... tem sensibilidade e perspicácia suficiente para perceber de onde vem a pobreza.
Pois não é desígnio!
A imagem que colocámos no post de ontem - desenhada há muito tempo, corrigida há poucos anos, e associando-lhe dizeres, sobretudo de uma «bondade ingénua» que era muitas vezes característica (do carácter) de A. Quadros; essa imagem e a alusão ao design-desígnio, serve-nos agora para lembrar Marcelo Rebelo de Sousa e o que ontem disse, envergonhando-se, sobre a pobreza em Portugal.
Porque obviamente não é um designio! E sendo claro que muitas vezes é estrutural, no entanto pode-se/deve-se combater. Mas também, claramente, muitos de nós vemos todos os dias, como por exemplo a própria falta de Justiça e muitos dos «métodos sociais em vigor», induzem a pobreza. Quer por não permitir o que seria a normal ascensão social; quer pelos «encontrões» dados a uns e outros, que não são respeitados mas tratados arbitrariamente. Obrigando-os cair do patamar ou do banco onde estavam.
Para A. Quadros o Design vinha de concepções do trabalho típicas do início do século XX, em que as tarefas manuais e artesanais, ou as indústrias de pequenas séries, eram de enorme importância na Economia (tout court, ou economia social).
E nessa sua concepção ele destacava, frequentemente, a figura de Joaquim de Vasconcellos, como há anos também o MUDE conseguiu provar*, por fazer todo o sentido.
Não temos dúvidas que foi para suprir várias lacunas, também como estas que descrevemos, que fundou o IADE
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*Assuntos que já abordámos:
http://primaluce.blogs.sapo.pt/a-nocao-de-pertenca-a-um-grupo-306038
http://primaluce.blogs.sapo.pt/numa-certa-escola-de-ensino-que-se-diz-380679
http://primaluce.blogs.sapo.pt/depois-de-um-estudo-que-originou-uma-381025