Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
30
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... são os que desconhecem/desvalorizam o carácter precioso, e raro, das verdadeiras descobertas!

 

Há que saber ir além do preconceito - e também da simples aparência (de vários fenómenos e casos) -, para se poder ver como o melhor que produzimos (e aqui referimo-nos à Ciência na Investigação e Ensino Superior, e mais concretamente às nossas "trouvailles") pode ser devastador para os que estão instalados; i. e., os que actuam e se comportam como «supostas autoridades». 

(clic para legenda)

Depois, porque há muitos tipos de bullying na Sociedade, e não apenas os abusos das praxes académicas - que estão longe de ser as únicas pechas graves, ou criminosas, do Ensino Superior. De acções de bullying que, por regra, são feitas contra os que consideram ser seu dever actuar e rumar na direcção mais correcta... 

Por tudo isto é preciso um maior controle (de todos, por todos) relativamente às instituições das sociedades em que vivemos e nas quais devemos participar. 

Se todos tivessem a formação, e capacidade (útil) para discernir o correcto do incorrecto, o mundo teria mais pessoas a actuarem como Edward Snowden...

E as «supostas autoridades» cuja moralidade é muito baixa, ou até nula (quando devidamente escrutinada é frequente haver grandes surpresas), seriam assim bastante mais controladas.   

Enfim, nem sempre o que parece é...

Interessa a quem, sob a capa da autonomia, a existência de instituições muito pouco transparentes? 

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=97983

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=29&did=137401

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/dedicado-a-nuno-crato-ministro-da-62774

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/52192.html

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/paleoantropologia/?uid=QBGMs3woQzVZZZkk6ozj


28
Jan 14
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

...grande ironia!

 

Porque sabemos estar nas nossas mãos - com «algum» apoio que tivemos do nosso orientador (que nos permitiu vislumbrar um tema e uma questão muito mais ampla) - talvez a problemática mais rica, que pudesse surgir, em estudos exploratórios, feitos propositadamente, sobre o Conhecimento, a História da Arte e a Cultura.

Grande ironia, porque esperámos que este Governo completasse cerca de 100 dias, para dar notícia deste assunto aos seus responsáveis.

Um assunto que já vinha de trás, e que já fora objecto de démarches junto de anteriores governantes: enfim, problema desses (indivíduos), da FCT e do MEC!

Em ICONOTEOLOGIA vão estar novas informações, muito explícitas, sobre o que temos defendido, com toda a veemência. 

E, claro, tanto quanto possível tentando sempre não cair no ridículo que um imenso paradoxo científico - como este tema é - pode originar.

O «ridículo» de que todos têm medo, como se não houvesse formas óbvias e evidentes, desenhos que sempre falaram, ou foram adoptados como sinais (e símbolos) de diferentes ideias, ou até de acções a desenvover*.

Mas quem está convicto, com a noção do seu dever, não receia!

~~~~~~~~~~

*Caso dos sinais de trânsito que são também uma escrita, a informar a acção

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/dedicado-a-nuno-crato-ministro-da-62774


27
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

... será que não merece uma saudável gargalhada?

Bem pode querer, porque para isso só tem dois caminhos:

1º. dar atenção aos resultados do que já foi explorado, e encontrado; depois, igual às jazidas de petróleo - há que avançar com o investimento 

2º. (caminho - em alternativa) continuar a explorar, sem indícios de vir a encontrar

 

Em matérias em que querer não é garantia de poder, quando a máxima qualidade não depende da quantidade, nem sequer depende, proporcionalmente, da «densidade» ou número de investigações que foram apoiadas e aprovadas; bem pode o Senhor Ministro apregoar aquilo que antes, ou depois (?) não teve a menor sensibilidade para compreender - apesar de chamado à atenção, directamente, sobre o que se descobriu...

A não ser que queira chamar «investigação de excelência» à banalidade? Inventar sucessos onde está nada?

Leiam o post anterior, recapitulem, se tiverem memória, o que têm sido os altos e baixos do Ensino Superior em Portugal, nos últimos anos.

O abandono das instituições, responsáveis, docentes, ou alunos, todos entregues à sua própria autonomia, tem dado no que se vê.

Como se não houvesse "investigação pior do que inútil", a lembrar os quilómetros das auto-estradas portuguesas que ninguém percorre.

Como se não houvesse "investigação utilíssima, escondida", como aqueles lugares fabulosos, verdadeiros tesouros desconhecidos, cujos acessos a maioria desconhece, e de que apenas alguns usufruem...

Valha-nos isso!  

Porque, neste mar revolto, muito pior do que se começa a ver, é o iceberg que se mantém invisível

http://economico.sapo.pt/noticias/ensino-superior-prostituiuse_116725.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


24
Jan 14
publicado por primaluce, às 15:00link do post | comentar

... sem que se perceba porque é que a Justiça não as averiguou há mais tempo, já que as conhece*? Porque se esperou que a questão das bolsas (ou um sintoma de «bolha») rebentasse?

E a procissão irá adiante? Sairá do adro, para que se possa ver toda a espessura da questão, sem ficar na superficialidade?   

Porque de facto, estas questões têm muito mais do que área (superficial); por não serem apenas películas, ou só meramente epidérmicas...

Nesta imensa problemática, quando for detectada a sua «espessura», e até talvez uma razoável «profundidade» no tempo, há-de perceber-se como se foi avolumando.

Claro que não nos referimos à figura do antigo bastonário dos advogados, que como se pode ler, foi alguém que detectou (ou apenas pressentiu?), e falou numa bolha - chamamos-lhe assim - que, como outras bolhas, um dia previsivelmente, iriam rebentar.

Que a questão não fique por aqui: embora seja dificílima de investigar! Porque os extremos se tocam e os mesmos, ou as mesmas...(pessoas e instituições), reúnem em si em simultâneo, quer o bom e o muito bom; quer também o péssimo, o vergonhoso e o mais do que inadmissível.        

Razão para se perguntar:

É admissível que haja Professores - competentíssimos é verdade, é sabido de todos... - que tenham mais de 20 orientandos? E as instituições oficiais, as suas Faculdades, o MEC, a FCT não deram, nem dão por nada? Só vêem a superficialidade? Só analisam os "Temas", se cabem ou não nas "Áreas de Investigação" (das Ciências Sociais e Humanas) em que são incluídos**? Ou apenas verificam a correcção das médias aritméticas, para decidir sobre a "concessão da Bolsa"? É isto que justifica a existência de «painéis internacionais»...Certamente nada dispendiosos?

Por nós, que não andamos apenas num rebanho - já que há muitos que se podem frequentar... - e que tantas vezes vamos subindo aos pontos mais altos (para gozar a paisagem), daí temos visto muito mais:

Bem mais do que de BOLSAS & Bolsinhas, vê-se que a questão é imensa - o futuro do país!

Por isso desejamos que se investigue com atenção***; que detectem as anomalias colossais, tentando destrinçá-las, pois há demasiado lixo:

Para sobreviver, com o pão de cada dia, há que ir buscar uma ideia antiquíssima: 

"saber separar o trigo do joio"... 

  ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://economico.sapo.pt/noticias/ensino-superior-prostituiuse_116725.html

**E os «temas de fronteira», ou interdisciplinares e mais complexos, são definidos e avaliados por quem? Por avaliadores que são hiper-especialistas numa qualquer questiúncula mínima, mas incapazes de atravessar barreiras disciplinares/terminológicas, ou nomenclaturas arbitrárias? Hiper-especialistas - tão hiper, tão hiper - que são incapazes de cruzar dados de outras matérias disciplinares, com as das disciplinas que ministram e em que se especializaram? Como os historiadores da arte, que de geometria - as regras para construir imagens - sabem nada...

Especializações que, muitas delas, mais parecem a qualquer cidadão minimamente informado, ou apenas lógico, verdadeiras «vias-verdes-para-a-ignorância»...?

***Agora com os métodos da Justiça, e já não com os das Ciências... 

http://primaluce.blogs.sapo.pt/112636.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


22
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:20link do post | comentar

Fantasias românticas são aqui não apenas as linhas escritas por Guiomar Torresão*, à espera de «um epigramma», mas também o que se veio a tornar - na sua feição actual - o Paço de Guimarães. Escrevemos sobretudo a propósito de outras «fantasias», de tempos idos (mas não há muito) que se têm mantido, vivíssimas, apesar de haver quem não dê por elas...

(clic na imagem para legenda)

No centro da página 10, de um número do Almanach Illustrado - O Occidente de 1889, está o Paço de Guimarães. Gravura que nos lembra Horace Walpole e a sua obra O Castelo de Otranto. Porquê? Talvez um dia se encontre resposta... 

Vêm depois - já o escrevemos - associado a O Castelo de Otranto segue-se Daphne du Maurier e algumas das suas obras que, com frequência, para nós representaram horas de leituras.

E depois das mais conhecidas dessas obras** (ou talvez antes?) recordamos o título The Glass blowers: que foi um dos preferidos, e que mais tarde, sempre que ensinava Vidros, era impossível não o relembrar!

É verdade, queríamos chegar a este ponto, pois para muitos vão hoje, longíssimo, os conhecimentos de Tecnologia de Materiais! Se é que algum dia os tiveram? Matérias que já não se ensinam, por duas razões principais: primeiro porque as desconhecem, sendo incapazes de as transmitir; depois, e porque seria importante fundamentar essas lacunas, dirão (com toda a certeza!) que passaram a ser consideradas inúteis. «Inutilidade» que é discutível, e a merecer, aliás, importantes reflexões e questionamentos...

Razão para também ouvirmos alguns «piropos» - naqueles dias em que insistimos com os alunos, para que nos oiçam e aproveitem a disponibilidade que existe (temos e afirmamos) para ensinar: porque estamos ali, na aula, para isso; e gostamos de cumprir com os nossos deveres.   

Porém, e independentemente de todos os  disparates que por aí vão - de ignorâncias infindáveis, irresponsáveis e repetidas, nos tempos de nonsense em que se vive, vindas de todos os lados, dos mais próximos, aos que dirigem e (des)governam; acontece que no nosso caso tivemos a sorte dessas matérias nos terem ocupado horas e horas de trabalho (ou estudo - feito com o mesmo gosto que dedicámos a alguns romances...):

Milhares de horas com certeza: feitas a conhecer, a visitar fábricas e a ensinar diversas tecnologias e materiais. Nunca ao nível da máxima especialização, pois não tínhamos condições ou preparação para isso; mas ao nível (intermédio/generalista e útil) que um arquitecto ou designer deve dominar, para depois poder saber projectar.   

Pensava-se então que o Design (e não As Artes Decorativas) era/seria a chave de muitos problemas contemporâneos: não só os relacionados com a ocupação das pessoas (na desejada industrialização do país) e dos rendimentos que poderiam auferir; mas também como modo de organização dos processos de trabalho. Ou ainda, modo para o «embelezamento dos cenários e ambientes em que se vivia»***. O que, dito de outra maneira (muito prosaica), poderia corresponder ao «envolver e embrulhar» das formas que habitualmente constituem o cerne dos motores e das máquinas, por invólucros que, ao protegerem esses mecanismos, simultaneamente também os embelezavam... por fora!

Sentidos de composição e de embelezamento que vinham desde Schinkel, e sobretudo do mais conhecido Willim Morris; e que entre nós também Raul Lino por lá passou...  

Pelos anos 70 e 80 do século XX, o Design era muito, ou era tudo? (embora hoje, quando se olha para trás, se fique impressionado com a «carga decorativista» que muitas peças ainda integravam):

O Design seria Honesto - como eram as «Lâmpadas» de John Ruskin: nunca vilão, sempre ao nível de um super-herói!

O Design - como projecto e processo de produção, pensavam alguns, e muitos desses diziam-no:

"seria sempre capaz de redimir e salvar..."    

~~~~~~~~~~~~~~

*Autora cuja existência não conheceríamos se não fosse a toponímia: i. e., se não tivesse dado o nome a uma rua no Alto do Estoril!

**http://www.dumaurier.org/

***O que por sua vez, mentalmente, nos conduz a diversas cenas compostas - ora pintadas (ou até fotografadas) por vários autores - de Josefa d'Óbidos a Cézanne; composições que nunca desligaremos da prática e know how de projecto. O que também nos lembra Alain Besançon e o seu trabalho dedicado ao Iconoclasmo (o que se pode ler na contracapa de L’IMAGE INTERDITE): "Et il entend dans l’explosion de l’art abstrait l’écho des anciens bris d’images..."Finalmente - e talvez dando razão a A. Besançon??? - tudo isto ajudou-nos a entender (e nos últimos dias a reflectir imenso sobre) o «estranhíssimo» trabalho de um aluno Erasmus:

Porque razão usou equipamentos e mobiliário repletos de elementos decorativos? Quando ao seu lado a maioria dos colegas preferiu peças e mobiliário o mais despojadas, e minimalistas, possível?

Que este post evidencie a imensa «inutilidade» das investigações

do nosso doutoramento: É o que se deseja!

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/

bien.faire.et.laisser.dire.gac@gmail.com


21
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...fez o que é normal!

 

Se muito do investimento em Investigação não mostra resultados para as Empresas, ....se (?), então desvaloriza-se - é normal - a importância das Bolsas e a da Investigação, que seria suposto promoverem e permitirem.

Quem ler isto, e não compreender, procure neste blog, que aqui não faltam explicações para se poder perceber o que Pires de Lima afirmou/questionou?

Não é estranho, é normal:

pôr fim àquilo que não se percebe p'ra que serve...?

E vejam o que aqui se escreveu exactamente há um ano:

http://primaluce.blogs.sapo.pt/90959.html 


19
Jan 14
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

... sobre Investigação? Sobre Bolsas - BIC, BD e FCT? E quando será que se encontra um doutoramento calado e silenciado, às ordens da «bondade», inveja e ignorância? Quando será que a legalidade é reposta? E que «o encontrão» há-de deixar de ser um modus vivendi, e uma prática de certos núcleos, quiçá, restritos? Ou, esse modo de progressão nas carreiras - «ao encontrão» - não é senão o seguir à justa, dos modelos vindos de cima: do exemplar "emigrem"? 

 

¿Y si no hubiera sido detenido nuestro doctorado, como dicen en España, será que iríamos ao Congresso sobre Gaudí*? Mostrar como o Gótico começou, certamente, muito menos por e com o Abade Suger, e muito mais com Hugo de S. Victor?

Como está, bastante claro, numa obra escrita e repetida inúmeras vezes (de facto estão contabilizadas 179 cópias, manuscritas), que foi disseminada - como hoje se deve dizer - por essa Europa fora? 

Isto é, «disseminada» não apenas a obra teórica e Teológica, escrita - e mais conhecida como é actualmente -, mas também a sua materialização, que foi a Igreja Românico-Gótica: a qual prolifera nas áreas e territórios do Ocidente Europeu que aderiu ao Filioque.  

Como defendemos,  o interesse destes conhecimentos está ainda hoje em mostrar a importância de inúmeros Ideogramas antigos, que por exemplo também Antoni Gaudí continuou a usar; tal como fez com outras formas, que manteve, alterou e deformou. E nessa sequência lógica, foi inspirado pelo que o rodeava, depois imaginou, e finalmente veio a criar de novo.

Por isto, pelas metodologias de trabalho que se vão reduzindo, a pretexto da ausência de resultados; ou pelas condições que propositadamente não se proporcionam, no âmbito das pesquisas e imensas "trouvailles", do referido doutoramento (que continua silenciado), achamos que faz sentido também continuar a perguntar, e a enfatizar ao máximo, esta questão:

Quem se atreve a manter, e a dizer, que se tratam de matérias e saberes inúteis, para a Arquitectura e para o Design? Ou até para ajudar a compreender a Memória e os processos ditos Mnemotécnicos; como hoje são vistas as formas iconográficas dos estilos arquitectónicos**.

Será que as Neurociências podem receber informações (úteis) vindas da Ciência e da Arte? 

(Clic para legenda: a história da Bolsa - BD- que tivemos...)

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://ccaa.elpais.com/ccaa/2014/01/05/catalunya/1388953544_547755.html

http://tgaudiri.org/

http://ccaa.elpais.com/ccaa/2013/11/21/catalunya/1385069106_854149.html

**Noção de que discordamos, mas cuja origem se compreende, no contexto de um ensino que se baseava muito mais na memória, do que com base na compreensão. Ensino que durante muito tempo, e ainda hoje, desprezou as lógicas das associações mentais espontâneas. «Lógicas» de que por exemplo Freud escreveu, e cada vezes mais, pressente-se, haverá que as relacionar com o surgir das Polissemias?

http://primaluce.blogs.sapo.pt/172408.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


17
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

«Litoralização» a expressão usada numa Resolução do Conselho de Ministros faz perguntar: Não há responsáveis? Ou somos responsáveis todos, porque calamos e não denunciamos? Porque vamos convivendo com mentiras que conhecemos bem demais...? Promessas que sabemos estão para ser cumpridas, há décadas, mas nada avança...

 

Do Diário da República, 1.ª série — N.º 20 — 29 de Janeiro de 2013, página 555, retirámos o seguinte extracto da Resolução do Conselho de Ministros n.º 7/2013:

 

"...Com efeito, o perfil territorial (regional) mais comum observado em 11 das sub-regiões portuguesas – cerca de um terço do total – carateriza-se por territórios menos competitivos e coesos do que o conjunto do País, tal como é patente no índice sintético de desenvolvimento regional de 2009 do Instituto Nacional de Estatística, I.P.

Simultaneamente, e não obstante o crescimento de cerca de 2% da população residente em Portugal, segundo os dados do Recenseamento de 2011, continuam a verificar -se fortes desequilíbrios territoriais (regionais), bem ilustrados nos 198 municípios que registaram decréscimos populacionais, tendo a maior parte dos municípios do interior perdido população.

O padrão de litoralização verificado na década anterior, continuou a condicionar fortemente um desejável desenvolvimento equilibrado e harmonioso da generalidade do território, tendo-se reforçado o movimento de concentração da população junto das grandes áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Torna -se, assim, necessário atuar sobre as particularidades e os principais desafios dos territórios e responder de forma eficiente a problemas concretos das comunidades, valorizando as suas potencialidades endógenas, criando emprego e dinamizando e apoiando as economias locais,

contribuindo igualmente, quer para a fixação das populações, quer para a promoção das respostas construídas ou desenvolvidas pela economia social, uma vez que a coesão territorial constitui uma dimensão indissociável da coesão económica e social..."

 

Relativamente à desertificação do interior, depois de décadas e décadas de erros, na actualidade, perante o sofrimento e a pobreza de centenas (ou mesmo de muitos milhares de pessoas), há um ano surgiu esta Resolução do Conselho de Ministros - sob a forma de lei - a querer corrigir os desequilíbrios territoriais de que o país padece: desequilíbrios que muitos se cansaram a diagnosticar, as Escolas a ensinar a fazer correctamente, mas nada foi feito desse modo... Pois primou a desorganização e o «des-ordenamento». 

A reacção de quem tem acompanhado o fabricar dessas mesmas distorções e desequilíbrios só pode ser de espanto. 

Como é possível, serem praticamente os mesmos protagonistas*, que vêm agora legislar no sentido contrário ao das acções que realizaram e permitiram?

Os Governantes julgarão que os Governados não têm memória? Que não assistiram às decisões incorrectas, e ao implementar de medidas completamente descabidas? Ao gastar de milhões e milhões de contos e de euros inclusive no «litoral mais litoral»!

Construções e pavimentações, completamente frágeis, feitas não só à Beira-Mar, mas também pelo mar adentro... E inclusivamente sobre as rochas onde o mar sempre bateu...!? Vão ver: têm sido dias de mar revolto, óptimos para confirmar o que escrevemos.

Será que os mal-Governados que todos nós somos - a maioria, claro... - teremos que passar a usar de meios (outros que actualmente não existem, e se devem inventar) para exigir que haja Democracia? Para exigir que a Lei seja cumprida? Que a Governação se torne útil ao país e às pessoas? Mesmo que as pessoas, algumas tenham que aprender a corrigir os erros que fizeram**; a obterem conhecimentos e a informação que não têm considerado?

Concretamente, será que os «mal-governados» precisam (ou sabem?) exigir que as disposições sobre o Território, e as relativas ao seu Ordenamento, integrem os diagnósticos - medidas preventivas e correctivas, produzidos inclusive em Ambientes Científicos e Universitários?

 A resolução do Conselho de Ministros que acima transcrevemos, como se pode ler, vira-se agora para as pessoas, em tentativa (nalguns casos já)  muito tardia para resolver problemas...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*É verdade que as gerações avançam, mas são os mesmos partidos, que vêm querer dar o dito por não dito, o feito por não feito.

Fazem-se estranhos, como se sempre tivessem sido (e estado) alheios às questões a que agora, aparentemente, querem dar atenção e corrigir!    

**Mais ainda do que a litoralização de todo um país que prefere ocupar a costa em detrimento do interior (deixado ao abandono), os bares e os pequenos negócios feitos demasiado em cima do mar, como agora se está a ver, podem ser prejudicados, pelos que julgavam ter aí uma fonte de riqueza! Mar (ou «fonte») que agora, momentaneamente, resolveu revoltar-se?

Ou sempre foi (e é) assim? O Mar nem sempre foi fonte de gozo, de prazer, de desportos e de actividades lúdicas que hoje estão hiper-valorizadas...? Apenas os homens têm andado muito distraídos, e entretidos? Esquecendo o muito mais que o mar pode dar? Mas também a terra, e o interior do país que têm estado esquecidos? Como se tudo existisse numa escala pequenina, miniaturizada, quase uma maquette:

Como se fosse um país de brincar...às construções, aos governos, às escolas e aos professores... (clic na imagem, para ler a legenda)

De gente que não aprende, que não ensina, e não cresce! Paisagem vista ao longe, um quase presépio, ou o Portugal dos Pequenitos?


15
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

More or less...

 

Having answers on the lot that has been explored and researched:

TRIVIUM & QUADRIVIUM

Com a certeza de que - mais do que actualizados - andámos e andamos à frente. Assim, não só não nos compreendem, como também, considerando as limitações de que se tem escrito (e padecem), há que confirmar, salvo honrosas excepções, que nem se quer têm querido compreender...

E sabemos quem «eles» são. Eles - o sujeito da frase anterior, têm nomes que serão listados...*!

Mas, há instituições de topo, cujo prestígio lhes permite não terem medo, e de aparentemente poderem estar na linha da frente, a nível mundial: instituições seguras de si, dos seus corpos docentes e respectivas investigações, que as apoiam plenamente. Para que as mesmas, normal e paulatinamente, vão fazendo o seu caminho**.

Depois há os outros, os periféricos como somos nós e as instituições a que pertencemos; que ficam muito quietos e caladinhos, esperando que os que normalmente seguem adiante - enfim cheguem lá (lá - aonde quer que seja para depois os copiarem...):

http://www.crassh.cam.ac.uk/programmes/trivium-the-early-modern-language-arts-in-literary

Há paciência? A Criatividade é uma questão de centros versus periferias? Ou, têm que mandar a incompetência, as inseguranças, e a falta de «atrevimento científico» dos que eternamente querem permanecer na periferia? Mandam a incapacidade de arriscar e de ir contra o que está instituído? Mesmo que as nomenclaturas, as normas e as regras estejam repletas de excepções - que não confirmam regras, coisíssima nenhuma: a evidenciarem assim como as teorias estão incompletas, e que, a serem verdadeiras (?), são-no apenas para alguns casos, razoavelmente limitados? Será que, entre nós, os «actuais especialistas» preferem continuar a ignorar, em vez de alargarem a sua «sapiência»? Em vez de poderem passar a valorizar obras que são lindas, absolutamente fabulosas, se as conseguissem olhar com olhos mais informados, de gente com mentes muito mais ricas?          

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Aqui também há um compasso de espera... 

**E nesta «espera em que estamos», ainda havemos de os ver relacionar algumas matérias do Trivium com as do Quadrivium? Os que parecem ir adiante um dia compreenderão que existiu algo semelhante a uma "Gramática das Imagens"? Saberão perceber como essa «linguagem visual» funcionou e se articulou? E como ainda hoje influencia a Arte, e a suposta "Creativity" que se pretende instilar nas obras, para um melhor design?

http://www.crassh.cam.ac.uk/events/25113

"Linguagem" que é a Iconografia dos Estilos Arquitectónicos?

Apesar de nos calarem, de nos fecharem portas na cara, e de ainda «diabolizarem» os nossos artigos, por nós temos a certeza!

 http://primaluce.blogs.sapo.pt/172408.html


12
Jan 14
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Os Historiadores da Arte compreenderão que as duas imagens seguintes - em «estilos» totalmente diferentes - se referem exactamente à mesma Ideia?

 

Ideia/ideias - como as de Platão - que provêm do verbo grego "idein"*, que instilaram significados, como os das palavras, nas FORMAS ARQUITECTÓNICAS?

 

E os Arquitectos, que dominam a Geometria, concordam? É preciso acrescentar a terceira imagem (seguinte)? A digitalização da página de um livro, em que - a fazer lembrar S. Tomé - talvez consigam acreditar, ou concordar...? Porque as palavras vos dirão, aquilo que são incapazes de saber ler nas imagens... 

Agora que já leram sentem-se  mais seguros?

Será que um dia terão convicções: ideias vossas, de que sejam autores, e que portanto as elaboraram, sem precisarem de repetir (para «progredir na carreira docente») o que outros já disseram? 

Ideias de que estejam convictos e se sintam capazes de as defender?

Ideias originadas nos conhecimentos científicos próprios, e nucleares, das vossas profissões? O que leva de imediato a outras perguntas:

É possível fazer Ciência ou trabalhar ao nível de Pós-Graduações, que são muito interdisciplinares, quando os profissionais de uma Área Cientifica estão totalmente desprovidos de outras informações e dos conhecimentos que são essenciais (nucleares) nas áreas disciplinares daqueles com que têm de contactar e colaborar? 

«Com que direito», pretendem actuar e intervir em áreas interdisciplinares, ou desenvolver tarefas transversais a vários domínios científicos, se estão muito longe de estar devidamente apetrechados para o efeito: como o mostram as mais diversas lacunas nos mais básicos dos conhecimentos?

Conhecimentos que normalmente são transmitidos na idade da adolescência, e que os mais sábios doutores ignoram?

http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/image/?uid=YhgwcBcFYCthkY0ovA43#grande       

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
*http://primaluce.blogs.sapo.pt/167252.html

Terão eles (os «actuais especialistas») a noção de que por detrás da maioria das Obras da Arte e da Arquitectura houve regras: a que alguns chamam traçados ordenadores/directores. E que outros simplesmente as designam como malhas? Num tempo, como é o nosso, em que todos os actos são normalizados e parametrizados, obedecendo e cumprindo regras formais cuja origem é totalmente arbitrária e ilógica, haverá capacidade de recuar no tempo e compreender que noutros tempos houve outros parâmetros e outras regras, cujas lógicas estão nos antípodas das lógicas contemporâneas? Haverá capacidade para depurar o pensamento, e libertá-lo de todos os apêndices e acessórios que cada período temporal impõe? Será que compreendem que «a tiracolo» pode ser mais útil ter conhecimentos extemporâneos (sobretudo os mais intemporais), do que os acessórios de modas contemporâneas? Terão a noção (genérica) de que as Artes Liberais - libertam? Enquanto as Artes Mecânicas -  prendem a cada época, e às técnicas mais específicas de cada tempo?      

 http://primaluce.blogs.sapo.pt/170665.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/62693.html


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