Porque foram já vários os posts em que escrevemos sobre Ovais e Elipses, podemos ver quem mais os visita*
E segundo as Estatísticas Sapo, são do Brasil os seus mais assíduos visitantes. O que vem confirmar o «desinteresse» dos indígenas portugas por questões de Ciência: concretamente a Geometria.
Também como esta não era apenas para conformar as edificações - tendo em vista o seu desenho regular e erecto, mas, por ser a Geometria também uma fonte - ou a origem - «dos dizeres» como Hugo de S. Victor um dia a designou.
Aqui estamos há tempos, e já o prometemos, para escrever um, ou vários posts, sobre este tema que consideramos incrivelmente interessante: i. e. sobre a coincidência (temporal) entre a descoberta da elipse como «forma orbital» dos planetas - demonstrado por Képler -, e o aparecimento desta mesma forma na arquitectura (religiosa).
Claro que já algum (ou alguns outros autores?) se debruçaram sobre este assunto. Porém, no nosso caso pretendemos fazê-lo com documentação e fotografias nossas, ampliando esta temática interessantíssima.
Assim e para já fica esta imagem, acrescida de uma curta nota explicativa:
As duas setas querem evidenciar um mero acaso (geométrico):
A projecção do elemento construido que tem um óculo (aparentemente elíptico), dada a hora solar a que a fotografia foi feita, apresenta-se quase paralela e ortogonal às paredes do Claustro (da Sé de Portalegre).
Curiosamente, a luz que entra por esse óculo, vai desenhar, inteira, no plano horizontal da bancada corrida (e remate da parede inferior), uma nova elipse. Só que esta, e mais uma vez dada a orientação dos raios solares, esta segunda elipse tem o seu eixo maior na horizontal, ao contrário da elipse vertical inicial.
Porém, e como mostra a fotografia, parece perfeita!
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*E esses posts são os seguintes:
http://primaluce.blogs.sapo.pt/uma-elipse-nao-e-uma-oval-mesmo-que-365898
http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/41511.html
http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/igreja-barroca-de-planta-eliptica-96341