Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
26
Jun 14
publicado por primaluce, às 20:00link do post | comentar

... são directamente legíveis e interpretáveis.

 

No passado, no presente, construídos, desenhados ou pintados, serão todos compatíveis e associáveis, em simultâneo*?

Da história de um percurso que (em 2013) nos fascinou pelo seu surpreendente carácter «italianizante», ao questionar da legitimidade e validade de certas intervenções, na rua e no espaço público, são várias as informações e os materiais, actualizadíssimos, que hoje trazemos. Pondo em confronto o actual Presentismo**, que nega o passado e a História das sociedades actuais. Um Presentismo colocado frente ao Património Cultural (aqui urbano e arquitectónico) – que a todos diz muito, até mesmo ao nível da própria afectividade: 

É o passado e os seus valores que nos deixaram pais, avós e todos os outros que os antecederam, quiçá reduzido ou desfavorecido, pelo referido Presentismo?

Será que no nosso caso, visto que esse é o objectivo dos nossos blogs, o que escrevemos e temos investigado está a contribuir para valorizar o Património? O tal Presentismo, será que se sente incomodado pela força de alguns dos nossos argumentos?

Assim como pelos materiais (os Historiadores da Arte ignoram a sua existência) que temos trazido à luz do dia: como sucede concretamente com várias informações vindas do Pseudo-Dionísio, também conhecido por “o Areopagita”?

Perguntamos, mas por nós temos respostas...***

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://portalegrecultural.pt/interpretacoes-e-interaccoes-urbanas-na-cidade-de-portalegre/

http://www.urbancreativity.org/

**http://pt.wikipedia.org/wiki/Presentismo

http://espectivas.wordpress.com/2007/03/12/presentismo-historico/

***Que nos são dadas por quem ainda tenta esconder o sol com a peneira; Ou também as peneiras do que eles próprios se dizem, e julgam...


20
Jun 14
publicado por primaluce, às 00:50link do post | comentar

... sinónimo da mandorla, e de várias «formas ogivais».

 

Como defendemos muitos Ideogramas (ou "as invariantes da nossa arquitectura" como referido por J. E. Horta Correia*) atravessaram estilos diferentes deixando nas obras, como algo muito maior do que «um rasto», os respectivos significados.

É o caso da Cruz em Aspa presente nos dois exemplos seguintes.

E depois destas imagens - que seria interessante confirmar sobre a primeira se se trata de um desenho de 1896, e que Amélia era a própria rainha? - depois delas, como dizemos, será que os nossos leitores se apercebem de vez, que alguma coisa (ou muito?!) tem escapado à Historiografia da Arte portuguesa? Inclusive a vários dos seus «agentes muito activos», como Horta Correia também escreveu no fim do Prefácio que temos vindo a analisar**?

Escapa-lhes que o melhor das obras - que é a sua beleza intrínseca - passa muito pelos significados que nelas foram sintetizados, e pela oportunidade com que sempre foram feitas? Oportunidade no sentido de alguém ter empregue as palavras certas, e as imagens que as reforçavam, para comentar factos do seu tempo (século XIV ou XV neste caso). É que as pegas e o seu "por bem" tornam-se ainda mais irónicas no contexto - ou nas molduras - da ortodoxia real dos muito católicos reis portugueses...

Quanto à segunda imagem, será que também as vêem lá, as ditas cruzes? 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Ver em George Kubler, A Arquitectura Portuguesa Chã, Entre as Especiarias e os Diamantes (1521-1706), Vega 2005, p. 11.

**Idem...

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/no-panorama-ainda-muito-pobre-da-69334

http://primaluce.blogs.sapo.pt/face-ao-panorama-ainda-muito-pobre-da-195448


16
Jun 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... quais as conclusões?


12
Jun 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar
...que eram Ideogramas?

Nestes exemplos tendo ambas representado a Trindade?

Ou por alguma semelhança naturalista vêem neste último caso, apenas, a representação da Pomba do Espírito Santo acima de um vão mainelado?

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/as-formas-da-luz-projectada-dentro-da-68426

http://www.inventario.iacultura.pt/faial/horta_fichas/71_11_150.html


05
Jun 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... o melhor é que tudo se mantenha na mesma! O pais é rico e está-se bem.

 

Estamos a dar continuidade a posts anteriores, aproveitando ainda, mais uma vez, a enorme riqueza vinda de J. E. Horta  Correia, com quem há décadas tivemos algumas aulas, exactamente num curso dedicado ao Património Arquitectónico e respectivas Patologias.

As suas aulas foram de História da Arquitectura, como é ainda agora o tema de mais um extracto que se vai buscar ao Prefácio à obra de George Kubler: A Arquitectura Portuguesa Chã, Entre as Especiarias e os Diamantes (1521-1706). Palavras que nos lembram frases e ideias muito semelhantes, várias vezes repetidas (num outro curso, por Vítor Serrão).

Haverá agora quem comente – certamente!!! - que ninguém nos mandou «coleccionar cursos», e transportar informações de uns para outros. 

E na verdade, constata-se o «minimalismo actual», ou o que muito tem mudado nos últimos tempos... E o que eram objectivos antigos a que se chamava de Progressão na Carreira Docente: uma expressão (martelada) quase quotidiana dos anos 90-2000, que argumentava com a necessidade de formação. Hoje isso é coisa ultrapassada, com o regresso a lógicas demasiado estranhas e passadistas**.

Apenas interessa o presente...

Quanto a Horta Correia, claro que é interessantíssimo o que escreveu, e na imagem abaixo se sublinhou. O que chama "valores formais dominantes", nós chamamos FORMAS; e idem, o mesmo para "valores provenientes de outras áreas culturais". 

E já agora, quase o mesmo para "...cadeias sequenciais de obras originais ou de réplicas oriundas todas da mesma acção...". Mas afinal de que é que está a escrever?

De obras onde vê/viu as mesmas formas feitas por autores/escolas diferentes? Em zonas diferentes da Europa, ou já de África e Américas levadas pela colonização? E terá percebido que essas obras se caracterizam pela existência de sucessivas colagens? Ou as palavras pastiche e colagem só se aplicam para quem quis/quer «denegrir» Raul Lino?

Não percebem os historiadores que toda a arquitectura (tradicional, do Ocidente, sempre com os mesmos ingredientes...) é «somatório de colagens», mais ou menos bem interligadas e articuladas? É que com um sentido depreciativo imediatamente associado à palavra, apenas se salvam aquelas primeiras combinações em que houve mais criatividade, e se inovou!?

Colagens não fazemos todos nós, quando usamos o manancial imagético e os repertórios das nossas mentes? Pela mesma ordem de ideias todo o ensino - que se baseia em colagens e moldagens - deve ser visto depreciativamente!

Todos os discursos verbais não passam de colagens: já não de formas mas de palavras...?  

Enfim, nós, às FORMAS que marcam os estilos, as que tinham significados e que Horta Correia designa "valores de outras áreas" - estamos a chamar IDEOGRAMAS***. Que, muitas vezes, sim (!), também foram aplicados por circunstancialismos nacionais ou regionais.

Foram expressão de tradições sim, mas também expressão de Fé. Ou, se preferirem (porque é mais moda...antropológica) eram Património Imaterial que moldou a matéria: i. e., que criou o Património Material.     

Mais à frente, noutros pontos do prefácio H. C. refere outros trabalhos de Kubler e a sua posição face à Iconologia. Não lemos algumas obras que cita, mas não custa a desconfiar que Kubler não tenha «endeusado» Panofsky: dando-lhe apenas o devido valor (que não parece ser pouco!).

Enfim, estamos mais uma vez - mas agora com outros autores (que são Kubler e Horta Correia) - já não perante a designação Kalocagatia de que escreveu Raymond Bayer (e Saramago traduziu, fantástico...), mas, porém, e apesar das designações irem mudadndo, perante a mesmíssima iconografia que atravessa os estilos e provém, directamente, da Teologia.

E, repete-se, atravessa os Estilos com imagens-elementos que se mantêm constantes, mas que a maioria dos historiadores (da ARTE!) não sabe ler: são parcelas que não sabem separar/destacar/recortar/analisar (na sua essência), como elementos independentes que andaram por aí... Por vários Estilos, desde o Paleocristão ao Barroco, e a (todos?) muitos Revivalismos.

Acontece ainda que este Prefácio de Horta Correia mereceu a nossa análise, exactamente pela expressividade das informações que reúne e a imensa razão que nos dá!

Assim, há-de haver mais!

Quanto ao Ensino Superior, ao MEC, e ao país, está a haver cada vez menos!

Que mais não se pode esperar... é a cultura da golpaça: avanços e recuos aos solavancos!

 ~~~~~~~~~~~~~~~~

*Um título que vem de J. E. Horta Correia e podem ler em: http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/no-panorama-ainda-muito-pobre-da-69334

**A ponto de nos lembrarem o tempo de Salazar, ou, quiçá (sobretudo no modo de agir) as de um “Avgustovsky Putch”?

***E não símbolos, como sempre se chamou... Mas percebendo que um símbolo é outra coisa - que várias imagens reconstituíam - não se pretende continuar a insistir nos mesmos erros?

Nós não pretendemos...e a propósito

Ver o que pode estar numa FORMA, ou IDEOGRAMA dito de Veneza


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