desprezíveis; muito pelo contrário.
Mostrando qual a razão para em 31.1.2005 a FLUL ter dado a nota máxima ao meu estudo sobre Monserrate.
Mais, ambos sabemos do imenso nível intelectual do Dr. Rogério Mendes de Moura, da Livros Horizonte, que sendo um privado, e não uma instituição do Estado, me ajudou muito mais do que a Universidade de Lisboa.
A quem, obviamente competiria promover a Ciência e o Conhecimento, mas fez exactamente o contrário...
BEM-VINDO, aproveitando a oportunidade para pôr mais um dos meus desenhos, feitos a riscar, e a riscar com energia - o máximo possível, e qual medicamento: contra a fúria que naturalmente passei a ter ao IHA da FLUL. Onde fui para progredir na Carreira Docente, tendo vindo de lá, como cada vez mais é visível e notório, com o maior atraso de vida.
Cumprimentos
Glória Azevedo Coutinho

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
*Para quem não sabe as siglas referem-se ao Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde fiz o mestrado sobre o Palácio de Monserrate. Trabalho que está repleto de novas interpretações e respostas (inovadoras), para temas que ainda agora são vistos como verdadeiros enigmas, na Área Científica da História da Arte. Estando demasiado calados os principais responsáveis... Como escrevi num dos últimos posts é vergonhoso que o verdadeiro Saber não seja acolhido e acarinhado pelos estabelecimentos de Ensino Superior, e sobre ele incidam fraudes como é esta minha situação.


10
Dez 18
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

... e divertida!

 

Para quem sempre enfrentou a vida, com um sentido, máximo, de rigor e de verdade!

Para quem sempre se pautou pela coerência, para, quiçá, não deixar de valorizar uma das Lampâdas de John Ruskin, que devia ser a honestidade...

Mas eram outros tempos, em que aos materiais das construções também se associavam conceitos de verdade e honestidade...

Tempos em que a Arquitectura, ou melhor, o EDIFICAR, era também um tropo moral, e que estava portanto repleto de associações (morais), como o adjectivo EDIFICANTE ainda hoje diz...

Para quem durante mais de 25 anos ensinou Tecnologia de Materiais, Conforto de Ambientes (Luminotecnia, Acústica, Conforto Térmico); e ensinou Projectos durante 35-39 anos...

Para quem o rigor era peça essencial da Arquitectura, pois mais do que os desenhos no estirador (bonitos ou nem por isso...), havia que conseguir comunicar aos executantes o que se pretendia. Com objectividade óbvia, máxima, e não passível de interpretações...

Por isto tudo, hoje, Thanks God, poder virar e perverter muitas dessas regras, é um verdadeiro prazer. Poder, não mais desenhar traços paralelos afastados 3,5mm, 2,5 ou 1,5 conforme viessem a ser as espessuras das paredes...

Mas claro, sem deixar de ter a grelha de referências do passado, só que a «trabalhá-las» de um modo soft. Porque sim, e mais nada! Porque dá gozo...!

Não há melhor.

E assim surgem as imagens de hoje.

Angelogia-3.jpgDe um tempo em que ensinar é como quero, e em que os conteúdos se viram para a essência daquilo que a Arte sempre foi, e..., talvez ainda seja? Que seja um transmitir de, ora de simples palavras, ora de ideias mais complexas.

E como método, escolhendo primeiro a temática, i. e., o thema dos gregos. E porque apetece, agora estamos numa de Anjos, sobretudo visando a Angelogia* - hebraica, e do sírio que ficou para a história conhecido como Pseudo Dioníso Areopagita.

Depois, fazendo esse tema passar pelo crivo da representação. O qual sabemos, pode ser exigente ou de resultados bastante aleatórios, como os nossos desenhos mostram.

Ou, ainda como os meios mecânicos da actualidade permitem levar ainda mais longe tal «sorte» mesmo muito aleatória...

e de outra cor-a.jpg

Depois o gostar é sempre o projectar para as obras, do que cada um vê. Ou, melhor dizendo, daquilo que tem em mente...

Um gostar que fez também com que Umberto Eco - alguém que percebeu bem o fenómeno da leitura e de uma espécie de exegese que todos fazemos sobre essas obras - tivesse escrito A Obra Aberta.

E para quem faz, desenhando sem tempo, mal e imperfeito; ou sabendo de algumas limitações inultrapassáveis - concretamente do gap que vai daquilo que vê, àquilo que tem habilidade para desenhar; então, nada como usar outros recursos, «transformadores», e todas as técnicas mistas - disponíveis.

É só querer..., e depois claro, o fazer com prazer, como é típico da atitude experimentalista

Angelogia-14e.jpg

Mas este caso, em particular, ele torna-se mnemotécnico:

Lembrando-nos a designação (mas só isso) de um dos últimos serviços docentes que nos atribuíram. Mesmo sem experiência ou vocação, e que se chamava Desenho Laboratorial.

E em que o laboratorial era, não mais do que um «adjectivo da moda»:

Mero "just pretending". Porque nunca lá estava, ou sequer esteve algo parecido com laboratório.  Como aliás faz parte do mundo de hoje: não fazer mas fingir que se faz.

E assim sendo, pelo menos estas nossas experiencias vêem-se.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Numa abordagem que não nos posiciona sobre a existência dos anjos, mas apenas perante aquilo que se convencionou ser a sua representação


09
Dez 18
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

Porque nestes tempos em que a leitura é curta e escassa, por vezes é mais eficaz usar uma montra.

Estamos lá!


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