... que já um dia tínhamos publicado a capa deste livro?
Procurei e não encontrei, por isso aqui está. Agora colocado em cima da Entrevista de Clara Ferreira Alves (que me obrigou a comprar o Expresso anterior)
Muito interessante, porém salta à vista, que António Damásio já não quer ser Neurocientista!
Pois, por muito séria que seja a postura (não há dúvida), e a traduzir uma ampliação das áreas cientificas que lhe interessam - isto é a evolução do sistema nervoso, desde a hidra; e, quiçá, ainda mais atrás, desde outros organismos ainda mais simples... Sim, por mais séria que seja esta sua nova postura, deu-nos vontade de rir: uma boa gargalhada! Pela ironia...
Pois tenho andado tão fascinada com a sua explicação, por exemplo, sobre como nasceu ou nascem as ideias, até às pontes (com a emoção na contemplatio...) que foram feitas por Mary Carruthers, no âmbito da Arte da Memória e das Mnemotécnicas. Que assim, se António Damásio deixa de ser Neurocientista, para quem como eu confiou no seu saber e tem defendido que imensos materiais artísticos se devem abordar pelo prisma das Neurociências, agora quase fico sem chão! Será?
Mas o que já escreveu - pensamos/perguntamos nós... -, ou também o que M. Carruthers também já escreveu, supostamente não perde a validade? Supõe-se, que foi apenas o seu campo de curiosidades (e portanto o facto de ter novos entusiasmos científicos) que se alargou?
Por fim, indo à capa do livro, e ao acto de contar pelos dedos, quer-se lembrar que muitas vezes, distraidamente (ou não o controlamos), são imensas as ideias que da mente passam para o corpo.
Ou seja, quem se dedicar ao tema e prestar a devida atenção às posturas físicas/gestuais do corpo, sobretudo as das pessoas que se conhecem bem, poderá, sem precisar dos fantásticos scanners de António Damásio, conseguir perceber/adivinhar o que vai na mente de cada um, através da sua Linguagem Corporal.