Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
28
Ago 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Como Copérnico podemos dizer que as esferas se transformam em círculos; que podemos assumir a liberdade de usar imaginativamente quaisquer círculos, com o propósito de explicar fenómenos celestes*.

 

 "...I too began to consider the mobility of the earth. And even though the idea seemed absurd, nevertheless I knew that others before me had been granted the freedom to imagine any circles whatever for the purpose of explaining the heavenly phenomena."

    

*E o Pensamento Visual entra quando os círculos se tornaram em «metáfora visual» não do que é celeste mas do que é divino. Sabem qual é a diferença (hoje que se pode diferenciar...) entre os dois adjectivos? Em Hugo de S. Victor ou em S. Tomás de Aquino, talvez (mas em expressões diferentes) encontrem a solução?


26
Ago 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... seja qual for a escala - de um Universo em que as Esferas se ajustam em harmonia, aos mais pequenos seres e objectos - a síntese de um Criador tem que ser perfeita

E isso é o mais difícil


25
Ago 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... e pondo agora de lado toda a temática da mediocridade (que temos tido que engolir), seremos nós arquitectos mais do que criadores de esquemas de habitar? Esquemas que em vez de desenhados no plano são feitos com paredes?*

Ver DiAGRAMAS A e B, na p. 3, de: http://www.bp.ntu.edu.tw/wp-content/uploads/2011/12/06-Alexander-A-city-is-not-a-tree.pdf

*Re: Sim, por vezes somos

 


23
Ago 16
publicado por primaluce, às 00:20link do post | comentar

Desapercebido, não notado, não emergente, apenas (solidamente) imerso no que são «as nossas bases» embora não demos por elas.

 

Pelo que se pode perguntar o porquê desta nossa atitude: de querer dar visibilidade, ao que não é percebido, ou sequer notado?

A nossa resposta é simples, de "simplesmente prof."

Da mesma maneira que muitos referentes - (já) agora também as palavras, mas sobretudo as imagens que um dia fora significantes - esses muitos vocábulos das mensagens comuns, orais, mas também os das obras de arte, estão cada vez mais incompreendidos.

A geração abaixo da nossa, i. e., a dos filhos dos que foram chamados geração baby boom, à conta de um ensino de qualidade muito reduzida - e também das normas (férreas) do «politicamente correcto»* -, hoje eles pouco compreendem de alguns articulados que, inclusivamente, chegam a produzir.

Ou seja: podem até ser altamente palavrosos, podem até cumprir muitas normas discursivas, parecendo ainda que cada pequena frase está correctíssima, mas, no fim, falta lógica e coerência, não se produzindo nenhuma ideia ou sequer alguma afirmação.

Mas, ficam no ar - ainda as ouvimos - ficam a reverberar fragmentos de sons, palavras soltas, muitos tiques e excertozinhos palavrosos (que incluem o tal palavreado da moda**); porém, apenas mostram o quanto são vazios...

Quer vazios de sensibilidade, primeiro: quando deviam mostrar que são frases suas, a quererem reagir ao mundo, e a querer ter voz e participação activa, baseada na sua própria experiência, cultura e informação adquirida; quer depois: porque o que sentiram não corresponde à realidade, e então essas suas participações e contributos são apenas mais equívocos, que se deitam para cima de um mundo que, dá para ver, está «basto baralhado».

Enfim, quer nas mais simples conversas - e na Arte, que também é comunicação - a perca de sentido dos referentes não ajuda, em nada, à clareza.

Assim escolhemos re-apresentar uma obra que é um exemplo que nos EUA é relativamente claro (embora para muitos, mesmo aí, possa ser, com o tempo, crescentemente ambíguo!), e que, segundo cremos, por aqui, muito poucos o entenderão (?).

E no entanto, pensamos, é uma obra riquíssima, expressiva, sugestiva, também irónica..., até mordaz.

Com ela pretende-se dar visibilidade a valores (vocábulos, referentes e ideias - como a Ética e já escrevemos sobre isso) que, como está no título de hoje, estão cada vez mais ignorados.

american-gothic-1930.jpg!HalfHD.jpg

 Como podem verificar, os nossos leitores já terão encontrado esta imagem noutro post.

Por ser muito elucidativa de uma série de ingredientes (os vocábulos de um estilo) que ao longo dos tempos, por razões diferentes, têm sido deixados nas formas da arquitectura. Como, por uma vaga analogia, agora se usam os emoticons e emojis.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

* Na actualidade o chamado «politicamente correcto» obriga a tantos contorcionismos, e a tantos desvios para se conseguir contornar o que muitas vezes são realidades primeiras (por defeito enraizadas no mais profundo das mentes); que, por «esses efeitos», a percepção da realidade se torna muito mais difícil. Como chegar lá, como ensinar, se várias palavras ou conceitos se devem evitar, e não os usar? Como ensinar se não há tempo?

Re: Deixemo-los descobrir. Aos poucos, nem que seja aos 40 ou 50 anos... Até lá..., vão aprendendo.

Em resumo: Que não haja a ambição de fazer um ensino enciclopédico como se pretendia fazer a partir do século XVIII.

**Lembrem-se, de há dias na Festa do Pontal, do incompreensível, mas palavroso, discurso de um ex-PM

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18
Ago 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

A pensar em Dana Arnold e no que escrevemos há anos*, vejam onde fomos parar:

Vejam como as melhores Universidades promovem os seus professores em vez de os obrigarem a estar estacionados (tout court!)


Vejam abaixo aquilo que desde o principio era preciso para o nosso doutoramento conseguir ser feito; é que não sonhámos, ou nos passou pela cabeça algum capricho inverosímil, irrealizável. Apenas que se trata de um cenário para as melhores universidades e instituições de ensino superior. E não para os que falam, falam, falam…, mas que, quando é preciso agir e criar resultados concretos… chapéu!
Para esses «controladores-do-valor alheio» os grandes doutores têm que ser os próprios Reitores; os Arrivistas (ou os acabados de chegar como a expressão diz) e portanto cada um que chegue, se sirva e se amanhe!

Melhor dizendo: ainda que seja sem regras, é assim.

Dirão eles: Dá jeito que funcione exactamente em modo NEP**!?

No que se segue notem que Support quer dizer apoio; development significa desenvolvimento, evolução e não estacionamento; Protecting intellectual property é o conjunto de palavras que significa a protecção da riqueza de origem mental ou intelectual que o autor/investigador/professor ao serviço de uma instituição (ou de várias, patrocinadoras dos estudos de investigação) inventou ou produziu***:

 

"Support for postgraduate researchers

We can help you to develop your skills and build your profile as a researcher. Our Doctoral College offers training to enhance your research and transferable skills and can support you in a range of areas, from writing research papers and enhancing your presentation skills, to applying for funding to attend international conferences and research visits.”

E lendo mais em http://www.southampton.ac.uk/research/researcher-support.page ainda se encontra o que faz todo sentido serem outros apoios, verdadeiros e funcionais, na medida em que são para funcionar, e obter resultados concretos:

 

"Professional development
Our Professional Development Unit offers a range of learning and development opportunities from skills training to traditional learning courses. Our Institute of Learning Innovation and Development (ILIaD) also works hard in partnership with each faculty to offer a range of activities to expand your professional skills.
Protecting your intellectual property
We facilitate and support the patent protection process on all research innovations made at the University. Research and Innovation Services (RIS) will also help you to commercialise your research, write license agreements and start spin-out companies."

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Ver em http://primaluce.blogs.sapo.pt/2011/08/ onde se escreveu em Agosto de 2011:
"Quanto à nossa tese, ou teses - já que é o culminar de tantas ideias deixadas por aí soltas e por completar - estamos como Dana Arnold: depois que Giorgio Vasari escreveu as Vite di artisti, estas foram seguidas, quase, incontestavelmente. Aparecendo a História da Arte, como um relato de «grandes homens» e «estilo». Numa visão teleológica, uma narrativa que vai «do homem das cavernas a Picasso». Esqueceram-se de olhar para as obras, e, concretamente dizemos nós, para as suas formas básicas: "tirem de lá certos enfeites, abram esses olhos" - é o que apetece dizer. Estamos perante formas iconoteológicas, que, crescentemente, se foram complexificando."
**Segundo sai de um CD avariado: para o qual NEP significa Normas em Execução Permanente (como na tropa e tivemos que aprender em 13.10.2014).

Ora como vem desde o post que deu origem a este escrito , as ideias não são nossas, mas quem as adoptar estará a dar-nos força: Ao que defendemos desde 2006 quando percebemos a estupidez que seria ter feito importantíssimas descobertas, e não as valorizar/explicar face aos nossos superiores, ou não as aprofundar...

***Por fim pode-se perguntar (muito prosaicamente): por que raio é que as sociedades actuais inventaram que se deve investigar? Pela nossa parte, em tentativa de resposta lembramos os campesinos, os que nunca saíram das suas aldeias, não viram mundo, não têm urbanidade. São de modos rudes, tão simples que até parece que ficaram incompletos, toscos e lá atrás no tempo; que não sabem nem sonham de um tempo das luzes. Ou que nunca largaram os campos e os animais que guardam nos pastos, não porque um movimento romântico os levou de novo ao mundo natural, mas porque nunca saíram do mesmo. Só por isto (e há tanto mais), será que não vale a pena evoluir? Ensinar, ajudar a promover os outros, sem paternalismos? Para que possam contactar o mundo natural a valorizar as pedras e os animais, e não apenas como uma parte dele, que do mesmo nunca se elevou...? Será que as ditas Luzes não permitiram a muitos elevarem-se acima das superstições, ou de crenças e práticas que frequentemente ainda escondem o melhor da medicina actual? A hipótese de ultrapassarem desígnios de escravidão em que nasceram? Tudo isto não é para aprofundar e divulgar? Ou a única investigação válida (se é que corresponde ao crescimento mental do individuo) é a que detecta e aproveita o subliminar da psicologia, para levar ao impulso e a práticas consumistas irreflectidas? A novas escravidões?


11
Ago 16
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Se um dia...

 

Os designers tivessem a noção da importância da floresta para a indústria portuguesa de mobiliário.

Não de uma forma semi-artesanal, como sucedeu na nossa geração, mas com estudos aprofundados, de carácter científico - i.e., mesmo a sério:

Que cruzassem desde o ambiente natural, território, ecologia, paisagem..., até ao produto final, onde as diferentes madeiras e as suas características - incluindo aqui outros produtos florestais como a cortiça (que não é madeira...) - fizessem jus ao valor e à dimensão, também económica, que têm as nossas florestas*.

É assunto que durante anos ensinámos (o tal "semi-artesanal"), e que hoje, face ao actual vazio, não deixa de nos fazer sentir, e de nos dar, algum conforto...

Alguma (leve) sensação de ter dado contributos positivos, que um dia talvez possam ainda fazer brotar alguma ideia na cabeça de quem nos ouviu.

São assuntos que estão na ordem do dia;

Que tocam a quem não vê apenas pelo canudo do deficit, e consegue ter uma visão de 360º

Assuntos de que também já escrevemos; ou que, por exemplo, até em visita ao Palácio Amarelo de Portalegre já referimos e interligámos (como sempre fizemos nas aulas)

~~~~~~~~~~~~~~

*Apesar de também serem conhecidas opções incorrectas e distorcidas (ambientalmente) dessas mesmas florestas


09
Ago 16
publicado por primaluce, às 09:30link do post | comentar

Talvez só quando o (urgente) quotidiano nos mostra o que é o mais importante;

 

Talvez só nessas alturas se tenha a noção da importância de que a austeridade tem que ter sentido ou sentidos? Outros... Que podem ser lógicos, morais e económicos, porque serão úteis...

Não é precisa a austeridade como a que tem sido dada a conhecer, e a viver: qual amostragem (fútil) de uma autoridade com pouco sentido.

Mas, é preciso um ambiente de racionalidade e de inteligência, que encaminhe os esforços feitos e os passos dados (em nome dessa pretensa austeridade) para objectivos que sejam consensuais.

As alterações climáticas e a necessidade de uma sociedade planeada e organizada - sobretudo com incidência no território, nos interfaces rural-urbano, e nos próprios espaços urbanos; o referido planeamento é essencial, para a sustentabilidade do planeta...

...que (desde ontem!) passou a estar a consumir o que se consideram recursos do futuro

Temas de que já escrevemos


08
Ago 16
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

Aqui na voz de Terry Farrell, alguém que se tem debruçado, intensamente, sobre as questões do urbanismo


06
Ago 16
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

... será que a Cidade que preserva o seu Património, está a actuar sobre um «peso morto»?

 

Diriamos que sim, pois ajuda-se, valoriza-se, e faz com que essas obras deixem de ser vistas como «pesos mortos». 

 


02
Ago 16
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... porque este é o tempo de recuperar, carregar baterias, e preparar para as próximas batalhas das guerras antigas.

 

As que, como é normal, cada etapa nova nos traz. E como de costume, esclarecer (= a tornar claro, e a iluminar), não deixando que o urgente quotidiano venha obnubilar o importante e o essencial. Discernir - do emaranhado que o quotidiano nos apresenta - as direcções há muito tomadas 

Assim "...é imperioso aprender a ver, no emaranhado dos dias, aquilo que são os sinais de sabedoria e de luz,…"


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