Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
30
Set 14
publicado por primaluce, às 15:00link do post | comentar
... com Rem Koolhaas* e Cruz Rodrigues o IADE percebe por fim, que alguma coisa encontrámos? Numa área em que, exactamente, não há fundamentos lógicos para continuar a esconder, quer os temas quer as descobertas feitas?

 

Será que finalmente, mesmo não compreendendo - o tema difícil, vão apanhando sinais que identificam? Percebem que há algo de comum (Platão e as suas Ideias), entre alguns temas e discursos: i. e., as mesmas referências, ou várias, que são muito próximas?

Será que é preciso andar a olhar para o chão, de expressão triste e sorumbática para se reconhecer o valor das ideias de uma autora?

É que por nós preferimos a via da alegria e da boa disposição, incluindo deste modo o que Henri De Lubac considerou serem ideias simples, de lógicas quase infantis, presentes na imagética da Arte Medieval: imagética usada para aludir, apontar, relembrar, o que essa mesma «Arte» - de uma época que foi de um enorme misticismo (como não temos hoje capacidade para o conceber) - pretendia designar.

Aliás, é a razão de ser desta palavra**!

O que Rem Koolhaas - um praticante de projecto (e não um teórico sem bases, ou sem capacidade de observação) - se lembrou de questionar é, obviamente, da maior oportunidade. Tanto mais que, na cultura contemporânea, e neste caso estamos a pensar concretamente em Desenhos Animados e na BD, os referidos elementos, sobretudo os que têm desenhos mais ricos, estão sempre presentes nessas produções: como forma de caracterizar/localizar os ambientes em que as cenas decorrem. Como também não há filmes - de princesas, reis ou rainhas - sem vãos bífores, e janelas aos losangos (como nos exemplos da fotografia acima!)

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E claro, por razões que é raro haver quem saiba! Já que, parece ser proibido (pelos senhores professores universitários!) a defesa de uma génese iconoteológica da arte europeia. Mais, de tão inesperada que toda esta situação se apresenta, e apresentou (desde 2002, assim continuando de novo a partir de 2006), portanto, ela não é tratada/e não tem sido tratada, como uma situação normal. Passando a ser, como se não estivesse, configurada pela lei. E ainda - acrescentamos - fazendo com que alguns se sintam no direito de a tratarem como fora da lei...
Enfim, tudo o que temos escrito nestes blogs é utilíssimo, passando em breve a insistir no que não é nenhuma «bizarria»*** - ao contrário do que escreveu Domingos Tavares, repetidamente, sobre a obra de Guarino Guarini!
A qual (como consta no nosso trabalho de mestrado) é uma das melhores provas da passagem de ideogramas, que eram desenhos bidimensionais, significantes, à tridimensionalidade.       

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*Leiam: http://primaluce.blogs.sapo.pt/175345.html , http://primaluce.blogs.sapo.pt/175362.html

+ isto: http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/uma-pequena-historia-71806

**O Desenho e o Desígnio

***http://primaluce.blogs.sapo.pt/desde-que-os-olhos-vejam-e-a-mente-206068
http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/50465.html


29
Set 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... o post de anteontem.

 

Depois, havemos de voltar ao artigo de um antigo aluno nosso - António Cruz Rodrigues (A.C.R.) - para a Ottagono. Porque nos diz muito, particularmente naquilo em que se liga aos Ideogramas, de que tanto aqui se tem escrito.

  Até lá divirtam-se: é o que fazemos! 


28
Set 14
publicado por primaluce, às 15:00link do post | comentar

...ou poderá ser (?) o Anti-Design*

 

Como o post anterior de certo modo questiona, relativamente ao que podem ser estratégias a pensar a sério, para o futuro.

Isto é, por estranho que pareça, nem tudo é simples, fácil, superficial, ou automático, como simples imitação (e alguns julgam!).

Há mais, é preciso muito mais! Sobretudo Fundamentos...**, que os alunos no ensino secundário, ou via internet, não captam, nem recebem, quanto mais saber sistematizar essas «fundações»:  

O que deve ser característico de um ensino superior que se preze/auto-estime e tenha orgulho na busca permanente..., a qual se faz e procura, mas nunca se atinge. E não se atinge, porque a exigência é, verdadeira e genuinamente, muita, e não falsa modéstia "pour épater le bourgeois"!

É aliás, exactamente no ensino (no conhecimento e na investigação), que se tem a percepção objectiva que quanto mais se sabe, mais o Saber  fica a faltar... E Thanks God, por que isto é um elogio à mente humana: o facto de ser uma máquina de curiosidade. Curiosidade que ao querer explicar e ao querer compreender o passado é a melhor promessa/garantia de um futuro melhor!   

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*http://expresso.sapo.pt/franca-quer-macos-de-tabaco-feios-para-diminuir-consumo=f891011

**Como o vídeo seguinte tão bem prova: a importância da cultura antiga - http://vimeo.com/98331691

With our Congratulations to Kostas Lambropoulos and Bonjour Design Consultants 


27
Set 14
publicado por primaluce, às 22:00link do post | comentar

... mais a "Nuvem do Não-Saber", e/ou, as características - que mais ou menos se imaginam - do que pode vir a ser o futuro?

 

É verdade, como há dias uma apresentação sobre o futuro nos deixou bouche bée: i. e., como é possível tantos estudos, Docs. e Pós-Docs., feitos de Filosofia (a do Ph.);  tantas informações e conhecimentos do passado e do presente, para se apresentar tanto requentamento: o qual, de imediato, pretende ser o futuro? Ou seja um amanhã repleto do que se considera déjà vu

Pior: já visto, já ouvido, já cheirado e sentido. Como é possível???

É que se há quem - e muito inteligentemente - faça do conhecimento do passado um trampolim para o futuro: sobretudo do que já se pressente, para ir aos poucos avançando em frente. Na verdade também há - e é o que se prova, porque é o que ouve/vê (como tivemos que ouvir!) -, também há quem por aqui ande sem nada entender ou sentir da essência, do que assim, superficialmente, anda a tentar seguir!

Quem segue aquilo que apanha, como a pele, a maquilhagem dos outros, e tudo o que lhes é (camada) exterior e anda no ar: i. e., apanha só o que é casca!

Como disse e reconheceu uma tal Mme. Du Déffand, ao falar sobre um Robert Walpole que no século XVIII, durante cerca de 30 anos, pisou terras portuguesas, como enviado britânico.

Porém, esse era muito menos superficial, do que é (e há-de continuar a ser por muitos mais anos) a geração mais bem preparada, que p'ra aqui anda! Concretamente esses "nem-nem", da tal geração que nem emigra, nem emigrou, mas empata... E toma o poder para o qual não está minimamente preparada.  

É que se estes não emigraram, tendo alguns deles a consciência e o conhecimento muito específico das razões porque não o fizeram (e até escreveram). Também se sabe porquê, e como lapas, eles se agarram às suas incontáveis mentiras; como também se sabe dos fios de aranha que os sustêm. 

Tal a leveza desses seres!... meros seguidores (será inconscientemente) dos gestos e tiques, que apanham no ar... 

Nota: Curiosamente, a acabar de ler um artigo de A.C.R. na Ottagono, sobre os fundamentos que do passado nos levam ao futuro, estamos muito de acordo com aspectos específicos de que escreveu. Levando a questionar, por exemplo: porque não são mais exploradas e transmitidas aos nossos alunos, entre várias outras (e têm que ser muitas mais), as noções e as ideias de Jean-Paul Sartre sobre a imaginação*? Para que o ensino - que se diz superior - ganhe substância (espessura e informação). E deixe de ser um saltitar, mais intuitivo e superficial (do que profundo): saltitando de «nenúfar-em-nenúfar»?

Porque há matérias vindas ainda das longínquas Artes Liberais, que devem estar presentes - pois são essenciais - nos cursos superiores profissionais/vocacionais. É que estes são de 3 ou mais anos, enquanto outros, os cursos práticos não superiores, esses sim são apenas de 3 (ou mais?) meses. Porque nestes últimos haverá sempre pouco para dizer, havendo mais que fazer: por imitação e reprodução.

Em suma: É que há "a coisa mental" - a que L. Battista Alberti se referia, ou, em alternativa, o simples "trabalho manual" - que é o de artesão.

*Palavra cujo verdadeiro significado é a acção de criar imagens

Ver ainda: http://casamarela.blogs.sapo.pt/

Ou uma Pequena História (por acaso bem anterior à que recebemos por email..., e ainda havemos de comentar!)


26
Set 14
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar

"Santos de casa não fazem milagres" é o que nos dizem. Frase que é repetida por todos os que acham que devemos trabalhar, non stop, para adquirir um doutoramento, que os próprios professores universitários não querem aceitar...

 

Depois disto que escrevemos, já foi Sócratas, está quase a ir Passos Lebre, e tudo se mantém; porque sim. Porque há gente adulta e (aparentemente) consciente que se deixa arrebanhar para perder tempo, em tarefas que não são as suas prioridades do momento: mas enfim, porque sim! Ele também há qu' encher a "Salsicha Educativa": de nada, como sói dizer-se.

Porque sim, porque é importante fingir que Santos de Casa, e em casa (ou no seu District!), estão seriamente empenhados com o que se passa dentro de casa...

Resta saber em que casa?

Daquelas em que está lá uma nuvenzinha, exactamente para obnubilar** cada casa?

i.e., numa nova versão da Casa (da) Cláudia?

 

the best of 2010

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Chegada via Estatísticas dos Blogs-Sapo.

**Porque sim. Já que ele há dias em que o dicionário...,

tem saudades de si!

http://casamarela.blogs.sapo.pt/

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/uma-pequena-historia-71806


25
Set 14
publicado por primaluce, às 23:30link do post | comentar

ou "A Nuvem do Não-Saber": porque tudo já foi inventado (como diz a minha amiga C.E.!)

(clic para legenda)

...E depois Divirta-se ou Aprenda?!

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/uma-pequena-historia-71806


24
Set 14
publicado por primaluce, às 13:00link do post | comentar

... é a melhor metodologia para ir apresentando o que descobrimos*1.

 

Sobre «Metodologia» não foi isto que o nosso orientador nos fez ver, ou ajudou a resolver. Bem pelo contrário...

Mas é a isto que felizmente chegamos, como aliás existem outros sites que há muito usam este método*2; ou aquilo se pode ver no nosso post de ontem, e em muitos outros anteriores.

Se a informação é incrivelmente polissémica, dificílima de delimitar e de fazer depender de uma única abordagem, nomenclatura ou designação, então o mais correcto (ou o inteligente e mais pragmático) é socorrermo-nos dos recursos mais evoluídos, aplicáveis. 

Sobre a Polissemia, e para não falhar à verdade, FABP disse-nos várias vezes que é comparável a uma constelação. Ok, estamos absolutamente de acordo, mas cada símbolo - como alguns lhes chamam - ou cada ideia, cada tema, cada significado/significante, constitui, ou tem, a sua própria constelação: podendo ou não - e grande sorte se assim for! - pertencer apenas a essa (sua) única constelação. É que, as mais das vezes, esses símbolos (idem, as ideias, os temas, os significantes e significados) pertencem em simultâneo a várias, ou até a muitas das «referidas constelações»; que depois também se sobrepõem!   

Estamos portanto perante redes quase infindáveis - que podem lembrar as estruturas dos polímeros (plásticos), e em muitos casos estamos mais perante plásticos termo-estáveis do que perante plásticos termo-plásticos.

Isto é, perante matérias com estruturas moleculares de redes muito apertadas, embora por vezes - e dadas as imensas capacidades da imaginação humana, «sempre a inventar» (há que ver isto com uma certa ironia...); embora por vezes, repetimos, também aconteça que essas estruturas se revelem altamente fluidas e escorregadias, como são os "plásticos mais instáveis" (em que, portanto, as redes estruturais deixam de ser fixas).

Em resumo, percebemos que para arrumar a História dos Estilos Arquitectónicos - em que o nosso trabalho se foi tornando com o apoio (mais ou menos «involuntário»?) de FABP - para isso há que superar as normais limitações das metodologias actuais, e as que estão mais em uso: cuja definição, há que não o esquecer, é também por si só muito aleatória.

E essa superação passará, sem dúvida, pelo recurso a uma escrita HTLM*3.

Como acontece no CRSBI, que embora feito a pensar apenas na Escultura Medieval, claro que a mesma ideia é transponível para a História da Arte em geral. Ou seja, a incluir a escultura, a arquitectura, a ourivesaria; e também a pintura, iluminura: o que se designam artes menores, etc., etc., etc.      

Porque, como se diz sobre a sua Metodologia (a do CRSBI): "Through its interactive capabilities, we are able to resolve old problems and ask new questions."*4

Novas questões que, sabemo-lo por experiência, são ainda hoje as que se colocam nas Artes e no Ensino contemporâneo (artístico) - que se pretenda fazer com alguma criatividade/qualidade. Mas, também nos parece, que há quem tenha muito receio de apresentar as questões de modo a serem compreensíveis (ou até bastante transparentes)!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*1 No gerúndio, para significar o que se vai fazendo aos poucos, já que, por enquanto, ainda não existe uma equipa

*2 http://www.crsbi.ac.uk/about/history-of-the-crsbi-project/

*3 Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/HTML

*4http://www.crsbi.ac.uk/about/

Interactivo, como mostra este exemplo do que em português alguns chamam "aspas ou chaveirões"


23
Set 14
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

...precedido aqui de uma pergunta: E se o ensino da tal "escrita ibérica" a que António Quadros se referiu - com alguma razão (embora não toda*) - tivesse potencialidades de constituir uma pequena parte dessa "Indústria Exportadora muito relevante"?

 

Porque, é evidente - e temos insistido neste ponto desde que temos imensos materiais verdadeiramente extraordinários ao nosso alcance - essa Indústria, desde que bem «trabalhada», é altamente rentável, como a seguir o EXPRESSO explica!

http://expresso.sapo.pt/portugal-pode-duplicar-estudantes-internacionais-ate-2020=f890549

*Pois a referida escrita - que passou às formas tridimensionais e está na Arquitectura - é feita de Ideogramas como acima se apresentam. Apenas alguns (muito poucos) dos exemplos incontáveis que temos reunido. Em geral essa escrita é Europeia, embora talvez em Portugal seja mais visível, podendo nalguns casos ser anterior ao Cristianismo?

Em suma: Matérias para Investigação num Ensino Superior de altíssima qualidade... (a haver!)

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/?uid=0WRFCzq2rfGzAbekC8lK

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/?uid=VMpuKlYpc8Ksfto0uMTd

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/letras-losango/?uid=cuK5O669L3iVGkh0Ij6o

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/verga-recta-inser-arco/?uid=bpZCmTIf10mj2DZLJ6Ea

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/karolus-magnus/?uid=fGK6dTIlHjwRBpO3z9i2

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/trindade/?uid=347ZZzhN9KoBTTLmrE2E

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/alfa-mega/?uid=prnkZc7knuNJS0ZCfv3u

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/sinal-charlemagne-iconoteologia-gac/?uid=wjtuTzz0jVSGkbMSgyvR


22
Set 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...conseguimos persistir, e mantivemo-nos na ideia inicial!

 

Cada vez que é preciso recorrer ao nosso trabalho - Monserrate uma nova história - invariavelmente recordo um período, que agora já tem bem mais de 10 anos, em que Vítor Serrão e Maria João Neto «queriam» que deixasse de estudar Monserrate para passar a estudar, e a escrever, sobre o Aqueduto (das Águas Livres, de Lisboa...)!

Felizmente não caímos nessa, manteve-se o tema inicial, que era e é muitíssimo mais fecundo, por todas as associações que permitia (e continua a permitir) estabelecer.

A questão - também muito felizmente - ficou registada na Introdução, permitindo sempre relembrá-la com facilidade: pois essa pressão existiu!

É a este trabalho de múltiplos recursos, que por isso, quiçá, terá assustado - Fernando António Baptista Pereira, por já ver nele o prenúncio de uma nova história da arte (que inicialmente não tínhamos na cabeça*). É pois a este estudo, repete-se, que agora podemos recorrer inúmeras vezes: sobretudo naqueles pontos que tivemos que abandonar por razões práticas e operacionais, sem ter podido ir mais longe!

Referimo-nos particularmente ao período posterior ao Barroco, que em Inglaterra por razões religiosas não existiu, mas, mais concretamente à época que precedeu as buscas do gótico antigo**. Protagonizadas (de uma forma muito especial - e que tem sido objecto de grande interesse, pela modernidade da sua atitude) por Horace Walpole e os seus amigos.

Referimo-nos à época que é difícil de caracterizar - e depois de classificar - que actualmente tem a designação genérica de Rococó.

Em suma, e com muito gosto nosso, o Palácio Amarelo de Portalegre [http://casamarela.blogs.sapo.pt/] obriga-nos a ir estudar essa época de produções tão díspares, quanto «estranhas»...

Recomeçando, como não podia deixar de ser, pelo que já se incluiu em Monserrate, e o que então teve que ficar de fora...

Como é por exemplo a imagem seguinte, e a questão muito óbvia que coloca a qualquer um, interessado em questões de Design:

É uma obra de que estilo?

(clic para legenda)
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Ou de cujos recursos (quase infindáveis) ainda não nos tínhamos apercebido, e que a sua insistência, «de tão receosa» (e/ou repetitiva!?) acabou por nos fazer ver...

**Um tempo marcado pelo Neoplatonismo de William Shaftesbury e a sua Letter


18
Set 14
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

... e eis que surgem vários (copiosos, inúmeros) temas de posts!

 

Claro que este «surgir» só pode ser do tempo. Não da instabilidade climática que paira, como se um El Niño vindo do mar (ou da atmosfera?) nos quisesse desestabilizar a todos, com calor e humidade a mais...; mas da época que vivemos: da Rentrée, como muitos gostam de lhe chamar!

Um tempo que nos lembra António Quadros e cada ano que começava - como oportunidade de poder viver algo que se queria novo. 

Mas depois eram também as suas questões: as que invariavelmente colocava, com mais ou menos distracção e originalidade*; questões que aparentemente estavam fora do tempo (real), ou eruditíssimas, que nos deixavam, a muitos de nós, boquiabertos! E de entre essas questões, ainda bem que escreveu sobre uma delas, que mais uma vez destacamos: a sua ideia de que teria existido uma Escrita Ibérica, a qual ainda um dia iria encontrar «o seu Champollion»**.

É verdade, cada recomeço - mesmo que cada vez mais vagamente - ainda me faz lembrar o Dr. António Quadros.

Mas o tempo que agora passa é também de factos e exposições (que não queremos perder, e ainda ir ver...); e, claro, o da nomeação de António Lamas para o CCB.  

E se os Antónios sempre estiveram na moda neste país, aos dois que citámos devemos alguns factos - quiçá muito ocasionais, mas é que se tornaram relevantes... - da nossa própria vida.

Em Março ou Abril de 1986 (?), quando estávamos no IADE quase há 10 anos, e tendo sido criado no IST um Curso que pretendia lançar conhecimentos e metodologias técnicas, as mais apropriadas para a salvaguarda de edifícios e estruturas de valor patrimonial, tendo essa informação mostrámos interesse no referido curso, que imediatamente iria ter uma segunda edição.

Não esquecerei o apoio que tive vindo do Dr. A. Quadros, no sentido de se fazerem todos os ajustes necessários (de horários), de modo a que pudesse frequentá-lo.

O diploma dessa Pós-Graduação - que durou cerca de 6 meses intensivos, e onde aprendi muito mais do que no mestrado - é a cópia abaixo 

Mas então aconteceu, para quem estava há 10 anos a ensinar Tecnologia de Materiais e Conforto nos Ambientes Interiores (a um nível intermédio que não era o do IST - embora por vezes se fosse bastante mais longe do que nos tinham ensinado a nós, em Belas-Artes, no Curso de Arquitectura ); sucedeu que dessa forma pudemos contactar, comparar e aferir, em matérias que não eram exactamente as mesmas, as nossas competências naquilo que há 10 anos vínhamos a fazer: de uma maneira que era quase pioneira, por não ser equiparável***, e também muito independente (chegando até a ser solitária!).

Terminada a referida Pós-Graduação foi então o Professor A. Lamas que nos fez vários convites.

Por essa data tinha passado a Presidente do IPPC, e nas tarefas concretas de que nos incumbiu, parece-nos, as nossas respostas foram positivas... 

De tal maneira que chegou a haver um terceiro convite (que nos teria mudado a vida), mas ao qual, por razões que nunca saberemos explicar (?), tivemos a intuição, felicíssima, de não aceitar...

E hoje, dadas as voltas que a vida nos ofereceu (e aproveitámos o melhor que pudemos),  há dois prismas para olhar essa questão:

Pelo primeiro teríamos reingressado na função publica onde já tínhamos estado...

Pelo segundo nunca nos teriam feito ver a necessidade de «Progredir na Carreira Docente», e de avançar na aquisição de outros graus académicos. Nunca teríamos feito «um tal de mestrado», que, se Bolonha se apressou a desclassificar também agora o colocou no nível dos doutoramentos. Sobretudo nunca teríamos escrito um trabalho tão extenso que levou à publicação de um livro (de que seria impossível não estar orgulhoso); idem, pelos apoios obtidos na FL-UL e da «chancela» que as pessoas, os professores desse curso e instituição, fizeram imprimir no trabalho (mesmo que no fim, já tarde de mais, eles se tivessem arrependido?).    

Em suma, e independentemente da qualidade deste Ensino Superior que se faz em Portugal, ou da Investigação que o «devia alimentar», acontece que no nosso caso essa mesma investigação nos permitiu chegar a resultados absolutamente fantásticos e inimagináveis, numa carreira repleta de acasos (ou «encontrões»?, porque não foi previamente desenhada...). Resultados que, de tão bem sucedidos, por isso mesmo estão ainda escondidos!

Enfim, independentemente da ignorância e da maldade dos que nos rodeiam, ninguém nos tira hoje o enorme prazer das investigações que fizemos, dos resultados a que chegámos, das conclusões que registámos!

Como ninguém nos tira aquilo a que todos os dias passámos a ter acesso, numa série de temas que poucos (ou ninguém) compreendem, e que todos vêem como demasiado eruditos ou complexos.

Para nós não foi apenas a Arte que se abriu e tornou muito mais acessível e compreensível, mas, e como há dias escrevemos, foi o próprio Pensamento (como funciona e se exprime): as bases e os canais que usa - ou o modo como procede para se ajudar a si mesmo a pensar (e por vezes ainda a memorizar o que pensou!)

Assim, também não é por acaso que existe uma linguagem corporal, que acompanha (enfatiza ou contraria) o discurso; ou que gesticulamos e até contamos pelos dedos...

Enfim, dizer que sim com a voz e acenar que não com a cabeça (em simultâneo) acontece-nos - e a muito boa gente idem, - sem darmos por isso! 

Mas, vão ler isto noutr' António - que o sabe e explica melhor

sigam via-------» http://primaluce.blogs.sapo.pt/164633.html

 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Como uma vez se lembrou de perguntar sobre uma máquina de calcular, para obter as médias e as notas de fim de período... 

** Aqui não era o «novo Champollion» que iria encontrar e descobrir essa Escrita Ibérica, mas, como num título de Ruben A. seria o contrário - i. e., o sujeito a ser procurado (como é a autobiografia d' O Mundo à minha procura):

http://primaluce.blogs.sapo.pt/a-quadros-e-uma-escrita-iberica-186667

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/de-a-quadros-a-ideia-de-uma-escrita-67573

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/ontem-recebemos-homenagem-a-antonio-66071

***Visto não existirem outros cursos com características semelhantes, a não ser, e outra vez muito mais técnico (sobretudo para os temas das madeiras e suas transformações), os da FRESS; ou então os das Escolas Técnicas Secundárias.


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