Vejamos então:
De 2008 a 2012, quando já nos tínhamos apercebido, definitivamente, que estava nas nossas mãos - estando a estudá-lo - o Tratado de Teologia que tinha desenhado a arquitectura Gótica; nesse período Fernando António Baptista Pereira, entre outras ideias ou as frases com que nos respondia, várias vezes nos colocou a questão da exigência de haver um «segundo plano», uma alternativa (?) ou um Plano B como lhe ia chamando:
"Onde está o seu plano B?"
Não lhe terá ocorrido, supõe-se, que naturalmente para um orientando, esses planos "A" ou "B" se concentravam ou convergiam, unicamente, na pessoa do orientador? Não lhe ocorrendo..., ou não se lembrando, que o nosso plano de trabalho teve 90 pp., e se apresentou sempre como algo que à partida era ambicioso e pretendia romper com várias ideias demasiado estabelecidas (e erróneas) da História da Arte?
E não se pense que - maquiavelicamente, tivéssemos planeado desde logo - ou desde o início se tivesse decidido que iria ser necessário «guerrear» os comportamentos e as tomadas de Poder que simultaneamente começaram a acontecer no IADE. Sobretudo porque começaram logo em Outubro de 2008, exactamente no período em que também estivemos hiper-absorvidos e mergulhados nos meandros, extraordinariamente fascinantes do nosso trabalho de investigação.
Isto é, já se admitia - há que o dizer com toda a clareza nós já o admitíamos - que tal como na Fac. de Letras da UL, depois de tanto espalhafato "em torno da Origens do Gótico" e de terem querido silenciar a nossa resposta/solução para o Enigma que os alimentava (e nos colocaram); já se admitia, sim, mas com imensa incerteza, que o Professor Fernando António Baptista Pereira fosse na linha de Vítor Serrão!?
E assim sendo, admitimo-lo, então talvez o obstáculo passasse a ser o IADE? Tanto mais que, e pertencendo nós à instituição, nessa altura já há bem mais de 30 anos, cada vez mais estávamos a ser tratados (lá dentro) como se não nos conhecessem de nenhum lugar, qual intrusa, ou como se tivéssemos acabado de chegar, e sem quaisquer direitos?
Estava-se a poder a observar - e a ver - que na sua direcção, essa sim crescentemente «maquiavélica», nos iam dizendo que o nosso tempo era absolutamente necessário para dar aulas. Razão pela qual, apesar de termos tido um ano lectivo inteiro (2003-2004), sabático, para poder escrever a tese do mestrado, já não nos poderiam dispensar - mais do que apenas um semestre lectivo - para ordenar e escrever a tese de um doutoramento que, como se reconhecia e sabia antecipadamente, iria ser uma tarefa muito mais trabalhosa*.
De tudo isto, e hoje com outros matizes (porque muitos são possíveis), agora escolhemos mais uma imagem que nos lembra os primeiros tempos no IADE, o tipo de grafismos que nos anos 70 ainda se podiam ver em cima dos estiradores dos alunos.
Clic para legenda: numa imagem que nos lembra os tectos das catedrais - que em vez de mandorlas místicas tinham losangos para a contemplatio. Escolha a maior dimensão para ver que cada ponto mínimo da tapeçaria de Portalegre, tem que lembrar o pixel de um écran de computador.
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*Trabalho que foi planeado numa data em que a Entidade Instituidora (Administração) do IADE gozava de uma certa estabilidade, nada fazendo prever - muito menos conseguir ter a imaginação necessária e suficiente para a realidade que veio a ser; i. e., os desenvolvimentos subsequentes.