Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
29
Dez 17
publicado por primaluce, às 11:30link do post | comentar

Estatísticas que correspondem às visitas (e visualizações) que temos, vindas de diferentes pontos do mundo, como está já a seguir:

  • Portugal - 4.116
  • Brasil - 198
  • Estados Unidos - 32
  • Moçambique - 21
  • Peru - 5
  • Angola - 3
  • Reino Unido - 3
  • Alemanha - 2
  • India - 2
  • Arábia Saudita - 1
  • Czechia - 1
  • Espanha - 1
  • Filipinas - 1

Estes dados (acima) que foram igualmente obtidos em 29-12-2017, mostram como pode ser importante estar nas redes sociais, com o objectivo de lançar NOVOS TEMAS (que o auto-proclamado «ensino superior» tem querido ignorar. E é certamente muito mais importante do que estar numa sala de aula a ser ouvida por alunos desinteressados e hiper-desinteressantes...

Ora, os referidos dados estatísticos mostram ainda como escolas bafientas (de academias orgulhosamente imutáveis) poderiam tirar partido do emprego das Redes Sociais e das suas tecnologias para implementar edições de autores, e a respectiva divulgação, dos conhecimentos que se vão produzindo (ex-novo...)

Mas enfim, porque tudo isto é medíocre de mais (havendo que elevar o nível*), pois que "Cesse tudo o que a Musa antiga canta,/ Que outro valor mais alto se levanta."

Assim, e resumido pelas Estatísticas do Sapo, nos últimos 2 meses de 2017 vieram ler isto que (desde 2010) vamos escrevendo:

  1. Primaluce: Nova História da Arquitectura - 399
  2. Uma elipse não é uma oval, mesmo que muitas destas formas pareçam iguais - 73
  3. O que nos mudou a cabeça: como ficou transparente o muito mau que se passa nas Universidades de Portugal - 66
  4. Pesquisa - Primaluce: Nova História da Arquitectura - 50
  5. Agregados Naturais e Artificiais*... - 39
  6. Sim, sim - "É para o lado que eu durmo melhor!" (só que agora queixam-se) - 26
  7. Em Ruinarte encontram-se ruínas, em adiantado estado de degradação... um óptimo retrato, METÁFORA deste país. - 25
  8. As «aselhices» da Profª Mª João B. Neto (MJN), ... - 24
  9. Santo Natal - 23
  10. As lições que todos esqueceram - 22
  11. Notas e rabiscos, ou 'doodles' e desenhos esquemáticos, feitos para compreender - 21
  12. PRESENTES, Presentes, e ainda mais presentes... - 19
  13. Feliz Natal 2013 - 16
  14. Volta à base... - 16
  15. Horace Walpole - as suas cartas e a biblioteca que formou - 15
  16. Factos inesperados (isto é, super-inesperados como nos aconteceu desde 2002) - 12
  17. Falta de Água? Claro que os governantes sabem resolver, e os 'WebSummiters' hão-de providenciar... - 11
  18. A minha/nossa «Pedra de Roseta»: - 10
  19. (Cristo): - 10
  20. E, naturalmente... - 10

~~~~~~~~~~~~~~

*De fora das Universidades para que lá dentro saibam que há bastante melhor do que os seus obstrucionismos e imobilismos... 


27
Dez 17
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar

Há muito que defendemos – porque o descobrimos (como está publicado...) – o palácio de Monserrate em Sintra é um fantástico repositório da História da Arquitectura Mundial

cúpula.monserrate.jpg

Não apenas da Arquitectura inglesa, e do ocidente - ou ainda da que apesar de ser vista como oriental, se sabe, nasceu no centro da Pens. Ibérica. Mas um arquivo/repositório cultural de um mundo que no século XIX começava a fazer-se global  (muito “avant la lettre”).

Acontece que, não faz sentido (pensamos nós...?) ter a preciosidade que está em SINTRA, sem lhe reconhecermos todo o seu, mais do que devido, e ele é imenso,  valor.

Ou seja, sem se compreender a importância histórica – introspectiva e de potencialidade de auto-conhecimento. Porque, por um «imenso acaso», inimaginável e tão inesperadamente, nos pode chegar uma infinidade de informação, através das formas dos ornamentos e dos desenhos dos detalhes arquitectónicos (dos diferentes estilos).   

Não somos só nós que o dizemos, embora pessoalmente tenhamos que lamentar que a Universidade* não tenha contribuído (pelo contrário, tenha destruído e desestruturado o nosso trabalho, que se estava a fazer...) tendo em vista a reunião e organização das inúmeras informações que se vinham a recolher; as quais deveriam constituir, no mínimo, a nossa tese de doutoramento.

E se dizemos no mínimo é porque temos a noção que a riqueza dessas inúmeras - quase infindáveis informações que temos recolhido (e hoje neste post está um dos bons exemplos, quiçá muito mal-empregado para se pôr na Internet?....). E essas inúmeras informações permitem compreender, muito melhor, não apenas as obras realizadas, ou os patrimónios materiais edificados; mas também os patrimónios mentais-culturais, que ao longo dos tempos (de uma História que para este caso tem mais de dois mil anos...) fundamentaram ideologicamente essas obras materiais.   

A riqueza das referidas informações – repete-se hoje e sempre (à exaustão... porque não tenciono calar-me!) - é tão grande que permitiria fazer Ciência Séria! Em vez do diletantismo inútil, de falsa ciência, bacoca, a que temos tido que assistir!

Permitiria criar cursos úteis, e absolutamente inovadores (para qualquer boa universidade do mundo), que por sua vez iriam atrair estudantes de Ensino Superior, e levar a uma consequente exportação de Saber, Ciência e Cultura (made in Portugal).

Poderiam produzir-se livros para exportar, carregados de exemplos internacionais  e portugueses. Os muitos que levaram A. Quadros - mal ou bem?! (agora não é isso que está em causa) - a designá-los e a descrevê-los como sinais integrantes de uma (antiga) Escrita Ibérica....

O que descobrimos «agarrado» a Monserrate (como uma lapa se agarra à rocha, e está descrito em excertos das páginas que hoje publicamos); estes materiais devidamente compreendidos e maturados - entre gente adulta e conhecedora, de um Ensino Superior que o fosse a sério, profissional e bem organizado... – serviria para elevar o país em áreas cientificas, nas quais, normalmente, Portugal não exporta, porque apenas importa**...

Então de um artigo que há anos lemos em JSTOR - título e autoria:

victorian theorists1-jstor.jpg

Eis a Introdução desafiante, porque questionadora sobre o sentido/significado arquitectónico que depois iria ficar impresso nas obras edificadas:

victorian theorists2-jstor.jpg

 

Seguida dos primeiros desenvolvimentos:

critériosdoestiloVictorian-verdade-significado.jpNão esqueçam:

Monserrate é uma preciosissima obra victorian - quase contemporâneo do Lanternim da Luz do Mundo:

lanterna-William Hunt.jpgObra que foi apresentada ao público em 1854, enquanto o Palácio apesar de projectado em 1858, só 4-6 anos depois começou a ser construído

~~~~~~~~~~~~~~

* Numa terminologia que aqui pretende designar várias instituições ditas de ensino superior, publicas e privadas que frequentámos, e que não têm estado à altura do que deveriam ser os seus normais objectivos.

** E isto por sermos, enquanto país, «supostamente» incapazes de produzir esses conhecimentos. E logo depois, de os valorizar, divulgar e exportar... Mesmo que, sabemo-lo - neste país que é pucarinho ...- existam próximos ou «assessores» (?) de certos ministérios que conhecem muito bem tudo isto que está a ser escondido.

Posto que, infelizmente para todos nós, não é só na desertificação do interior, na hiperlitoralização do país, na degradação e na mentira da banca, na corrupção nas finanças e na economia (ou até nos herbicidas!) que os cidadãos têm que se defender, e ao país.

Se quiserem que dure para mais algumas gerações ...


26
Dez 17
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

... e há quem diga PRENDAS!

 

O «meu melhor presente» foi um cartão cheio de assinaturas, as que aí estão, e assim vão ficar (presentes) na minha memória!

MELHORpRESENTE 003.bmp

Só que tive a sorte de ser prendada - ao vivo e em exclusivo (com o ar de uma imensa convicção, e sabedoria por me estar a ensinar uma coisa preciosa) - com a explicação do Pedro (3 anos?), sobre as letras, e como se escreve o seu nome:

"...Um pau com uma cara, uma boneca, ... e no fim uma bola!..."


25
Dez 17
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

"A Luz do Mundo"

LUZdoMUNDO-W.Hunt-PasspartoutPreto.jpg

 (Imagem obtida na internet)

Esclarecendo que entendemos ser necessário acrescentar um passe-partout escuro, para conseguir um melhor contraste com a restante superfície dos ecrãs. Esta obra de William Holman Hunt, que foi apresentada ao público pela primeira vez em 1854, veio a constituir uma das peças relevantes do chamado Movimento Simbolista.

Ver em José Pierre, le Symbolisme, fernand hazan, éditeur, Paris, Mai 1976.

O referido Movimento Simbolista, como explicado foi também considerado um Idealismo hiper-realista. Em que, como descrevemos há dias (sob pressão e agora alongamo-nos com mais explanações*) Naturalismo e Simbolismo foram estudados e ensaiados - ao mínimo detalhe - para um desejado resultado final.

Ora o que designámos Naturalismo e Simbolismo, e que para José Pierre foi um Idealismo hiper-realista,   enfim, é também uma questão de terminologia. Sendo que as correspondências são claras: O  hiper-realismo foi a procura de uma máxima verdade/verosimilhança com o real; o máximo que fosse possível obter, chamámos-lhe Naturalismo. E o Idealismo concentrou-se nas formas arquitectónicas «ideograficamente significantes» (ou falantes e tradutoras de ideias**) que ficaram registadas na lanterna; nós chamámos-lhe Simbolismo.

~~~~~~~~~~~~~~

*Que serão continuadas, já que a lanterna deste quadro é altamente falante

**E este continuará a ser o nosso Programa - para blogs e facebook no novo ano 2018:

i. e., a presença que tentamos ter no espaço público. Para que não se possa dizer que recebemos uma B.D. da FCT, mas que, apesar dela, «os encontrões» que nos deram nos estabelecimentos de Ensino Superior a que estamos ligados, falaram mais alto e mais forte do que esses apoios que nos tinham sido dados. 

Não é assim, e a Luz que deu nome a este blog ainda não se apagou!

Sendo que de futuro vamos crescentemente seguir as nossas ideias, libertando-nos o máximo que conseguirmos das visões que ao longo de décadas (na nossa escolarização) nos impingiram


24
Dez 17
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Peça essencial de um quadro de William Hunt

lanterna-William Hunt.jpg

um dos pré-Rafaelitas


13
Dez 17
publicado por primaluce, às 16:00link do post | comentar

... de que alguns não querem nem ouvir falar

Como se as aldrabices fossem coisas «raríssimas»: desgraças nunca vistas?


09
Dez 17
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

E não sendo o centro das nossas ocupações (e preocupações), anda lá perto.

 

Porque, parece-nos, não há o direito que a Humanidade não tenha (algures?), uma reserva de lógica, de conhecimento da história: um qualquer repositório do que aconteceu e nos faz ser hoje aquilo que somos.

Também porque atrás das guerras ou da paz estão muitos materiais inconscientes, do individuo e do colectivo, que só faz sentido a Humanidade (auto-)conhecer.

E as Cidades com a Arquitectura, os ambientes onde vivemos, repletos de sinais são uma das melhores maneiras para que esse conhecimento aconteça

Mas posteriormente acrescentado: O repositório que nos queixamos de não existir, ou de constituir um arquivo organizado como Enciclopédia; enfim, muitos desses elementos existem, só que por ai dispersos, tendo nós a sorte, por vezes, de os encontrar, como aqui se explica e ensina.

Faltando, claramente, a atitude do universitário que reúne, organiza e põe à disposição de todos esses conhecimentos...


07
Dez 17
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... depois de um desenho feito, face às suas potencialidades, pode ser difícil não ficar fascinado, ainda mais... (do que já se estava perante o modelo real que se decidiu captar)

 

E isto porque, sendo nosso, os direitos do autor também são os nossos, conferindo-nos a maior liberdade para fazer experiências. 

transformação-1.jpg

transformação-2.jpg

E de transformação em transformação, assim se vai mudando a realidade. Quase como quem projecta, mas neste caso «laboratorialmente». Para além das distorções da visão e as normais incorrecções que, como sabemos, qualquer desenho sempre tem...*

Também a fazer lembrar o texto de Helena Matos, aplicado aos dias que vão passando: 

"A festa do cone iluminado"

Só que, à Iconografia dos Estilos, decorativos e arquitectónicos, as imagens já chamadas décor (por Vitrúvio), que eram usadas por uma conveniência máxima, e a melhor adequação ao discurso que os monumentos supostamente, deveriam transmitir (de modo veemente, ou retoricamente); a todo esse discurso visual do passado, aos estilos aconteceu, exactamente, o mesmo que aconteceu a uma árvore. A árvore de Natal, depois de muito depurada e estilizada é hoje o cone iluminado que se vê em várias cidades.

Mas também, por acaso (ou não?!) a dita árvore pertence a uma espécie botânica ainda genericamente chamada conífera**.

De transformação em transformação, os estilos deixaram de ter sentido***, pois perdeu-se a noção do significado dos motivos (decorativos), e a ligação que tiveram um dia, à forma primeira: quer fosse a forma natural, ou a conceptual (nascida na geometria).

Ou, dito com mais correcção: a razão - visual/comunicacional, que tinha estado na origem desses motivos - essa razão, perdida a semelhança, também se perdeu (lost meaning - escreveu George Hersey).

~~~~~~~~~~

*Distorções que muitas vezes acrescentam graça, ou até algum charme?

**E esta designação (conífera) obriga a sublinhar uma ideia que é frequente: por vezes o desenho já não se relaciona o bastante, ou identifica, com o objecto inicial, porém ainda ficou o nome.

***O que nos lembra Nuno Teotónio Pereira. Seguindo «o apelo» de Adolf Loos, em prol da simplificação visual dos elementos decorativos (também para que se baixassem os custos das obras). Só que assim, NTP quis ter ao mesmo tempo duas «vontades» que eram absolutamente contrárias:

1º - Repudiar os "antigos ornamentos"

2ª - No movimento de renovação da arte religiosa, ter «novas imagens» adequadas aos espaços de culto. Porém, essas novas imagens, frequentemente, foram simplificações/geometrizações da iconografia mais antiga. Enfim, numa frase curtíssima A. W. N. Pugin tinha explicado bem como essas imagens tinham nascido 

(o que fica para outro dia)


05
Dez 17
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

... o ensino de desenho + os fundamentos teóricos das formas arquitectónicas

Sea-side-cascais-GOTHIC.ROOFSeoutros.jpg

De Raul Brandão, segundo J.-A. França - «Cascais, com a adjacência dos Estoris, era a corte na intimidade» (1919, in Memórias).

Nada como os riscar (aos fundamentos teóricos das formas arquitectónicas). Ou desenhar com prazer e depois transformar, q.b., a gosto.

Com destaque para os telhados góticos que foram muito menos "para a neve escorregar", mas feitos sobretudo como sinais de realeza e de nobreza.

Seguindo ainda o Libellus formatione arche de Hugues de Saint-Victor


02
Dez 17
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...para conhecer toda a história da construção desta obra inglesa em Sintra, essencial na criação da Paisagem Cultural da Serra e Vila de Sintra, da UNESCO

 

Sobretudo para poder compreender a 1ª versão da obra de Monserrate, foram inúmeras as leituras feitas.

ingleses em Portugal 001.jpg

De entre essas destacamos o livro acima, que deu - para além das informações mais gerais que eram necessárias ao processo de investigação -, também nos deu muito gozo e algum divertimento: relacionado com episódios e várias pequenas estórias.

Depois, e a acrescentar a todas essas, por exemplo algumas cartas de Horace Walpole são igualmente ricas de informações que interessava considerar.

Por exprimirem não apenas a mentalidade do séc. XVIII; i. e., a mentalidade que tinham alguns dos seus contemporâneos, pois foram imensos (em quantidade) aqueles com quem se correspondeu. Mas ainda, por já avançarem esboços de uma mentalidade futura. I. e., dada a «qualidade» e o estatuto social dessas personalidades a quem escrevia, e de quem recebia cartas, visto que serem todos de um ranking superior (ou bem acima da média dos comuns mortais).

Assim, essas muitas leituras que conseguimos fazer, permitiram também ver (para a frente), o retrato das lógicas, e mentalidades, que no futuro, muitos mais iriam ter.

E nesse aspecto, há que o confessar, consideramos que o século XVIII é absolutamente fascinante!

Claro que todos os tempos estão cheios de modernidade, que a Idade Média, é uma imensa promessa de futuro, que o Renascimento é um «debate» constante entre o passado e o que há-de vir; entre um platonismo idealista que vinha de trás, e um realismo aristotélico (por influência de S. Tomás de Aquino), que crescentemente tenderia a influenciar todos.

Só que (talvez?), é no século XVIII* que esse debate tende a estabilizar. E portanto a poderem reconhecer-se várias lógicas do pensamento, com maiores afinidades com as lógicas que hoje, em geral, quase todos temos

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*E na classificação que normalmente os historiadores aceitam, numa «divisão do tempo em fatias» que eles fazem, e a que chamam períodos históricos, é para nós interessantíssimo que Jacques Le Goff tenha considerado, ao contrário da maioria, que a Idade Média se estende até ao séc. XVIII.


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