Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Nov 18
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... e ainda porque, se há coisa boa que uma pandilha de loucos desonestos me proporcionaram para a minha vida (e são eles no plural*!) foi o facto de ter tempo livre para aquilo que em cada momento achar mais importante fazer.

 

E desde que o Prémio Léon Battista Alberti foi concedido a Carrilho da Graça, na nossa mente continua presente esta obra. Como se (para nós...) fosse indissociável do nome do grande arquitecto italiano. Ou, como se L. B. Alberti não tivesse feito muito mais na sua vida?

Mas enfim, é um automatismo talvez só nosso? Uma mnemónica que aqui é mesmo automática...

6B-Santa_Maria_Novella.jpg

A fachada de Santa Maria Novella, e com ela estes dois pormenores:

Fachda-StaMªNovella.jpgNote-se que os dois desenhos devem ser da autoria de L. B. Alberti, ou escolhidos por ele,  correspondendo (aqui)  à digitalização da capa de uma revista dedicada a esta obra, com um artigo de Umberto Baldini. A prová-lo está a textura (pontilhado) da impressão gráfica**.

DaFachadaStªMªNovella.jpg

Repare-se ainda que este desenho teve que ser feito com dois traços (portanto duplo) para os mestres canteiros, na realização (prática) da obra poderem saber onde começava e onde acabava cada uma das pedras, com cores diferentes, dos chamados embutidos. É que uma das mais importantes características desta fachada, foi a preferência por um contraste cromático, em vez daquele contraste que as superfícies iluminadas e as que estão em sombra (quando há relevo, e elementos escultóricos), normalmente permitem criar.   

Seguem-se textos - sabemos que cansam a maioria dos leitores - mas dos quais não abdicamos, pois ajudam-nos a compreender, e a gostar ainda mais, das obras. Portanto aqui está:

lbalberti-1a.jpg

lbalberti-2a.jpg

Textos obtidos no Oxford Dictionary of Architecture, por James Setevens Curl, Oxford University Press. Oxford 1999, ver p. 12

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*Pode ter saído muito caro (a mim, claro). Mas porque na «vidinha» (como na vindima), até ao lavar dos cestos, ainda é vindima! Assim, nada está, definitivamente, perdido.

Sobretudo porque tivemos o cuidado de não entrar em actividades domésticas excessivas, ou em «dondoquices», e naquela degradação que é fácil acontecer aos desempregados...

O facto de estar sem serviço atribuído, e com uma situação profissional indefinida (pois podia ter sido definido que passava a estar dedicada à investigação, e que este era um tempo sabático). Mas essa indefinição propositada (como um burnout), tem sido contrariada e tornada por nós nalgumas vantagens. Ou seja, como cada dia não tem um amanhã à vista, e com tarefas (urgentes) que obrigam à máxima tensão para as concretizar; como todo este disparate não é da minha autoria, fiz tudo para beneficiar do que é uma delapidação de valor (alheio), e muita ignorância. E para as quais - porém, todavia, contudo - os respectivos decisores e protagonistas são outros...       

Em suma, poderei parecer a vítima de um complot - que é mais amplo do que a situação que me foi criada (há muitos mais perdedores, e mais frágeis, incapazes de se defenderem) -, por isso lamento: "... mas não banquei a vítima!"

**Revista que procuro, mas que, num mar de papéis (do que seria o nosso «doutoramento inovador»), teima em continuar desaparecida...


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