... produz os seus frutos, próprios da estação e época do ano.
Nem sempre aqui (Primaluce), mas sempre a trabalhar
"comme il faut" (neste caso para Portalegre)
Actividade non stop a que se acrescentaram hoje (11-09-2017) - várias «novas infos».
Portalegre a cidade que nos está a dar - como a partir de Abril 2011 começámos a compreender poderia acontecer... - a hipótese de reunir todas as pontas (fazendo nós, laços e entrelaçados..., ou seja sínteses) de uma vida inteira de trabalho.
Quem diria?
Mas hoje, é inclusivamente no espaço onde está plasmado, em pilastras côncavas, o símbolo do infinito (que descobrimos e por isso ficou destacado na p. 38 de Monserrate uma Nova História*); hoje é nesse espaço que dormimos em Portalegre. Em paz, sob Ogivas Barrocas**, como nos dá imenso gozo dizer.
Acima uma criação de Philibert De l'Orme (1514-1570), para Ogivas aparentes, em madeira. Esta interpretação nossa, e prova-nos a existência de uma vontade de ter à vista elementos que pouco ou nada contribuíam para um suporte efectivo da construção. Pelo contrário, iriam pesar sobre outras estruturas, ou o conjunto do edifício. Na actualidade seriam designadas como sub-tectos ou tectos falsos.
Curiosamente, a legenda desta imagem em Teoria da Arquitectura do Renascimento aos nossos dias, Taschen 2003 (ver p. 213) diz o seguinte (com que, em absoluto, não podemos concordar):
"Sistema de abóbada
De l'Orme faz aqui a demonstração do vigamento «com pequenas traves» de que é inventor (...) Nouvelles inventions pour bien bastir...1576 (...)"
Percebe-se, perfeitamente, que os historiadores de arte aceitem esta legenda; mas no nosso caso não a aceitamos, tendo a dizer sobre ela: Não, não e não!
Porque essa legenda devia ter algo mais, como por exemplo: "De l'Orme inventor de um sistema de abóbada, falante, e portanto para ser visto".
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*ISBN: 978-97224-1528-6. Livros Horizonte, Lisboa, Fev. 2008, por Glória Azevedo Coutinho. E é aqui que entra, com toda a força, a questão que não pode deixar de nos surpreender: Como e porquê se herda uma casa que tem no seu espaço mais valioso e expressivo, exactamente uma imagem iconográfica que descobrimos (e todos todos escondem)?
**Equivalentes às que Philibert De l'Orme ensinou a construir (ou preconizou se deveriam empregar e estão na imagem que ilustra o post de hoje)