A pensar em Dana Arnold e no que escrevemos há anos*, vejam onde fomos parar:
Vejam como as melhores Universidades promovem os seus professores em vez de os obrigarem a estar estacionados (tout court!)
Vejam abaixo aquilo que desde o principio era preciso para o nosso doutoramento conseguir ser feito; é que não sonhámos, ou nos passou pela cabeça algum capricho inverosímil, irrealizável. Apenas que se trata de um cenário para as melhores universidades e instituições de ensino superior. E não para os que falam, falam, falam…, mas que, quando é preciso agir e criar resultados concretos… chapéu!
Para esses «controladores-do-valor alheio» os grandes doutores têm que ser os próprios Reitores; os Arrivistas (ou os acabados de chegar como a expressão diz) e portanto cada um que chegue, se sirva e se amanhe!
Melhor dizendo: ainda que seja sem regras, é assim.
Dirão eles: Dá jeito que funcione exactamente em modo NEP**!?
No que se segue notem que Support quer dizer apoio; development significa desenvolvimento, evolução e não estacionamento; Protecting intellectual property é o conjunto de palavras que significa a protecção da riqueza de origem mental ou intelectual que o autor/investigador/professor ao serviço de uma instituição (ou de várias, patrocinadoras dos estudos de investigação) inventou ou produziu***:
"Support for postgraduate researchers
We can help you to develop your skills and build your profile as a researcher. Our Doctoral College offers training to enhance your research and transferable skills and can support you in a range of areas, from writing research papers and enhancing your presentation skills, to applying for funding to attend international conferences and research visits.”
E lendo mais em: http://www.southampton.ac.uk/research/researcher-support.page ainda se encontra o que faz todo sentido serem outros apoios, verdadeiros e funcionais, na medida em que são para funcionar, e obter resultados concretos:
"Professional development
Our Professional Development Unit offers a range of learning and development opportunities from skills training to traditional learning courses. Our Institute of Learning Innovation and Development (ILIaD) also works hard in partnership with each faculty to offer a range of activities to expand your professional skills.
Protecting your intellectual property
We facilitate and support the patent protection process on all research innovations made at the University. Research and Innovation Services (RIS) will also help you to commercialise your research, write license agreements and start spin-out companies."
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*Ver em http://primaluce.blogs.sapo.pt/2011/08/ onde se escreveu em Agosto de 2011:
"Quanto à nossa tese, ou teses - já que é o culminar de tantas ideias deixadas por aí soltas e por completar - estamos como Dana Arnold: depois que Giorgio Vasari escreveu as Vite di artisti, estas foram seguidas, quase, incontestavelmente. Aparecendo a História da Arte, como um relato de «grandes homens» e «estilo». Numa visão teleológica, uma narrativa que vai «do homem das cavernas a Picasso». Esqueceram-se de olhar para as obras, e, concretamente dizemos nós, para as suas formas básicas: "tirem de lá certos enfeites, abram esses olhos" - é o que apetece dizer. Estamos perante formas iconoteológicas, que, crescentemente, se foram complexificando."
**Segundo sai de um CD avariado: para o qual NEP significa Normas em Execução Permanente (como na tropa e tivemos que aprender em 13.10.2014).
Ora como vem desde o post que deu origem a este escrito , as ideias não são nossas, mas quem as adoptar estará a dar-nos força: Ao que defendemos desde 2006 quando percebemos a estupidez que seria ter feito importantíssimas descobertas, e não as valorizar/explicar face aos nossos superiores, ou não as aprofundar...
***Por fim pode-se perguntar (muito prosaicamente): por que raio é que as sociedades actuais inventaram que se deve investigar? Pela nossa parte, em tentativa de resposta lembramos os campesinos, os que nunca saíram das suas aldeias, não viram mundo, não têm urbanidade. São de modos rudes, tão simples que até parece que ficaram incompletos, toscos e lá atrás no tempo; que não sabem nem sonham de um tempo das luzes. Ou que nunca largaram os campos e os animais que guardam nos pastos, não porque um movimento romântico os levou de novo ao mundo natural, mas porque nunca saíram do mesmo. Só por isto (e há tanto mais), será que não vale a pena evoluir? Ensinar, ajudar a promover os outros, sem paternalismos? Para que possam contactar o mundo natural a valorizar as pedras e os animais, e não apenas como uma parte dele, que do mesmo nunca se elevou...? Será que as ditas Luzes não permitiram a muitos elevarem-se acima das superstições, ou de crenças e práticas que frequentemente ainda escondem o melhor da medicina actual? A hipótese de ultrapassarem desígnios de escravidão em que nasceram? Tudo isto não é para aprofundar e divulgar? Ou a única investigação válida (se é que corresponde ao crescimento mental do individuo) é a que detecta e aproveita o subliminar da psicologia, para levar ao impulso e a práticas consumistas irreflectidas? A novas escravidões?