SEI BEM DE MAIS AQUILO QUE ENSINEI, DESDE 1976, NO IADE.
E hoje sei até, muito melhor, das guerrinhas ridículas que foram feitas... Não pela nossa competência - a de quem não sendo «doutorado em materiais», sempre foi, apenas e somente isto: uma utilizadora dos mesmos; transmitindo depois esses saberes - de utilizador experiente.
Porém, ao contrário, a incompetência (alheia, do início do século XXI) entendeu tudo de modo diferente: ou seja, entendeu de um modo típico deste tempo, que é o dos hiper-especializados. Ou, o tempo dos que também são, nas suas práricas, os mais fantásticos ignorantes da generalidade.
Com comportamentos de quem não aceitando que pudesse haver professores, e ensino, transdisciplinares - como acontecia nas antigas escolas técnicas, dos meados do século passado (em que o IADE se inspirara). Então, esses benfeitores de vistas larguíssimas decidiram portanto guerrear e incomodar quem (JÁ) estava no seu posto há décadas...
Mas enfim, deixá-los, porque sei sobretudo quem tem vivido com a consciência (i. e., Com a Scientia) muito tranquila de ter feito o melhor que podia e sabia.
Sei os livros que comprei, e as Sebentas de Estudo que fiz para os (meus alunos) poderem estudar. Sei, ainda por cima, que chegaram aos alunos de outras escolas, como a FAUTL...
E, particularmente, hoje lembro-me do que disse sobre os plásticos..., e sobre a sua história interessantíssima; bem como sobre as facilidades de moldagem destes materiais, e o melhor emprego, mais adequado para os termo-estáveis, e para os termo-plásticos.
[Nestes blogs, corro até o risco de repetição, pois parece que ainda há dias se escreveu isto?]
O tanto que se disse naquelas aulas que os termo-plásticos eram mais fáceis de destruir e os termo-estáveis - mais estabilizados quimicamente -, por isso muito mais duráveis: embora nenhuns se devessem usar no fabrico de consumíveis! Deveria preferir-se usar o plástico para objectos de maior durabilidade, em que os processos de moldagem, por exemplo por injecção, fossem os mais adequados para a produção de objectos com geometrias mais difíceis de obter em qualquer outro material (impossível de injectar em moldes).
Mas "bem prega frei Tomás...", e num mundo a praticar cada vez mais o contrário (do que se ia dizendo nas aulas*), que sentido fazia estar a falar para peixes surdos, imersos em águas incrivelmente profundas? Falar às cabeças dos que não queriam emergir, nunca?
Assim, cerca do ano 2000 - mas sem que saiba precisar a data exacta... - passámos a estar dedicados à disciplina de Projectos de Design de Interiores, ou Ambientes. Quer dizer, à disciplina que é a cúpula normal, de todas as diferentes bases que antes vínhamos a lançar e a construir (que é como quem diz - a ensinar).
Foi porque desistimos que mudámos? Não! Não se desistiu de nada! Só que não vale a pena teimar, e hoje cada vez mais se vê que "vozes de burro não chegam ao céu". Em especial neste mundo que anda infestado de sábios
Uma coisa é certa, no espaço da nossa geração - a do baby boom do pós-guerra - e é horrível dizer isto (por tanto que se fez para que não acontecesse assim...!) o planeta foi quase completamente destruído. Por isso o título -
Irá Isabel II a Rainha de Inglaterra a tempo?
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*E com vários políticos (PMs & Companhia), de que não temos saudades, a fazerem exactamente o contrário daquilo que se ensinava no Ensino Superior. Dando assim péssimos exemplos e insuflando teorias opostas ao que se devia estar a praticar.