...e de quem esteve a ouvir Pierre Nora e alguns desenvolvimentos em torno dos seus Lieux de Mémoire.
Sim, se há coisa que este ano nos prova, tão bem - em especial este segundo semestre, e à medida que nos aproximámos do fim do ano - é a grande diferença entre História e Memória.
Este ano que foi o acumular - mas também o de se terem tornado completamente visíveis (e ao menos isso é muito bom!) -, sim o acumular de inúmeras mentiras que nos têm rodeado.
Isto é, não apenas as nacionais e as de maior dimensão, que são as de um status quo político muito próprio deste Portugal, inserido na Europa*, que entendeu desvalorizar-se e empobrecer (em todos os sentidos); numa situação de facto, a qual, muito comprometidamente (provável e verificável), tudo faz para que a Justiça não funcione**.
Mas também (e agora toca-nos), das mentiras e inúmeras omissões graves, que tornaram possível o nosso caso concreto. Ele que é muito revelador de um imenso desperdício de energias, como são os dinheiros públicos que recebemos da FCT, mas pelos quais fomos ou ficámos impedidos de responder: Porquê?
No entanto, também é verdade que se o tempo que passou - e no qual parece que nada acontece...! - se esse tempo é/está a ser útil, é exactamente por fazer vir ao cima as mentiras e omissões que nos têm prejudicado (durante anos), e que permitem ver o porquê, enfático, interrogativo, deixado acima, sublinhado.
Pois não se pedem BDs*** - Bolsas de Doutoramento - a pretexto da importância e do enriquecimento que uma investigação vai trazer, garantidamente, para depois, os mesmos intervenientes e os mesmos conhecedores da situação, a ocultarem e impedirem a concretização e a apresentação dos resultados dessas mesmas investigações.
Ainda com o objectivo de impedirem as consequências - que naturalmente seriam boas - dos estudos e investigações planeados e previstos terminar.
Enfim, mais um ano acaba, mas no contexto das desonestidades que se tornaram prática corrente em Portugal, assim também a situação a que chegámos se tornou bastante clara.
Isto é, a ser visível e notória a razão porque nos tem sido imposta:
Que a mediocridade que nos dirige, coordena (ou «manda porque pode»), essa mediocridade, à maneira de uma qualquer ditadura, para ela «Poder» também exige que todos sejamos incapazes, para não ser contestada... E para simular/parecer que é autoridade!
Só que a verdadeira autoridade é sempre moral e emana, simplesmente.
'Tadinhos desses medíocres, e lindo ano que vão ter. Pois os disparates que repetidamente «produziram», além de os levarem a becos - sem saída, também chegam a uma altura, é concomitante, em que dão jeito.
Por fim, quem trabalha em Património sabe fazer a distinção entre a História (factual) e a Memória (afectiva):
PARA 2015 A CORAGEM QUE É PRECISA, LER:
pt/o-ano-de-viver-corajosamente=f904494
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*É a nossa história antiga e recente, um país de gente que não acredita em si. Ou, como fizeram os Fundos Europeus, que ao verem chegar muito dinheiro, por todos os lados, não cuidou do mais importante. A Classe Média esbanja e é acrítica, não há Elites, e quem parece ser culturalmente superior não tem a mínima autonomia, ou capacidade de iniciativa.
**Na área especifica da Banca e dos Bancos isso tem sido notório. No nosso caso vemos nós - porque a maioria desconhece e quem sabe não tem capacidade para ver... - toda a mentira que habita no Ensino Superior, Público ou Privado.
***Todo o nosso Processo é demonstrativo do que se tem escrito.