Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Abr 18
publicado por primaluce, às 20:00link do post | comentar

... davam um post enorme, que não há tempo*1.

 

Em resumo são por esta ordem:

1. Praça do Comércio - Lisboa

2. Kew Gardens, e dentro destes The Princess of Wales Conservatory; mas também, não muito longe (fisicamente, mas abaixo no «degrau das maravilhas»), The Palm House, que é uma outra estufa - An iconic Victorian glasshouse, como se diz em https://www.kew.org/kew-gardens/attractions/palm-house.  Os Kew Gardens ficam nos arredores de Londres*2

3. O Vale do Douro - Todo! Paisagem natural + Arquitectura de influência inglesa georgian

 

E tudo isto porque um dia aconteceu ser pedido um perfil, e depois de pensarmos escreveu-se isto: https://blogs.sapo.pt/profile?blog=primaluce. 

Foi quando nos apercebemos, que tinha interiorizado o que também já contactara, teoricamente, sobre o Gosto no século XVIII, ao escrever sobre Monserrate*3.

Claro que Monserrate dá-nos (deu-nos) muito mais do que a arquitectura e o fazer (integral) de ambientes artificiais, trazendo assim também, e com o conhecimento do Palácio, o melhor da Natureza. Quer a paisagem que o rodeia, quer ideias que desconhecíamos sobre os jardins ingleses, quer ainda depois, e em pormenor, várias informações de algumas espécies botânicas.  

De tal modo que, hoje, e seja onde for, para nós as palavras Kew Gardens são quase mágicas: sinónimas, imediatamente, de beleza.

Independente da escala, do suporte ou do meio. Como acontece neste desenho retirado de um álbum fantástico*4:

Kew-plants.jpg

É Ciência ilustrada ao mais alto-nível, como mostra o exemplo. Sendo que há no livro outros casos, muito melhores, mais completos e também muito complexos de que resultam desenhos e ilustrações que são de uma beleza inegável. A ponto de nos fazerem pensar que não é precisa a imaginação humana (e as suas/nossas criações fictícias), já que as obras da natureza dificilmente se conseguem superar com fantasia. Seja qual for...

Como podem perceber tudo isto veio a propósito das fotografias de há uns dias atrás, e das sequências - como «metamorfoses do natural» - em que para haver vida e beleza, também tem que haver degradação e morte.

Transformações (finais) que se escondem, porque neste mundo das «imagens bonitas» parece que se tem que tapar o feio, ou o "desorganizado visualmente"*5, e claramente menos bonito. Mas, talvez - é a pergunta que se impõe - a verdadeira beleza esteja nas sequências (todas) que a vida proporciona?  

 

*1 Para os googles e faces não ficarem a saber de mais...

*2 Das coisas mais bonitas que conheço e considero ser uma imensa perca, para quem viaja, não visitar esta obra: humana, e portanto artificial, mas fabulosa...  Feita exactamente como se fizeram os jardins zoológicos e botânicos: para dar a conhecer a variedade (enciclopédica) das belezas naturais. 

*3 Ver em Monserrate uma Nova História, De Strawberry Hill a Monserrate - I, alguns aspectos sobre as discussões à volta do (bom) Gosto, em Inglaterra. Discussões e práticas que levaram ao Design de peças e excertos arquitectónicos que são de enorme beleza. Ver pp. 55 e seguintes, mas também em História da Estética de Raymond Bayer, Editorial Estampa (com fantástica tradução de José Saramago), 1995.    

*4 Ver em Botanicum by Katie Scott e Kathy Willis, Edição Kew Royal Botanic Gardens. Prova de que existe um design de ilustração à espera de poder criar desenhos e trabalhos magníficos...

*5 A lembrar (nos) Plotino e a sua definição de beleza


26
Abr 18
publicado por primaluce, às 20:00link do post | comentar

E houve um político que resolveu engrandecer as suas historietas medíocres chamando-lhes "narrativas".

Todos nos lembramos 

 

Assim tudo tem um fim e um principio ou ao contrário como na sequência da galinha, ovo, pinto...

Então, e dada a sua beleza, as nossas flores de hoje podem merecer uma narrativa. Vão ter.

Foto de Gloria Azevedo Coutinho. Ver aqui

Depois há outras narrativas muito mais antigas, pelas quais nos esforçámos, desde 1976, mas nada aconteceu. Pois ainda não era moda..., ou não tinha a premência de hoje?

Mesmo hoje há quem ache que basta um tapete verde, e que ele faz tudo o resto:

Como se tivesse a capacidade de por si só mudar alguma coisa?


25
Abr 18
publicado por primaluce, às 21:45link do post | comentar

... ou, muito menos desistimos de a concretizar!

Tanto mais que se baseou num «poster-quadro», feito numa ocasião e com um propósito especial, e que já tem uns bons anos...


21
Abr 18
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

..., e sempre defendi, é esta:

Aprende-se a andar ----> Caminhando, e a fazer -----> Experimentando.

 

Abaixo as imagens são de 1978, explorações para a Praça Camões no centro da Vila de Cascais, de um estudo em que colaborei com o meu colega Gil Graça.

Apesar da pracinha estar hoje totalmente ocupada pela «cantina do John Bull», pelos alçados reconhece-se o espaço.

Lembro-me bem da surpresa (preferia-se o desenho e seria pouco habitual pensar a partir de modelos...) que foi ter feito não apenas a maquette, mas também as várias fotografias, que agora seleccionei.

MaquettePRAça-Camões-Cascais-1978-014.jpgMaquettePRAça-Camões-Cascais-1978-004.jpg

MaquettePRAça-Camões-Cascais-1978.jpg

Como é sabido, nos trabalhos de equipa há ideias dos vários autores que ficam sintetizadas na solução final. Esta, mais ou menos foi executada, embora o que era para ser um lago, tenha sido substituído por uma estátua (do poeta) que entretanto terá aparecido num armazém...*

Durante anos, sobretudo na Rua Regimento 19, pisei desenhos que tinha imaginado e desenhado.

Quanto à Vila de Cascais, dessa posso dizer (já que também me lembro) que sendo muito embora vista como a cidade que nunca o quis ser - por "uma questão de pedigree" **- no entanto lá por casa, os ecos e as razões que se ouviram eram outras. Não deixando de ser apontados alguns nomes de ministros da época (Santos Júnior, Rapazote, Moreira Baptista). Ou ainda, era feita a óbvia analogia com Sintra, para defender a ideia, porque as duas Vilas*** eram então recordadas como "lugares de vilegiatura real". Sabia-se que tinham pertencido à Casa da Rainha... Coisas a que os políticos de hoje não dão importância.   

E assim, claro que não admiram as versões actuais (resumidas), pois por alguns exemplos não só reconhecemos ter ainda uma memória que não atraiçoa; depois, porque o assunto foi abordado várias vezes, portanto ouvido ao vivo e em directo! I. e., a ver sair ideias de dentro de casa (da cabeça do pai...).

Sobretudo hoje sabemos - mas cada vez melhor, e é aliás sempre fortemente provável que aconteça - que o que a História vai contar décadas depois, sejam elaborações de memórias: postas ao sabor e ao gosto dos (intérpretes) que vêm e vivem muito depois.  

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*Estátua que era bem bonita, e que deve ter sido retirada ou se tornou invisível (?), na imensa confusão que é hoje aquela casa de jantar ao ar livre...

**Como há anos ouvi numa conferência realizada na Casa das Histórias Paula Rego. Conferência para celebrar os «5o-anos-dos-6oo anos» do Foral da Vila. O qual tinha sido concedido pelo rei D. Pedro I; Foral que se celebrou em 1964, com várias festividades e iniciativas pioneiras (como foi a primeira feira de artesanato, atrás do Hotel Baía), ainda com a publicação de uma razoável série de livros, e mais visível a execução da estátua que se mantém no Largo 5 de Outubro.

***Inclusivamente durante anos morámos numa casa chamada Villa Fernando.


20
Abr 18
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Uma recensão que é um óptimo resumo de dois livros de Mary Carruthers*.

 

Sendo que o segundo - Machina memorialis -  conheço melhor e considero da maior utilidade para compreender e corroborar as  ideias a que cheguei, depois dos estudo iniciados com Monserrate.

Como é dito são obras de enorme densidade, eruditas, que dificilmente estão  ao alcance da maioria.

O que claramente nos entristece já que se tratam de teorias que explicam o Pensamento e as Artes, muitíssimo apoiadas nas neurociências. Portanto ideias que dificilmente podemos conversar ou compartilhar com os que estão mais perto de nós...

Aliás, sobre os trabalhos de Mary Carruthers já escrevemos vários posts, destacando agora este

Mas se procurarem neste blog com a palavra Mary Carruthers, encontrarão outros.

Para já aqui fica, vindo de: https://halshs.archives-ouvertes.fr/halshs-01343990, sendo a recensão de Éric Palazzo

1 CESCM - Centre d'Etudes Supérieures de Civilisation médiévale

Résumé : L'année 2002 a vu paraître deux ouvrages majeurs pour la médiévistique internationale et que l'on doit au même auteur, Mary Carruthers, professeur à l'université de New York. Parus en anglais, le premier, Le livre de la mémoire, en 1990, et le second, Machina memorialis, en 1998, ils apparaissent à bien des égards complémentaires l'un de l'autre, à huit ans d'intervalle. Ou bien encore, on peut affirmer que celui traitant de la Machina memorialis prolonge sur bien des points les enquêtes menées par M. Carruthers dans Le livre de la mémoire. Dans les deux ouvrages, l'A. aborde de façon particulièrement stimulante la façon dont la mémoire, mot pris ici dans une acception très large, a fonctionné dans la pensée chrétienne de l'Antiquité et du Moyen Age occidental. Sans rien négliger des acquis de l'historiographie du sujet et des travaux d'autres chercheurs venant d'horizons fort variés, M. Carruthers propose une lecture et une interprétation du phénomène de la mémoire qui dépassent largement le seul cadre de la sociologie historique marquée notamment par les recherches de l'école allemande de Munster sur la memoria. Ainsi, dans Le livre de la mémoire, M. Carruthers ancre solidement son propos historique dans des bases relevant de la neuropsychologie mais fondée sur une connaissance très sérieuse des auteurs de l'Antiquité et du Moyen Âge qui ont écrit sur la mémoire. Dans ses deux livres, M. Carruthers sonde au plus près la façon dont les philosophes et les théologiens appréhendent la mémoire et ce qu'elle dit de l'homme face à lui, à son image, à son passé, son présent et son avenir. Dans Le livre de la mémoire, l'A. démontre avec brio et de façon convaincante que la transmission du savoir au Moyen Âge, et ce depuis l'Antiquité, s'opère essentiellement par un phénomène d'accumulation de savoirs qui finissent par constituer un véritable réservoir de mémoire. De textes sacrés en textes profanes, d'auteurs de l'Antiquité, Aristote en tête, aux grandes figures de la théologie médiévale, plus particulièrement de la théologie scolastique, la mémoire du savoir et de la connaissance se construit pour former une pensée. Dans des pages absolument remarquables, M. Carruthers expose le fascinant processus de « généalogie de la pensée ». Étant donné la nature de la culture à laquelle s'intéresse l'A., le christianisme, c'est la « généalogie » de la pensée chrétienne qui s'offre à la découverte du lecteur de M. Carruthers. On ne sera pas surpris de trouver saint Augustin au cœur du propos de l'A., celui qui le premier a comparé la mémoire humaine aux différentes pièces d'un vaste palais. La métaphore augustinienne constituera d'ailleurs une référence majeure tout au long de l'Antiquité et du Moyen Âge pour tous ceux qui tenteront d'affiner, voire de préciser la pensée de saint Augustin. À ce stade de la démarche de M. Carruthers, il faut insister sur l'importance pour elle de la mnémotechnie ; selon elle, la pensée médiévale fonctionne tel un vaste système mnémotechnique au sein duquel les idées s'appellent et se répondent en permanence. Dans Le livre de la mémoire, l'A. postule dans un premier temps que le livre, en tant que support des idées et objet par excellence assurant la transmission du savoir, n'a pour ainsi dire pas de fin en soi mais qu'il est avant tout un relais, un support matériel. Dans un second temps, M. Carruthers affine son propos sur le livre en tant qu'objet. Dans des chapitres d'une grande densité intellectuelle et d'une réelle richesse documentaire, l'A. montre que le livre, à son tour, réactive l'appareil mnémotechnique principalement par la réflexion menée sur la mise en page des textes. Une mise en page souvent savante, surtout pour des textes philosophiques et théologiques, où la glose, le commentaire, entraîne la pensée, la mémoire, vers des domaines nouveaux. Au final, M. Carruthers conclut à l'importance du visuel dans le processus de mémorisation amenant à considérer l'écrit et les images de certains manuscrits médiévaux comme des « peintures mentales ».

Dedicado ao mais fantástico dos reitores da melhor escola de design de Lisboa, de Portugal, da... , e porque não dizê-lo abertamente (?), sem vergonhas ou pudor (+ toda a ironia que essa ideia merece):

 

Da melhor escola de design do mundo!

~~~~~~~~~~~~~~~~

*E depois de 2002 - data da tradução para francês dessas duas obras de Mary Carruthers - alguém viu, em Portugal os avanços feitos na área científica da História da Arte? E ainda, face à importância do cruzamento da História das Imagens (que a História da Arte é), com a do pensamento projectual alguém por aqui viu mudanças a chegarem ao Design? Por nós só vemos como Maria João Baptista Neto, altamente conhecedora do nosso trabalho, como mais de 10 anos depois de o termos feito ela começa a «exibir-se» com a grande volta que nós demos aos conhecimentos que existiam em 2001, em torno do Palácio de Monserrate. Como (por exemplo) sabendo nós «alguma coisita de acústica» não precisámos de ir perguntar aos descendentes dos Cook a razão de ser de uns panos suspensos no tecto da Casa de Jantar...

Ou ainda, por sabermos contar (1, 2, 3, 4...), e estando a escrever sobre Mary Carruthers, como logo em 2004 (ou ainda antes?, mas já ficou publicado) percebemos o sentido do Quadrifolio. Moldura/Imagem falante, que foi inventada pelos extraordinários inventores de Imagens (les Imagiers), que eram os membros do Clero medieval, como tinha ficado preconizado desde 787, no IIº Concílio de Niceia (ideias que em Trento foram revalorizadas e reforçadas.

P1010032-d.jpg

Razões para nos fascinarmos com mais este Quadrifolio, feito para ensinar - de certeza, pois está escrito na legenda... - os mais importantes valores, próprios dos príncipes e dos nobres!


18
Abr 18
publicado por primaluce, às 09:00link do post | comentar

Porque há quem pense (tudo dentro da cabeça), mas há quem precise de desenhar - mentalmente e/ou fora da cabeça (neste caso desenhando sobre qualquer superfície, o que se tem à mão*) - para melhor ajudar a articular o Pensamento.

Image0020-b.jpg

Será que, todo espremido - o sumo de um livro que é fantástico -, vamos deduzir que segundo Rudolph Arnheim as casa e os edifícios que habitamos, ou onde trabalhamos são esquemas de ideias?

Esta é a pergunta, pois respostas há muitas.

Começando por se dizer que os Profs Historiadores de Arte deveriam ler este livro. E se obrigatório para esses o que não dizer dos Designers que não investigam o desenho e as potencialidades como meio de comunicação?

Deveriam. E por isso só aos poucos, naturalmente, vão conseguindo entrar nas diferentes temáticas...

Por exemplo - e foi para o citar que buscámos este livro em inglês (já que o nosso  é em francês), no capítulo 14 - intitulado Art and Thought, logo de início o autor afirma:

"Thinking calls for images and images contain thought. Therefore the visual arts are a homeground of visual thinking..."

Por fim, e ao terminar o primeiro parágrafo, R. Arnheim anuncia vários exemplos (que vai desenvolver nas páginas seguintes) porque provam a afirmação anterior.

Claro que (para quem como nós sabe que de entre os reitores da instituição onde sou professora há quem continue a fazer guerra às nossas ideias), também pela clareza desta afirmação de Rudolph Arnheim, por ela se vê como em confronto estão dois mundos:

O mundo da ignorância e dos donos das ideias arcaicas, que não vão nunca querer evoluir, ou, sequer, ler os livros recomendados para os seus próprios alunos...

E do lado oposto está o mundo da abertura À COMPREENSÃO. De tudo o que for acessível,  incluindo do modo de funcionamento das imagens antigas. Isto é, o mundo que é habitado por uma multidão de curiosos, tantas vezes ávidos de informações, e ávidos de clareza que vão querer buscar (mas mal...) nos personagens de Dan Brown ou de José Rodrigues dos Santos (?). Porque, erradamente, estes nada têm para lhes dar, que lhes sacie a sua sede e a imensa curiosidade que é normal terem...**

Mesmo que esses autores de best-sellers tudo façam para continuar a vender bem (ou o melhor possível), em vez de percorrerem os caminhos da CIÊNCIA: a verdadeira, capaz de matar a sede, e de lhes dar respostas.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*E também para o «puxar» (pela cabeça) ajudando ou fazendo fluir como fazem os data flow diagrams. Claro que sobre este tema já escrevemos outros posts, como é o caso aqui. Baseado num artigo de M. Toussaint em que começa por citar Christopher Alexander.

**Ou seja, não criticamos os romances, que podem ser óptimos, mas os que de impulso (e porque os vêem nas montras das livrarias) os lêem. Numa avidez que, por não saber, se vira para o que são romances em vez de procurar informar-se, cientificamente. Embora também aqui saibamos, que são muito poucos os que podem orientar leituras, as que matam a tal sede de informação...


16
Abr 18
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

...é dedicado ao Amigo de Oeiras. Pois merece compreender bastante mais do que aquilo que lhe vão dizendo.

Merece ser ajudado «a cair na real» em vez de viver alheado do verdadeiro espírito da casa aonde chegou!

 

Escrevemos concretamente, sobre a utilidade e a validade de algumas imagens antigas, que apesar de terem sido criadas ao serviço da Arte Cristã, e da sua origem ser «ainda desconhecida da maioria», as mesmas superabundam em paramentos, vários elementos litúrgicos, em selos e medalhões, frontões, em fachadas, etc...., das nossas igrejas.

São imagens a que nos habituámos, e portanto como os sabores que se conhecem por hábito quotidiano, esse é um factor que tende a influenciar o gosto.

Nada disto se ensina nas escolas de Design, embora os melhores designers e os mais profissionais o pratiquem. 

Por exemplo, nas nossas televisões (estúdios de Carnaxide, mas não apenas nesses), nos fundos e em vários cenários dos programas da manhã e da tarde; nos programas de carácter mais familiar e generalista (para o  grande público), estão lá, em grafismos contemporâneos algumas das mais conhecidas imagens (e depois dos padrões que essas imagens geram) que foram importantes IDEOGRAMAS MEDIEVAIS.

Assim, da nossa colecção de Ideogramas medievais ou antigos:

colecção-quadrifólios-c.jpghoje transitamos para interpretações actuais e super-contemporâneas dessas mesmas imagens:

playingWithMedievalIdeograms.png

playingWithMedievalIdeograms-4.jpg

Porque temos - como toda a gente - as raízes no passado, para viver no presente, e a aproveitar o melhor destes dois mundos, vamos pondo on line alguns dos nossos trabalhos. Lamentando no entanto, que estas hipóteses de publicação, e a da existência possível de públicos alargados, deturpe demasiado algumas mentes. E que as ponha a raciocinar (criando alguns as tecnologias que permitem estes comportamentos da sociedade actual) como se toda a sua vida fosse pública e sem reservas ou pudor.

Resta acrescentar que, como hoje sucede, se tratam de imagens nossas (propriedade intelectual/direito de autor), feitas para Primaluce e Iconoteologia, naturalmente

por Glória Azevedo Coutinho


14
Abr 18
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

Levando os Quadrifoils para o Facebook

QuadrifoilsNoFB.png

Bem ou mal? Nunca saberemos se esta é a atitude mais correcta...

De qualquer forma estamos a seguir o exemplo de um dos melhores sites dedicados ao Vocabulário Formal da Escultura (mas também de toda a Arte) da Idade Média.

E uma das vantagens deste site (qual verdadeira e enorme plataforma) é a maneira como são associadas - em interarticulação - imensas informações produzidas em contexto de ensino superior (de enorme qualidade!)

∞∞∞∞∞∞∞∞

E hoje acrescenta-se à nossa colecção de "Quadrifoils" o que consideramos ser um dos melhores exemplos.

Já que Rudolph Arnheim, para fundamentar a sua teoria sobre O Poder do Centro, foi buscar este exemplo que é incrivelmente comum (entre as representações pictóricas da Mãe de Deus): i. é., a inserção da Virgem  com o Jesus Menino, como está (embora só esquemático e até pouco bonito) no centro da moldura ou medalhão.  

Quadrifoil Arnheim.jpg

Molduras e medalhões, que temos para nós, não eram apenas limites das composições, mas, parafraseando, contextos temporais da fé e espiritualidade cristã.

Portanto, quando depois de S. Bernardo (Claraval) ter difundido pela cristandade «o seu amor à Virgem», muitas Igrejas e Catedrais passam a ser-lhe dedicadas: As Notre-Dame, que não foram/são poucas, por essa época esta moldura ou ideograma - quadrifoil - passa a ser usada intensamente.

Por isso está no túmulo do Rei D. Fernando (Igreja do Carmo em Lisboa).


13
Abr 18
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

... tomaram formas que desenharam a Arquitectura

 

Claro que se tratam de novas teorias (sobre as quais temos escrito continuadamente). Neste caso, teorias muito razoavelmente, baseadas no Pensamento Visual de Rudolph Arnheim.

Ideias que são incrivelmente inovadoras, mas que várias instituições de Ensino Superior de Portugal continuam  a não querer reconhecer nem validar, e por isso as vão desdenhando*.

 

Embora por «outros lados» (ou seja, obtendo informações por outras fontes) - como é o caso de uma explicação fabulosa do Pseudo-Dionísio, autor do séc. V-VI, normalmente conhecido como "o Areopagita" - pelo que escreveu e Maurice de Gandillac traduziu do Grego, se deva considerar estarem muito mais do que provadas.

Sendo que aquilo a que se assiste, ou a "Um Estado de Negação e prova de uma imensa ignorância?", essa postura tem a sua quota-parte, muito grande, de bullying!

E este cresce, proporcionalmente, à vontade d' o querer ignorar e de não querer saber;

Porém, o referido bullying, também nasce das fragilidades «dos mandantes» (sem que eles sejam ou sequer tenham alguma, ou verdadeira, autoridade científica!)  

PensamentoVisual-Trindade.png

CONCEITOS DO CRISTIANISMO, como estão na imagem acima, e poderão ir ler em ICONOTEOLOGIA (em posts que são cada vez mais escritos para os leitores do Brasil, que nada têm a ver com esta mediocridade lisboeta, e tudo a ganhar!)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*São as verdadeiras «casas das malas-artes», onde mandam os Ca' Du Arte desta vida, mais as suas ignorâncias, e seus preconceitos anti-religião!


12
Abr 18
publicado por primaluce, às 17:00link do post | comentar

Da "Nuvem do Não Saber" a uma sabedoria que se impõe como obrigatória.

Será possível pôr fim às Aldrabices que vão no ensino suposto superior?


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