A imagem do post de ontem, que integra um Presépio que desenhámos, registámos na IGAC (e está à venda na Livraria A+A), é também a da bandeira de uma janela, ou de muitas (?), como abaixo se explica.
Na verdade, a imagem acima já a vimos em inúmeras grades, incluindo a de um janelão (por cima do portal) na fachada da Igreja do Menino Deus. Talvez pouco visível do exterior, porque parece-nos que está colocada atrás do vidro (do lado de dentro).
Por aqui (nos nossos blogs) estamos a atrair visitantes mais informados, que sabem ao que vêm - e sabendo disso - os nossos posts também «conciliam» diferentes tipos de informações: concretamente, as que descobrimos nos estudos do mestrado feitas a propósito de Monserrate, e muitas outras posteriores.
Ou seja:
1) Quando nas investigações conduzidas por Maria João Neto, se começou a perceber que a Historiografia da Arte tem andado por caminhos demasiado fantasistas e muito pouco fixados na realidade mais objectiva que aconteceu...
2) Quando depois de retiradas as conclusões se decidiu avançar para o doutoramento. Aqui, de novo houve um impulso mais conhecedor - com a possibilidade de acedermos a mais fontes que o próprio nos indicou - dado por Fernando António Baptista Pereira*.
Porém, dadas as condicionantes acima [as 1) e 2)] teve então que surgir um outro tipo de informação que aqui se deve dar (embora não estivesse nos nossos planos...):
3) É que apesar de todas as investigações - mais os respectivos resultados, dos nossos estudos (doutoramento e mestrado) - e dos apoios não-bibliográficos, mas todos os outros que os nossos Orientadores não nos deram. I. e., naquilo em que faltaram e consta nos normais deveres e procedimentos das respectivas funções, apesar disso, ou por causa dessas ausências, não deve admirar ninguém que continuemos a exprimir - não diria uma revolta, mas mais uma denuncia... - da mediocridade que se pode verificar existir no Ensino Superior Português:
Deste mais preciso em que estamos, cuja inutilidade está patente e é revoltante:
Porque ele é um "blablablabla de muita excelência e mais muitos salamaleques, fingidos e teatrais" - se as investigações derem em nada! Mas feito de imensos - infindáveis!... - "esconda, esconda, esconda!", se houver resultados merecedores de serem mais aprofundados e divulgados, até internacionalmente.
Enfim, por nós cada vez menos precisamos de ser doutor. E, aliás, bem vistas as coisas, nunca precisámos... Era para a instituição!
Assim há que ser feliz, com os recursos fantásticos que temos, a gozar inteiramente aquilo a que temos direito e os outros nos dão todos os dias; embora depois, eles próprios - dadas as imensas aselhices de que são autores - eles mesmos vão invejando** aquilo que são responsáveis por termos conseguido atingir.
Ou, também se poderia dizer - porque os maus exemplos continuam a vir de cima (e estamos perante uns coitaditos acríticos) - à maneira de um conhecido Presidiário Alentejano, estando eles «cheiinhos de vontade de roubar descaradamente»!
E assim se vê, como a JUSTIÇA nas mais diversas áreas, não habita nas mentes tão ilustres de muitos dos nossos concidadãos - «supostos honestos».
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*E nunca esqueceremos a comparação que estabeleceu entre a obra influenciadora (sobre a Arquitectura) de Hugo de S. Victor, e depois, a renovação - igualmente muito influenciadora, que levou a um aprofundar das mudanças de estilo, e à inclusão da Natureza - que foi dada por S. Tomás de Aquino. As perguntas que o Professor Fernando António colocou, foram de facto, as de um Verdadeiro Mestre! Porém, há que não esquecer, sobretudo, as muitas informações obtidas no CEHR, concretamente da Professora Ana M. C. Jorge. Onde se contam as leituras de H. De Lubac, M-D. Chenu, Patrice Sicard, ou ainda sobre a história dos dogmas (no link vejam a referência a Histoire Des Dogmes, obra dirigida por Bernard Sesboüe, editora Desclée 1994).