: Mas que pergunta, que disparate..., mas onde estava a minha cabeça?
Mas então, que redacção, seria a pensar em Nicholas de Cusa, no mestre do De Docta Ignorantia? Talvez, só poderia ser...
Ou talvez não...? E portanto, quiçá, não há erro nem disparate? Terá sido só um quase "lapsus"? Será que seria a pensar num certo Reitor? O mesmo que é Doutor em nada...? E a quem se aplica, na perfeição, a ideia de um Doutor da Igreja, que viveu no século XV? Idem aspas, seria no destruidor dos «brinquedos» que lhe puseram na mão? De quem, no que toca destrói...?
Por nós - em que muitos andamos (aliás, a Europa inteira anda, e teremos que andar todos, nas décadas futuras...) em maré de ter muito para compor, o que outros infanticidas perfeitos, chegaram e destruíram; agora é fácil esquecer que este recompor se podia ter evitado. E será que já se chegou ao pico negativo, e ao mais profundo, de tanta destruição?
É interessante, de mais, olhar para o século XX, por exemplo na área da Historiografia da Arte. Já que nesta Área Científica percebe-se como isso é notório - e ver como desde o início (e nalguns casos claro que os melhores autores ainda vêm do fim do século XIX, como por exemplo Émile Mâle); notar como se produziram trabalhos verdadeiramente excepcionais** [Aí sim era o verdadeiro Excelente, que em 2001 já enchia os discursos de alguns, mas sem nenhuma razão para tanta «Xelência»...].
Quanto aos estragos feitos, a devastação que se vê pela Europa (não exactamente a produzida de 2007 a 2015, mas a que já vinha a germinar e a preceder a Crise, na fase em que esta se torna mais visível), é equivalente, parece-nos, à destruição feita por uma guerra.
É por isso que dizemos/escrevemos: "Deixá-lo... Pode ser que ainda um dia alguém se entretenha a recompor tudo o que uma imensa estroinice achou por bem andar a destruir"***.
Pode ser que alguém encontre paciência, mas por aqui o rumo ficou traçado em 2002.
Enfim, sobre o documento que está na PORBASE - à qual o link acima leva - já nada nos admira!? Que um plano de trabalho com mais de 100 pp. seja confundido com uma Tese de Doutoramento (já terminada, e defendida!) em Belas-Artes, por lá, parece ser (?) normal.
Mas, com muito mais razão, o mesmo já se passava com o nosso estudo de Monserrate: por todos considerado um doutoramento. Enfim, tudo isto são várias provas - que estão registadas e nos são facultadas, das mais diversas maneiras - sobre os comportamentos maldosos e incompetentes (é sempre tudo isso somado) que habitam as nossas instituições de Ensino Superior: as Privadas e as Oficias (ou do Estado), é tudo a mesma falta de qualidade...
No nosso caso a situação tornou-se especialmente sui generis, porque, com uma formação muito interdisciplinar, e imensos assuntos - de uma grande diversidade, nas origens; que, pelas mais variadas razões nunca largámos (mesmo que conhecidos só superficialmente). Na verdade, e como o ensino superior agora está, quando se é obrigado a ir fazer um mestrado, ou ainda mais um doutoramento, todas as nossas outras, as várias e muitas vidas que se tem sido obrigado a viver; então elas vêm ao de cima, e são postas - com a máxima naturalidade (e como «habitam» a nossa mente) - nas teses e nos estudos que seja preciso fazer.
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*Docta Ignorantia and Coincidentia Oppositorum: "The road to Truth therefore leads beyond reason and the principle of contradiction; (...) we can discover God, the 'coincidentia oppositorum', wherein all contractions meet." Ver no Concise Dictionary of The Christian Church, Oxford University Press, p. 410.
**E durante todo o século XX, sobretudo até aos anos 60 é um movimento que continua; mas que, desde então para cá, houve uma queda acentuada, não na quantidade, mas na qualidade das obras produzidas. A maioria dos estudiosos e investigadores esqueceu-se, ou quis esquecer/esconder, a génese religiosa da quase totalidade das obras da Arte Europeia.
***Só comparável à destruição feita por uma guerra