Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Set 14
publicado por primaluce, às 22:00link do post | comentar

... mais a "Nuvem do Não-Saber", e/ou, as características - que mais ou menos se imaginam - do que pode vir a ser o futuro?

 

É verdade, como há dias uma apresentação sobre o futuro nos deixou bouche bée: i. e., como é possível tantos estudos, Docs. e Pós-Docs., feitos de Filosofia (a do Ph.);  tantas informações e conhecimentos do passado e do presente, para se apresentar tanto requentamento: o qual, de imediato, pretende ser o futuro? Ou seja um amanhã repleto do que se considera déjà vu

Pior: já visto, já ouvido, já cheirado e sentido. Como é possível???

É que se há quem - e muito inteligentemente - faça do conhecimento do passado um trampolim para o futuro: sobretudo do que já se pressente, para ir aos poucos avançando em frente. Na verdade também há - e é o que se prova, porque é o que ouve/vê (como tivemos que ouvir!) -, também há quem por aqui ande sem nada entender ou sentir da essência, do que assim, superficialmente, anda a tentar seguir!

Quem segue aquilo que apanha, como a pele, a maquilhagem dos outros, e tudo o que lhes é (camada) exterior e anda no ar: i. e., apanha só o que é casca!

Como disse e reconheceu uma tal Mme. Du Déffand, ao falar sobre um Robert Walpole que no século XVIII, durante cerca de 30 anos, pisou terras portuguesas, como enviado britânico.

Porém, esse era muito menos superficial, do que é (e há-de continuar a ser por muitos mais anos) a geração mais bem preparada, que p'ra aqui anda! Concretamente esses "nem-nem", da tal geração que nem emigra, nem emigrou, mas empata... E toma o poder para o qual não está minimamente preparada.  

É que se estes não emigraram, tendo alguns deles a consciência e o conhecimento muito específico das razões porque não o fizeram (e até escreveram). Também se sabe porquê, e como lapas, eles se agarram às suas incontáveis mentiras; como também se sabe dos fios de aranha que os sustêm. 

Tal a leveza desses seres!... meros seguidores (será inconscientemente) dos gestos e tiques, que apanham no ar... 

Nota: Curiosamente, a acabar de ler um artigo de A.C.R. na Ottagono, sobre os fundamentos que do passado nos levam ao futuro, estamos muito de acordo com aspectos específicos de que escreveu. Levando a questionar, por exemplo: porque não são mais exploradas e transmitidas aos nossos alunos, entre várias outras (e têm que ser muitas mais), as noções e as ideias de Jean-Paul Sartre sobre a imaginação*? Para que o ensino - que se diz superior - ganhe substância (espessura e informação). E deixe de ser um saltitar, mais intuitivo e superficial (do que profundo): saltitando de «nenúfar-em-nenúfar»?

Porque há matérias vindas ainda das longínquas Artes Liberais, que devem estar presentes - pois são essenciais - nos cursos superiores profissionais/vocacionais. É que estes são de 3 ou mais anos, enquanto outros, os cursos práticos não superiores, esses sim são apenas de 3 (ou mais?) meses. Porque nestes últimos haverá sempre pouco para dizer, havendo mais que fazer: por imitação e reprodução.

Em suma: É que há "a coisa mental" - a que L. Battista Alberti se referia, ou, em alternativa, o simples "trabalho manual" - que é o de artesão.

*Palavra cujo verdadeiro significado é a acção de criar imagens

Ver ainda: http://casamarela.blogs.sapo.pt/

Ou uma Pequena História (por acaso bem anterior à que recebemos por email..., e ainda havemos de comentar!)


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