Sim quem diria?
Que um assunto, à partida difícil, chato, sintagmático, paradigmático ou simbólico; um tema – que é também Ciência (para muitos) – mas cheio de precisões e tantas outras referências ou «definições quase milimétricas» (porém sempre bastante equívocas...), poderia conseguir dar origem a um romance?
Que é, às vezes de gargalhada, outras a precisar que nos lembremos de alguns autores e seus contributos (Estruturalistas) para as Ciências Sociais. Mas também intriga, romance meio policial, com muita política, e a cultura francesa dos anos 1980...
Quem diria (?) que a Semiologia - disciplina que A. Quadros no IADE quis que se chamasse Semiótica (para não se confundir com a Semiologia médica) – e que tanto trabalho nos dera na ESBAL (entre 1973-76).
Semiologia que se «misturava» então (e talvez ainda agora?, sabe-se lá...) com várias teorias projectuais. Mas sobretudo, com a “linguística de Chaussure”, como também aparece aqui (na Obra Abaixo...).
Quem diria que as ditas Ciências (auxiliares do Design e da Arquitectura) podiam ter o condão de nos divertir e prender - feitas cenário/contexto de um romance -, durante umas boas horas?!
Quase a meio do livro continua o «apetite». Ou será talvez mais voragem e avidez (?), por saber da intriga que o autor – e de certeza que este se divertiu imenso a escrevê-la... – conseguiu engendrar, com o sub-título: “Quem matou Roland Barthes?”
Para já, e So far, so good, vamos ver se assim continua - bem giro - até ao fim?
Óptimo fim de semana