Os Números de 40 anos - a saber e lembrar.
O que veio da Europa + As contrapartidas nacionais: gerimos esses bens, a valorização das pessoas?
Para onde foi o investimento, Quem beneficiou? Quem o multiplicou? Quem o obnubilou?
Pergunta-se, porque infelizmente, e felizmente, há sempre quem - muito pessoal, e por vezes indevidamente - tenha recebido uma boa maquia, apenas parte, ou só algumas migalhas..., vindas desses «fundos europeus». Como nos tem acontecido, várias vezes, ao longo da vida.
Ora numa Pós-graduação feita no Instituto Superior Técnico, a qual gerou, não só uma série de Conferências sobre Património e Arte Sacra - cuidados com a sua protecção e preservação, feitas para a Diocese de Bragança.
Mas também, logo depois, a encomenda de um trabalho pelo IPPC: em que se pretendia obter um Estudo Preliminar do Palácio de Monserrate, incluindo o Diagnóstico das Patologias.
E nessa data (1987) o Palácio estava ainda em muito melhores condições do que se veio a verificar posteriormente...
O que nos permitiu fazer uma investigação não só relativa aos materiais e aspectos construtivos, mas foi também o início de uma série de pesquisas que, - graças ao multiplicar da curiosidade (que é impossível não sentir...) - assim ainda hoje essas investigações não estão terminadas!
O referido Estudo veio a originar mais tarde o tema do mestrado, dedicado ao Palácio de Monserrate. Sobretudo porque então (1987-88) não estávamos a ser conduzidos (nem orientados) por ninguém. E os nossos próprios caminhos, de auto-orientação, tinham-nos levado a trilhos bem diferentes (daqueles muito mais amplos a que depois chegámos no mestrado: T.G!).
Então estava-se mais «interessado» e curioso, pela semelhança entre alguns decorativismos existentes no palacete de Sintra, e várias obras de William Morris.
Para quem estiver minimamente informado sobre estas temáticas, e sobretudo para quem tiver percorrido ou acompanhado alguns dos nossos trabalhos (e os escritos produzidos), perceberá que com a orientação recebida na FL-UL chegámos à obra de Owen Jones: que é considerado o primeiro grande Designer (inglês).
Chegámos a alguém que antecedeu e influenciou, muito, William Morris. E que em 1851 esteve presente, não como arquitecto que era, mas envolvido na criação imagética e nos Interiores do Crystal Palace: obra que não é de sua autoria, mas de Sir Joseph Paxton, com quem trabalhou.
Voltando ainda aos nossos trabalhos mais às Bolsas que recebemos verdadeiramente para estudar e nos formarmos - diferente de vários casos que conhecemos (de quem está longe de conseguir mostrar onde estão as «competências» correspondentes aos graus que adquiriu?).
Se lerem o que está em Monserrate uma nova história, encontram aí inúmeras referências ao ambiente vivido em Inglaterra no meio do século XIX: porque se fez a exposição de 1851? E como alguns anos depois, o inglês detentor da terceira maior fortuna desse país, imbuído do «espírito edificante» que é característico dos grandes pioneiros; verão como Francis Cook construiu um Palazzo em Sintra - terra da realeza - para passar férias em Portugal?
Enfim, se alguns falam na Arquitectura de Veraneio e até nos Simbolismos que inclui, apesar de imensas explicações e ressalvas que essas expressões nos merecem, na verdade há mais de 25 anos que trilhamos essas vias...
E se "todos os caminhos vão dar a Roma", também é verdade que a desígnios de qualidade -----------------------------> "invidia adducti"***!
É a inveja «a visar» os resultados:
a obnubilar o lucro dos talentos postos a render...
(clic para legenda**)
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*Ouvir e ver em: http://portocanal.sapo.pt/sites/25abril/index.php?pagina=video&idVideo=AbjOp6oce27zAKK8W1pF
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=695428
**Outras informações em:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d8/Crystal_Palace_General_view_from_Water_Temple.jpg
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d9/Crystal_Palace_-_interior.jpg
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Crystal_Palace
http://en.wikipedia.org/wiki/Owen_Jones_(architect)
***Ninguém se orgulha de ser invejado, mas já que ensinar é o objectivo, pode-se continuar a usar a inveja como «isco que os invejosos mordem», para ensinar e multiplicar o Saber.
E aqui, mais que todos, há o/a visitante quotidiano dos Agregados Naturais e Artificiais, que se está a tornar imbatível (em Minerais):
Já é o nosso melhor aluno!? Mas quem será?
http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/