Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
04
Fev 18
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Estamos de acordo, ainda bem que há quem coloque a questão - cientificamente muito útil - que é a da desobediência.

Outros chamam-lhe pensar «fora da caixa». Ver os links 1 e 2 (também no fim deste post)

 

Não me esqueço, e já aqui escrevi várias vezes, sobre a escolinha da FLUL onde aos 50 fui fazer um mestrado para progredir na CD (i.e. na carreira docente - algo que tem estatuto legal*).

Até à publicação do livro (sobre Monserrate) fui vendo, predominantemente, e quase só os aspectos positivos; mas nunca deixaram de estar, e de existirem ao mesmo tempo, vários aspectos negativos.

Com o tempo a progressão passou a estagnação, e a regressão. E hoje até já falamos que afinal vim de lá, dos estudos do Mestrado na FLUL, roubada, e com um imenso atraso de vida! Qual progressão? A da Maria João Baptista Neto?

Mas o foco deste post é a desobediência. O que pode ser uma alegria (?), e ter até aspectos muito positivos. Gratificantes!

Não me esqueço de uma colega, mais nova, que também ela tinha ambições profissionais, normais, mas cuja família, apesar dela ser solteira, ainda pesou mais (do que a minha), limitando-a na sua situação, e nas decisões pessoais que os cursos e outras vertentes das nossas vidas profissionais sempre implicam,  É que mesmo que não haja leis escritas, há todo um peso que funciona como lei, e regras inerentes aos hábitos de vida de família tradicional, a que é preciso desobedecer...

Então, ficou já aqui registada uma 1ª desobediência (a protagonizar).

Depois, e em estudos de mestrado (iniciados em 2001, ainda não «de Bolonha») que não correspondem apenas a uma aprendizagem de nível científico, daquilo que já é sabido, e onde é preciso aplicar o Saber que é conhecido a casos ainda não estudados. Então, nesses estudos pode acontecer que na recolha de elementos, normalmente considerada investigação, surjam novos dados que vêm acrescentar Saber, àquilo que até então era conhecido.

É nessa fase que os novos dados são submetidos às regras e às leis da Ciência existente. Já que a imaginação de quem está a compilar dados, a estudar situações semelhantes, e a conhecer as regras a que normalmente cada caso obedece... É nessa fase que o estudioso começa a desobedecer, quando na sua cabeça, ao admitir (outras hipóteses), começa, curiosíssimo, a questionar e a imaginar que sejam outras as leis de funcionamento, ou as que regem, por exemplo a Vida, o Universo.

Ou até as questões muito mais pequenas, como actualmente sucede - e se estudam nos mini-mestrados e mini-doutoramentos, de Bolonha - para enfim o país apresentar melhores rankings a nível internacional. Acrescentado em 9.02.2018

Ora voltando às ditas desobediências, vê-se que vão funcionando, talvez não de repente (?), mas etapa a etapa. Sendo a segunda desobediência - a de uma mulher da sociedade tradicional portuguesa (pior ainda se tiver emprego, e chefes muito mais novos, mas com imensa ambição, e pressa a mais...) - o facto de ter começado a Imaginar**. 

Depois, se entender que está certa nas hipóteses que vai colocando, tenderá a formular e a propor novas regras: Começando a inventá-las, por vezes cada uma das novas ideias, depois as excepções à regra, também as palavras em que se exprimem, etc., etc. E desta maneira, prodigiosamente, ou de prodígio em prodígio e de sorte em sorte, novas desobediências, do, ou aqui da dita estudiosa, não vão parar de crescer.

Connosco passou-se, na dita escolinha (dos meus 50 - na FLUL), estando um dia toda a gente da aula a pensar nas «Ogivas das Origens do Gótico»; as mesmas que então tanto ocupavam e preocupavam a Maria João Baptista Neto - imagine-se só o que me saiu boca fora, nesse dia, a dado momento: "Mas afinal digam lá o que é uma ogiva, onde começa e onde acaba?"

Foi o disparate completo, momentâneo, um silêncio total. E logo me apeteceu ter um buraco para me enfiar! Vendo o que podia parecer asneira, e muito ilógico, acrescentei: "Mas a ogiva começa no chão, na base da coluna, ou no capitel?"

Para quem não percebe nada de cargas das estruturas - cujos pesos têm que chegar ao solo, e que este deve responder resistindo (e não deixando que o edifício vá descendo, e se vá enterrando) - a nova pergunta que se acrescentou, foi técnica, e foi pertinente. De quem considerando que ao tratar-se de uma peça estrutural, queria saber da correspondência entre essa peça e a designação que lhe é dada. A que elementos visíveis corresponde a palavra Ogiva? O objecto que naquele momento pairava na mente de todos, e que, tão aflitivamente, estava a alimentar uma discussão que parecia imparável***.

Assim, também «meio-aflita», no fim saí da aula a pedir desculpa pelo atrevimento: ou seja, pela desobediência mental. O que tinha sido o ultrapassar de uma linha (a do senso comum, quiçá, para todos os outros já perto da loucura?), como acabara de fazer.

Mas a sra. profª. (a dita e redita Maria João Baptista Neto) respondeu nessa altura com verdadeira sageza: "Não peça desculpa. Porque a sua pergunta, quando a faz, vem mais informada, é feita com mais conhecimento..." 

Então lá fui à vida, mas o assunto durante uns bons anos continuou muito vivo na minha cabeça.

Hoje sei que tudo isto nasce de um imenso disparate, em parte ancorado nas ideias de Viollet-Le-Duc, mas também nas dos historiadores que viram semelhanças a mais (exageradamente), por exemplo com a Biologia e os organismos vivos. E se a Arte, neste caso particular a Arquitectura das Igrejas e das Catedrais, foi vista como um ser (quase vivo) e constituído, organicamente, por partes, no entanto há um ponto em que as analogias terminam.

Claro que as analogias são óptimas para ajudar a pensar e para compreender. Todos os profs. as fazem ao ensinar. Mas o âmago, ou a essência, de alguns objectos é essa: São objectos e não são seres vivos! Porque uma igreja ou catedral, tal como uma cadeira ou o ambão de onde se fazem as leituras da liturgia, são objectos. E como tal, essas enormes edificações, estruturalmente precisaram, como uma cadeira também precisa (sempre), de peças onde se concentram as linhas de força: isto é, peças onde o peso próprio (da cadeira), mais o peso de quem se senta, e a resposta resistente (vinda do pavimento), se vão «localizar».  

Portanto quando perguntei o que é uma Ogiva, estava a reviver, plenamente, e a pensar de acordo com a lógica errada que tinha aprendido, e que todos temos usado; sem ninguém desobedecer ou denunciar, com voz forte, este erro imenso que todos fazemos. Eu estava a querer saber, como se fosse no corpo humano, por exemplo do fémur: "Digam lá desse osso da perna, onde é que começa e onde é que acaba"?

Prova-se aliás como são várias as lógicas que temos que passar a colocar, exactamente ao contrário. Porque a Ogiva ganhou o nome na palavra Auge, vinda do latim, em que o verbo augere significa ir mais alto, ou subir. Chamou-se Augive.  E a ideia de chegar ao Auge está bem explicitada em desenhos (muito) esquemáticos dos tratados De archa de Hugo de S. Victor que já colocámos em Iconoteologia.

Como está a seguir ampliado, em que a Ogiva foi desenhada como se fosse uma escada. Vendo-se que as pequenas figuras humanas estão a subir degraus; mesmo que muito altos e a custo. Numa ascensão feita vista de baixo, com o olhar, que era contemplativa, ou mística (designada augere).

E em que a cada degrau, ou pedra - na «faixa da ogiva» no desenho (ver abaixo) - surge também indicada a correspondência com um livro da Bíblia: concretamente do Antigo Testamento 

fotos.sapo.pt-ogivasHSV-1.02.2018.jpg

(Pelo link acima ampliem, rodem o écrã e leiam: está lá muito. Vindo de um tratado que tem sido considerado apenas de Teologia )

Notem por fim, que Ogivas e Arcos Quebrados (ou Arco Ogival, como erroneamente tem sido designado), são diferentes. Mesmo que nos tenham ensinado de outro modo, ou que as imagens de uns e outros se aproximem (mas é raro serem semelhantes). Portanto insistimos, porque esta é, já há muito tempo, uma regra a que muitos têm desobedecido: notem, definitivamente, que Ogivas e Arcos Quebrados  são realidades, ou objectos, bastante diferentes!

As designadas Ogivas (e repete-se, não estamos a referir os arcos quebrados) foram o equivalente a Ornamentos, tendo uma forma em geral próxima da que é chamada Cruz em Aspa. Têm uma extensão considerável, parecendo nervuras (de pedra) sob a face inferior (dos tramos) das abóbadas...

E muito mais diremos algum dia, próximo, em Iconoteologia.

Lembrando que sobre esta questão - em que há uma imensa avidez de conhecimentos e de informação, como aconteceu na tal «aulinha da FLUL» (algures entre Outubro de 2001 e o fim de 2002?) - já escrevemos várias vezes. Só que o assunto é imenso: dir-se-ía de uma grandeza que é proporcional, ao desinteresse que é também geral. 

Assim, se estiverem interessados, para já ver os links: 3 , 45. e neste último, ler nas notas uma ideia de S. Paulo que influenciou, como nos parece, a História da Arquitectura (antiga). Porque o edificado - como G. Hersey referiu -, "...foi esgotado da sua capacidade significante, em prol da Filologia". 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Enquanto que se saiba, apesar de até agora as mulheres serem comummente «empurradas» por todos, nas mais variadas situações (a começar na família), e postas em segundo ou terceiro lugar. Porque está «sempre à perna», um qualquer homem cuja vontade tem que passar à frente.  E isto se tem estatuto legal (?) é ao contrário. Porque a tradição privilegia o masculino, mas o «estatuto da igualdade de género», legal ou formalmente, estipula isso mesmo: A Igualdade.

**Não é por acaso que um romance (alusivo à imaginação) de uma autora madrilena - de uma cidade e país onde as semelhanças com a sociedade portuguesa não são pequenas - se intitula A Louca da Casa   Apesar de não o termos lido, o título e as sinopses são elucidativas.

***Claro que hoje considero impressionante, é mesmo aflitivo, ver as pessoas a quererem ultrapassar barreiras, que não têm lógica nenhuma (ou são absolutamente ilógicas), mas que estão lá. Continuam, postas há anos ou há séculos, nas mentes de todos, e são como verdadeiros bloqueadores dos raciocínios...

1. https://www.media.mit.edu/posts/disobedience-award/

 2. http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/isabel-stilwell/detalhe/premio-da-desobediencia

3. http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/vindo-de-primaluce-43991

4. http://primaluce.blogs.sapo.pt/coragem-portugueses-so-vos-faltam-364467

5. http://primaluce.blogs.sapo.pt/muitos-factos-recentes-229704


publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Estamos de acordo, ainda bem que há quem coloque a questão - cientificamente muito útil - que é a da desobediência.

Outros chamam-lhe pensar «fora da caixa». Ver os links 1 e 2 (também no fim deste post)

 

Não me esqueço, e já aqui escrevi várias vezes, sobre a escolinha da FLUL onde aos 50 fui fazer um mestrado para progredir na CD (i.e. na carreira docente - algo que tem estatuto legal*).

Até à publicação do livro (sobre Monserrate) fui vendo, predominantemente, e quase só os aspectos positivos; mas nunca deixaram de estar, e de existirem ao mesmo tempo, vários aspectos negativos.

Com o tempo a progressão passou a estagnação, e a regressão. E hoje até já falamos que afinal vim de lá, dos estudos do Mestrado na FLUL, roubada, e com um imenso atraso de vida! Qual progressão? A da Maria João Baptista Neto?

Mas o foco deste post é a desobediência. O que pode ser uma alegria (?), e ter até aspectos muito positivos. Gratificantes!

Não me esqueço de uma colega, mais nova, que também ela tinha ambições profissionais, normais, mas cuja família, apesar dela ser solteira, ainda pesou mais (do que a minha), limitando-a na sua situação, e nas decisões pessoais que os cursos e outras vertentes das nossas vidas profissionais sempre implicam,  É que mesmo que não haja leis escritas, há todo um peso que funciona como lei, e regras inerentes aos hábitos de vida de família tradicional, a que é preciso desobedecer...

Então, ficou já aqui registada uma 1ª desobediência (a protagonizar).

Depois, e em estudos de mestrado (iniciados em 2001, ainda não «de Bolonha») que não correspondem apenas a uma aprendizagem de nível científico, daquilo que já é sabido, e onde é preciso aplicar o Saber que é conhecido a casos ainda não estudados. Então, nesses estudos pode acontecer que na recolha de elementos, normalmente considerada investigação, surjam novos dados que vêm acrescentar Saber, àquilo que até então era conhecido.

É nessa fase que os novos dados são submetidos às regras e às leis da Ciência existente. Já que a imaginação de quem está a compilar dados, a estudar situações semelhantes, e a conhecer as regras a que normalmente cada caso obedece... É nessa fase que o estudioso começa a desobedecer, quando na sua cabeça, ao admitir (outras hipóteses), começa, curiosíssimo, a questionar e a imaginar que sejam outras as leis de funcionamento, ou as que regem, por exemplo a Vida, o Universo.

Ou até as questões muito mais pequenas, como actualmente sucede - e se estudam nos mini-mestrados e mini-doutoramentos, de Bolonha - para enfim o país apresentar melhores rankings a nível internacional. Acrescentado em 9.02.2018

Ora voltando às ditas desobediências, vê-se que vão funcionando, talvez não de repente (?), mas etapa a etapa. Sendo a segunda desobediência - a de uma mulher da sociedade tradicional portuguesa (pior ainda se tiver emprego, e chefes muito mais novos, mas com imensa ambição, e pressa a mais...) - o facto de ter começado a Imaginar**. 

Depois, se entender que está certa nas hipóteses que vai colocando, tenderá a formular e a propor novas regras: Começando a inventá-las, por vezes cada uma das novas ideias, depois as excepções à regra, também as palavras em que se exprimem, etc., etc. E desta maneira, prodigiosamente, ou de prodígio em prodígio e de sorte em sorte, novas desobediências, do, ou aqui da dita estudiosa, não vão parar de crescer.

Connosco passou-se, na dita escolinha (dos meus 50 - na FLUL), estando um dia toda a gente da aula a pensar nas «Ogivas das Origens do Gótico»; as mesmas que então tanto ocupavam e preocupavam a Maria João Baptista Neto - imagine-se só o que me saiu boca fora, nesse dia, a dado momento: "Mas afinal digam lá o que é uma ogiva, onde começa e onde acaba?"

Foi o disparate completo, momentâneo, um silêncio total. E logo me apeteceu ter um buraco para me enfiar! Vendo o que podia parecer asneira, e muito ilógico, acrescentei: "Mas a ogiva começa no chão, na base da coluna, ou no capitel?"

Para quem não percebe nada de cargas das estruturas - cujos pesos têm que chegar ao solo, e que este deve responder resistindo (e não deixando que o edifício vá descendo, e se vá enterrando) - a nova pergunta que se acrescentou, foi técnica, e foi pertinente. De quem considerando que ao tratar-se de uma peça estrutural, queria saber da correspondência entre essa peça e a designação que lhe é dada. A que elementos visíveis corresponde a palavra Ogiva? O objecto que naquele momento pairava na mente de todos, e que, tão aflitivamente, estava a alimentar uma discussão que parecia imparável***.

Assim, também «meio-aflita», no fim saí da aula a pedir desculpa pelo atrevimento: ou seja, pela desobediência mental. O que tinha sido o ultrapassar de uma linha (a do senso comum, quiçá, para todos os outros já perto da loucura?), como acabara de fazer.

Mas a sra. profª. (a dita e redita Maria João Baptista Neto) respondeu nessa altura com verdadeira sageza: "Não peça desculpa. Porque a sua pergunta, quando a faz, vem mais informada, é feita com mais conhecimento..." 

Então lá fui à vida, mas o assunto durante uns bons anos continuou muito vivo na minha cabeça.

Hoje sei que tudo isto nasce de um imenso disparate, em parte ancorado nas ideias de Viollet-Le-Duc, mas também nas dos historiadores que viram semelhanças a mais (exageradamente), por exemplo com a Biologia e os organismos vivos. E se a Arte, neste caso particular a Arquitectura das Igrejas e das Catedrais, foi vista como um ser (quase vivo) e constituído, organicamente, por partes, no entanto há um ponto em que as analogias terminam.

Claro que as analogias são óptimas para ajudar a pensar e para compreender. Todos os profs. as fazem ao ensinar. Mas o âmago, ou a essência, de alguns objectos é essa: São objectos e não são seres vivos! Porque uma igreja ou catedral, tal como uma cadeira ou o ambão de onde se fazem as leituras da liturgia, são objectos. E como tal, essas enormes edificações, estruturalmente precisaram, como uma cadeira também precisa (sempre), de peças onde se concentram as linhas de força: isto é, peças onde o peso próprio (da cadeira), mais o peso de quem se senta, e a resposta resistente (vinda do pavimento), se vão «localizar».  

Portanto quando perguntei o que é uma Ogiva, estava a reviver, plenamente, e a pensar de acordo com a lógica errada que tinha aprendido, e que todos temos usado; sem ninguém desobedecer ou denunciar, com voz forte, este erro imenso que todos fazemos. Eu estava a querer saber, como se fosse no corpo humano, por exemplo do fémur: "Digam lá desse osso da perna, onde é que começa e onde é que acaba"?

Prova-se aliás como são várias as lógicas que temos que passar a colocar, exactamente ao contrário. Porque a Ogiva ganhou o nome na palavra Auge, vinda do latim, em que o verbo augere significa ir mais alto, ou subir. Chamou-se Augive.  E a ideia de chegar ao Auge está bem explicitada em desenhos (muito) esquemáticos dos tratados De archa de Hugo de S. Victor que já colocámos em Iconoteologia.

Como está a seguir ampliado, em que a Ogiva foi desenhada como se fosse uma escada. Vendo-se que as pequenas figuras humanas estão a subir degraus; mesmo que muito altos e a custo. Numa ascensão feita vista de baixo, com o olhar, que era contemplativa, ou mística (designada augere).

E em que a cada degrau, ou pedra - na «faixa da ogiva» no desenho (ver abaixo) - surge também indicada a correspondência com um livro da Bíblia: concretamente do Antigo Testamento 

fotos.sapo.pt-ogivasHSV-1.02.2018.jpg

(Pelo link acima ampliem, rodem o écrã e leiam: está lá muito. Vindo de um tratado que tem sido considerado apenas de Teologia )

Notem por fim, que Ogivas e Arcos Quebrados (ou Arco Ogival, como erroneamente tem sido designado), são diferentes. Mesmo que nos tenham ensinado de outro modo, ou que as imagens de uns e outros se aproximem (mas é raro serem semelhantes). Portanto insistimos, porque esta é, já há muito tempo, uma regra a que muitos têm desobedecido: notem, definitivamente, que Ogivas e Arcos Quebrados  são realidades, ou objectos, bastante diferentes!

As designadas Ogivas (e repete-se, não estamos a referir os arcos quebrados) foram o equivalente a Ornamentos, tendo uma forma em geral próxima da que é chamada Cruz em Aspa. Têm uma extensão considerável, parecendo nervuras (de pedra) sob a face inferior (dos tramos) das abóbadas...

E muito mais diremos algum dia, próximo, em Iconoteologia.

Lembrando que sobre esta questão - em que há uma imensa avidez de conhecimentos e de informação, como aconteceu na tal «aulinha da FLUL» (algures entre Outubro de 2001 e o fim de 2002?) - já escrevemos várias vezes. Só que o assunto é imenso: dir-se-ía de uma grandeza que é proporcional, ao desinteresse que é também geral. 

Assim, se estiverem interessados, para já ver os links: 3 , 45. e neste último, ler nas notas uma ideia de S. Paulo que influenciou, como nos parece, a História da Arquitectura (antiga). Porque o edificado - como G. Hersey referiu -, "...foi esgotado da sua capacidade significante, em prol da Filologia". 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Enquanto que se saiba, apesar de até agora as mulheres serem comummente «empurradas» por todos, nas mais variadas situações (a começar na família), e postas em segundo ou terceiro lugar. Porque está «sempre à perna», um qualquer homem cuja vontade tem que passar à frente.  E isto se tem estatuto legal (?) é ao contrário. Porque a tradição privilegia o masculino, mas o «estatuto da igualdade de género», legal ou formalmente, estipula isso mesmo: A Igualdade.

**Não é por acaso que um romance (alusivo à imaginação) de uma autora madrilena - de uma cidade e país onde as semelhanças com a sociedade portuguesa não são pequenas - se intitula A Louca da Casa   Apesar de não o termos lido, o título e as sinopses são elucidativas.

***Claro que hoje considero impressionante, é mesmo aflitivo, ver as pessoas a quererem ultrapassar barreiras, que não têm lógica nenhuma (ou são absolutamente ilógicas), mas que estão lá. Continuam, postas há anos ou há séculos, nas mentes de todos, e são como verdadeiros bloqueadores dos raciocínios...

1. https://www.media.mit.edu/posts/disobedience-award/

 2. http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/isabel-stilwell/detalhe/premio-da-desobediencia

3. http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/vindo-de-primaluce-43991

4. http://primaluce.blogs.sapo.pt/coragem-portugueses-so-vos-faltam-364467

5. http://primaluce.blogs.sapo.pt/muitos-factos-recentes-229704


mais sobre mim
Fevereiro 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

11
13
17

20
22
23
24

25
28


arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO