No retrato de Fernando Pessoa, desenhámos 6 troços de rectas para mostrar como a perspectiva do pavimento nada tem a ver com a da mesa.
Mas, se as rectas A e B se encontram no infinito (i. e., são paralelas) já as restantes não se encontram, claramente, num único ponto.
«Caprichos» de artista, ou à procura de uma maior expressividade do desenho? E não estou a falar (directamente) de narratividade...
Porque se metesse essa, então diríamos que a máxima expressividade tentou estar ao serviço de uma narrativa: de um rigor geométrico (quase) caricaturista.
De um prazer imenso (do autor), de certeza, por ter encontrado uma fórmula tão feliz, capaz de se adequar a alguém (FP) - de o explicar e apresentar - alguém que, como sabemos, foi, milimetricamente, meticuloso.