Frase que já vem de alguns meses (ou anos?) atrás, mas se continua a pronunciar, e ainda a viver neste espírito...
Aliás, frase que - para alguns - se aplicará, na perfeição, aos nossos estudos e aos seus resultados: Sobretudo se ainda nos lembrarmos das que pareciam ser umas quase eternas discussões/elucubrações de António Quadros e Lima de Freitas; por vezes também de Manuel Lapa, e a que no IADE assistíamos meio-atónitos, compreendendo pouco, ou nada?, daquilo a que se estavam a referir...*
É nisto que estamos (está toda a sociedade): vivemos num Presentismo, que, mesmo em ambientes que deveriam ser de Ciência e Conhecimento, todos querem ignorar o passado. E portanto, com ele, muito daquilo que no presente é a continuidade do passado: i.e., - a mesma realidade, ou algo que, se mudou (?), foi apenas à superfície.
Portanto - mesmo que venham uns e outros, a capturar o poder, a passar a descaracterizar, a transformar e a fazer das instituições de ensino em que estamos, aquilo que elas nunca foram (pois se o tivessem sido ou se o fossem desde o inicio, nunca lá teríamos ido parar!); portanto, repete-se, agora é muito tarde para nos mudarem a cabeça!
Sim, é muito tarde para nos desviarem dos caminhos que foram iniciados há muito mais de três décadas, e nos quais, pelas mais diversas razões, estamos (e continuamos) a circular!
Mais:
O Design não é Marketing, o Design existe para criar aquilo que o Marketing pode querer vender...E claro que o Marketing pode e deve pedir ao Design que desenvolva conceitos que o Marketing «inventou». Poderão estar associados, mas se o designer, pretende responder às questões de produção, tem que as dominar - desenho, tecnologias - e não estar centrado principalmente nas questões de mercado... É ao contrário!
Não somos nós «Os Velhos do Restelo», já que a maior modernidade não é ir acrítico atrás das modas de cada tempo. Esse tempo é datado, passa, razão porque entender o mundo em que estamos, o conhecermo-nos a nós próprios, é muito mais importante, e prevalece, do que qualquer moda de um qualquer presente
Portanto, de novo havemos de voltar ao E-book de Richard Perassi: aos contributos que por aqui deixou, a lembrar Saussure e a Linguística, e como esta se integra no Design** que é Projecto (e não Marketing nem Marca).
Projectos que, é óbvio, precisam de aulas práticas com o máximo de tempo (possível), para se simularem situações de trabalhos reais: para se tentar simular, o instante raro da invenção, o achar de uma boa articulação como Christopher Alexander a explicou.
~~~~~~~~~~~~~~
*E em geral com referências a Almada Negreiros