Alguém da CM de Cascais decidiu valorizar (para nós simpaticamente), factos ocorridos há 50 anos.
Chama-lhes "Construção da Memória", o que logo nos lembrou outras memórias, as nossas, algumas com quase 4 décadas - isto é, perto de atingirem a mesma idade; memórias que não podemos esquecer, nem deixar esquecer: porque a verdade exige que não se deixe acumular o lixo que, «imensas inverdades» todas acumuladas, já constituem**.
É que se..., se hoje existe «alguma erudição» (?), devemo-lo ao IADE.
Pois a partir de 1976, enquanto Escola de Ensino Médio-Secundário, alguém se ia lembrando que em cada ano podíamos leccionar várias e diferentes disciplinas***, até em simultâneo (chegaram a ser quatro): conforme desse jeito...
O que agora..., vendo bem, parece ter sido fantástico?
Porque, por mais «incomodativo» que tivesse sido (e por vezes foi...), a verdade é que quem ensina tem que estar pronto a ir correspondendo aos alunos e às questões que saudavelmente colocam. Embora, muitas vezes nas chamadas aulas práticas, haja quem pense que não é preciso ensinar, mas apenas fazer convergir os conhecimentos adquiridos noutras disciplinas, e os previamente já existentes, em sínteses escorreitas e correctas.
Como se nestes casos, o professor fosse apenas um «orientador» para a tese e o fazer de uma obra final (é?).
Em suma, não ter sido apenas prof de disciplinas práticas, mas também de teóricas, claro que isso levou a uma estruturação (muito útil e prática) dos vários saberes a transmitir.
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*http://primaluce.blogs.sapo.pt/no-dia-de-s-valentim-um-grande-amor-a-182147
**O que hoje se pensa e continua a dizer erroneamente, sobre os Estilos Artísticos, da história da arquitectura ocidental é por vezes lixo (quase «infecção/imundice»?) que vai continuar a dar muito trabalho para limpar: a todos os que se quiserem esclarecer sobre a evolução do conhecimento (intangível e a cultura) que produziu o Património (material e tangível) que a Humanidade quer manter e preservar.
***Note-se a terminologia, porque t.g., interdisciplinaridade não é, forçosamente, erudição! Se o fosse, seria apanágio da Arquitectura e dos Arquitectos, que têm que viver na fronteira de muitos conhecimentos (o que não é «sentado num muro» de ambiguidade e indecisão).