Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
29
Ago 13
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

... e Intangível: assuntos para quem o quotidiano é paupérrimo, preferindo alimentar-se de algo mais. 

 

A nós parecem-nos curiosíssimas as designações: Património Tangível e Intangível.

Não as criticamos, mas retiramos delas o que merece reflexão.

É que o mundo material que nos rodeia, é muito (se não totalmente?) a "materialização do intangível"*.

O que nos faz pensar em Frances Yates, e sobretudo em Mary Carruthers. Autoras que, sobretudo a última - e o seu trabalho Machina Memorialis (ideia que se retira a partir das bibliotecas portuguesas, das suas listas de autores e das obras que ainda não chegaram à ciência e cultura nacionais) - permanecem desconhecidas da maioria dos estudiosos e investigadores.

Pois com Frances Yates e Mary Carruthers aprendemos imenso, e apenas lemos uma pequena parte da obra de cada uma dessas autoras**!

Hoje fica um link para reflectir no Tangível e no Intangível***, aquilo que tem sido, e se mantém, como a essência da Arquitectura e do Design: o «Como Fazer» (ou o Know How), de cada época.

E como tal, é por isto que estes temas são todo o percurso de uma vida: que, como é sabido, e consta em vários registos (incluindo o nosso CV), se fez a partir do Material para o Imaterial. Tendo encontrado naquilo que cabe nesta designação - no Imaterial e nas Ideologias - as motivações para as formas dos ornamentos e dos elementos arquitectónicos: que portanto são chamados motivos (sendo porém confundidos com razões de resistência como acontece com a Ogiva e com o Arco Quebrado).   

E ainda por isto, todas as explorações, investigações e as descobertas que fizemos sobre o Património Cultural e a Cultura Intangível, completam a abóbada (da construção que uma vida pode ser), fechando-a.

Aquilo a que alguém chamou «holismo»...

  ~~~~~~~~~~~~

*Fala-se pouco nisso, ou quase nada, por isso temos insistido na ideia da Iconoteologia.

**Vejam um exemplo (entre milhares) de como a Arquitectura sempre foi Machina Memorialis de ideias (à partida intangíveis, mas que pela arquitectura se tornaram tangíveis): http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/58338.html

Podem parecer jogos de palavras, mas é isto que a Cultura Material e a Cultura Visual constituem. 

***http://www.revistas.uea.edu.br/old/abore/artigos/artigos_2/Artigos_Professores/Paulo%20Feitoza.pdf

http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_18051986_dominum-et-vivificantem_fr.html

http://www.snpcultura.org/para_uma_cultura_crista_na_europa.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


23
Ago 13
publicado por primaluce, às 16:00link do post | comentar

Porque há informações que se devem completar, e compreender, na íntegra.

Ver em:http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/58338.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/58374.html

~~~~~~~~~~

Voltar a: http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/

bien.faire.et.laisser.dire.gac@gmail.com

 


21
Ago 13
publicado por primaluce, às 15:00link do post | comentar

Apetece responder a lembrar os perfumes!

 

Daqueles que enchem o ar de cheiros, nem sempre os melhores..., mas de propósito, para que esses odores se sobreponham aos outros:

Aos cheiros bons que são muito ténues; às nuances frágeis de que sai um cheiro a limão, a tomilho... Ou, enfim, será a linho, a limpo e a lavado?

Como estamos numa de metáforas, o limpo e lavado faz todo o sentido.

Depois, se Setembro é o mês dos cheiros, com as variações de temperatura e o ar mais fresco que vem do mar, este meio de Agosto, na hora da maré vazia já anuncia o Setembro que está para vir.

É para os mais sensíveis? É... são esses que gozam (e sentem) o tempo que passa.

Tal como gozam muitas imagens e detalhes arquitectónicos, que só alguns desses entendem e ainda interligam:

Telhados de Tesouro* (ou «de tesoura» como alguns memorizaram); Mansardas, ou até a "Tampa da Arca de Noé", são elementos que também lembram os perfumes. Ou lembram ainda o "blend" de um chá.

Porque são formas, ou ornamentos - à semelhança da função que têm os ingredientes (nos sabores e nos perfumes) - que constituem os elementos essenciais dos Estilos Arquitectónicos.

Já escrevemos sobre tudo isto, e muito mais**, e há quem queira continuar a ignorar e a esconder.

Pobre país de DOUTORES!

~~~~~~~~~~

*Conforme Orlando Ribeiro explicou a designação.

**http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/44496.html

http://areas.fba.ul.pt/fh/CIEBA.pdf 


19
Ago 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Se há imagens repetidas dezenas e dezenas de vezes - ou às centenas e aos milhares*? - faz sentido tentar saber porquê.

Sim ou não? Saber o que têm ou tinham de específico para que essas repetições tivessem acontecido?

Em vários posts anteriores temos insistido no que se registou há 8-9 anos, quando escrevemos sobre Monserrate: aí falámos em "contributos vindos de levantamentos arqueológicos."

E os nossos passeios de bloco na mão, ou de máquina fotográfica, anotando as formas e as figuras mais repetidas? Têm o mesmo valor? Serão "levantamentos arqueológicos de uma metodologia experimental"?

Por nós não temos dúvidas, e mais do que curiosidade são verificações...

Quem tem curiosidade não gosta de se esclarecer? Não gosta de reunir informação de um modo mais ou menos experimental; mais ou menos informal: elementos que acabam depois, um dia, a constituir um "Corpus" valioso..., sério, todo ele metodologias?

~~~~~~~~~~~~~

*Ideogramas que se fossem bem contados, pelos contadores da Quantidade de Informação - i. e., investigadores no tema da Ornamentação - esses estudiosos não falariam em dezenas mas em milhares...E sobre Ideogramas ler o que escrevemos em Monserrate uma nova história (por exemplo p. 36).

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


17
Ago 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Nadar contra a corrente é nadar em águas mais frescas: é nadar em boas companhias; é aprender com aqueles que têm ideias semelhantes às nossas.

 

Se António Filipe Pimentel e outros, em 2002-2003 nos ajudaram a abrir portas - embora, dizemo-lo com ironia... - não compreendam a Iconografia dessas mesmas portas*, no entanto há arquitectos contemporâneos, e muitos sendo bastante experientes em matéria de desenho dessas mesmas portas (como é o caso Robert Adam**), que dão o correspondente valor à religião. Isto é, ao seu poder para a definição, ou a «designação muito específica» das formas arquitectónicas. Já escrevemos sobre o que Robert Adam chama "faith-based architectural styles".

E sobre o Nominalismo que a Idade Média - séc. XII, na Universidade de Paris*** - discutiu, e deixou marcas... Sobre ele, parece-nos (?) que não era indiferente, de todo, o desenho ou a forma que davam (ou dariam) às coisas?

Nomes, Designações e Configurações -

segundo S. Freud, e G. Hersey que o cita

- estão na mente, no mesmo "deep-lying point of agreement"

A corrente do Douro, em hora de maré-cheia (clic na imagem para legenda completa)

~~~~~~~~~~~~~~

*As Portas das edificações, e as Capas dos livros (ou as da Bíblia), a que os Espanhóis chamam "Portadas", estas relações e analogias constituem uma imensa fonte de informações, explicando o desenho de muitas Portas.E vários posts podem ser feitos (algum dia) sobre estes temas...

**Revisitem (ou visitem) o que já escrevemos: http://primaluce.blogs.sapo.pt/138291.html

***Nominalismo: na Internet encontram-se inúmeras informações. Destacamos esta:

A apropriação que o homem faz da realidade realiza-se pela linguagem — Através da linguagem o homem pode pensar o, mundo e configurá-lo de diferentes modos…”

Vindo de: http://portalsabedoria.org/index.php/ciencias-sociais2/filosofia/explicacao/teorias/91-os-universais

http://primaluce.blogs.sapo.pt/151260.html

Ver ainda:http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/53126.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


13
Ago 13
publicado por primaluce, às 09:50link do post | comentar

Sobre a Encomenda Prodigiosa de D. João V, e um excerto de António Filipe Pimentel*:

 

Quando escrevemos Monserrate uma nova história, e já a pensar na hipótese de publicação pela Livros Horizonte - ideia que tivemos desde o início (também por esta razão) - um dos autores que seguimos razoavelmente, foi António Filipe Pimentel. Que então tinha recentemente publicado (em 2002) o seu Arquitectura e Poder: o Real Edifício de Mafra.  

E tínhamo-lo seguido, exactamente pela sua abertura - e pelo espaço que dava nesse seu trabalho - aos temas da Religião: i. e., por já considerar, e citar, dando alguma importância aos factos religiosos, e referindo a adesão aos mesmos, por parte da realeza e da nobreza.

De tal modo que - no fim, e hoje verificamo-lo de maneira definitiva, e com toda a clareza - o religioso influenciou, indubitavelmente, o chamado Poder político.    

Ao desenvolvermos o nosso trabalho fomos compreendendo (nas fases de investigação e desenvolvimento do estudo de Monserrate, e já depois - de 2005 em diante) que não tinha havido apenas alguma, ou uma mera e pequena importância pontual do religioso sobre o político; mas sim uma imensa, total e permanente importância do religioso.

Tão permanente, que as diferentes "nuances" teológicas iam ficando registadas (ou desenhadas uma a uma) nas obras.

O que aliás também explica a vontade que tinham, frequentemente, de «acertar» a Arquitectura com a Teologia.

É que afinal, muitas das invenções ocorridas na História da Arquitectura, trataram-se de actualizações dessa mesma Arquitectura (que devia ser «falante»), face às evoluções ocorridas na Teologia: razão para muitos referirem, seguindo Hegel, a existência de um "Zeitgeist".

Razão - dizemos nós agora - para ser necessário estudar as «alterações teológicas» que as Teses de Lutero introduziram. Razão, para fazermos novos esforços virados para a compreensão do que foram os Revivalismos: quer os do Gótico, quer ainda antes, as chamadas sobrevivências que se misturaram com as formas da arquitectura clássica, e estão no Barroco.

Que foi, como é sabido (e mais do que reconhecido), a expressão da Contra-Reforma Romana.

Menos sabido, e portanto, em nossa opinião, a precisar de muito mais investigação** (e de uma importante mudança de perspectiva), é a relação do Gothic Revival com as diversas fracturas que Lutero desencadeou.        

 

O excerto que acima referimos é este:

 “Um processo, porém, cuja compreensão obriga, metodicamente, a percorrer o trilho seguido pelas ambições, estratégicas e representativas, da própria Monarquia, como seria configurada sob o governo de D. João V (onde a tutela do religioso reforça o prestígio da Coroa e lhe garante a eficácia do poder) (Pimentel, 2002: 96-98), tanto quanto perseguir os seus desaires e os compromissos que necessariamente houve de manter com a realidade sobre a qual lhe coube agir - sempre no quadro de uma estrutura simbólica onde a Corte desempenhava o papel central. É, por isso, no marco ideológico do Antigo Regime e num contexto cultural onde a religião ocupa um papel central («A corte submerge no sagrado» - escrever-se-ia sobre os anos finais de Luís XIV, contemporâneos dos iniciais de D. João V (Mongrédien, 1948: 9, 18-19) -, «missas, vésperas e lausperenes sucedem-se na capela de Versalhes») e entre o entusiasmo juvenil do soberano e o pragmatismo que a visão de Estado lhe ensinou, que devem buscar-se as razões de fundo da instituição do Patriarcado e dos cenários que habitou: da Capela Real à Capela de São Roque. Num fresco amplo e complexo, onde perpassam projetos ideais (Vanvitelli, Juvarra) e experiências magistrais (Mafra) e cujo eco se repercutiria, ainda, na própria reflexão que rodeou a reconstrução da capital. Reconstituir esse amplo fresco - e a viagem fascinante que conduz Da Patriarcal à Capela Real de São João Batista - é a tarefa a que se propõe este núcleo de A Encomenda Prodigiosa."

*Encontrámo-lo no site da Ordem dos Arquitectos,

ver:

http://www.arquitectos.pt/?no=2020494337,153

**A qual faríamos, se houvesse tempo (e a equipa que deveríamos estar a coordenar!) a partir de duas colunas: na primeira seriam colocadas as decisões e inovações teológicas; na segunda as novas formas e excertos arquitectónicos que «essa nova teologia» originou.

Alguns pensarão que esta ideia é demasiado imaginativa, mas é factível para o Credo, logo nos primeiros séculos do Cristianismo!

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/57065.html

http://primaluce.blogs.sapo.pt/30594.html

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


09
Ago 13
publicado por primaluce, às 10:30link do post | comentar

Sim «ensawpado»! Isto é: en+swap+ado = ao estado ou qualidade do que vive ensopado em mentiras e equívocos, que têm sido, largamente, alimentados e adubados.

 

E ao tempo que esta é a situação do país..., que todos - os que têm mais responsabilidades (para lidar com realidades complexas) - temos deixado crescer e proliferar! 

A situação não é de hoje, apenas acontece que uma parte dela está finalmente a emergir*.

São mentiras contra o normal funcionamento das instituições; da lógica, de um bem-comum e de um bem-público que todos deveriam desejar.

E esta situação, aparentemente, está para se manter.

Porque não há «TROIKA» que entenda e consiga discernir que é necessário escavar, explorar e aprofundar muito (muito, muito!), para chegar a compreender o que permanece encoberto e vive subterrâneo na realidade que é a nossa sociedade e suas instituições.

E quem se queixa ou tenta denunciar as situações em curso, não o pode fazer com todos os dados e informações. Tem que ser generalista, muito habilidoso e cuidadoso. Tem que deixar entrelinhas, e espaço para haver outras leituras, nas informações que dá: esperando que o ESTADO crie as condições para que um dia haja (e se faça) JUSTIÇA.   

Enfim, esperando poder concretizar os inúmeros exemplos das situações que sabe estarem profundamente incorrectas. 

As quais, alguns por incompreensão - genuína -, mas outros, pelo enorme jeito que a mesma lhes vai dando; como se deduz (a não ser que estejamos rodeados de incompetentes, e de pessoas totalmente incapazes para lerem os sinais que são basto visíveis...), esses outros preferem ignorar e não denunciar?   

A estatura moral dum país que se «enswapou» 

está hoje em todos os jornais.

Um país que, arrogante, ainda faz questão em dizer que não é a Grécia...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*No último subcapítulo do nosso estudo dedicado a Monserrate, sob o título: "Do Ecletismo do Palacete ao dos Jardins. Epígonos e um Epílogo: Monserrate um lugar especial, onde o valor do Património gera potencialidades", deixámos algumas informações teóricas combinadas com a nossa experiência profissional. É que de formas diferentes temos assistido ao levar de interesses particulares para o Estado, e por exemplo, também à venda de produtos da indústria (nacional ou não) - que não sendo particularmente «tóxicos» deviam ser avaliados - mas que as instituições governamentais e administrativas do Estado não tinham condições técnicas, ou "now how", para validar/homologar.

Em suma, vivemos num mundo e realidades demasiado complexas, em que muitos afirmam (à boca cheia, face a problemas que não deviam querer ignorar): "...É para o lado que eu durmo melhor!"

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


07
Ago 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar
É na Economia (e no seu actual Ministro) que todos temos que ter a maior esperança. Porque se esta falhar, pouco mais há em que se possa acreditar...?

 

Este é um tempo de desesperança prática, na medida em que das nossas acções só podem resultar algumas mudanças, desde que, nos lugares certos, estejam (por uma enorme sorte que em Portugal é hoje rara) os dirigentes e governantes certos, para o momento que vivemos.

Uma desesperança que não é apenas culpa dos maus exemplos vindos de cima, dos mesmos governantes e dirigentes, vergonhosamente impreparados e incompetentes para as tarefas a que eles próprios se atiraram e se acometeram. Mas muitas vezes também culpa nossa por tudo o que não «batalhámos», com muito mais força e com muito mais exigência (cívica).

Por isso temos culpas..., que assumimos!

Mas claro que outras culpas não temos. Sobretudo pelo facto de não haver JUSTIÇA; ou por esta «Cultura» que existe, e que é consequência prática da falta de Justiça, e do que essa falha traz consigo...  Concretamente, nada é verdadeiramente inspeccionado ou avaliado, ficando tudo «muito bonitinho» nas auto-avaliações, que são exactamente o que essas palavras (que o hífen liga) significam: ou seja, que os próprios não se avaliam.  

Depois destas primeiras linhas pode deduzir-se como a ECONOMIA tem hoje um fardo dificílimo, e da maior responsabilidade: porque tem que levar o país às costas num tempo em que a maioria das portas já foram todas fechadas; e muitas das soluções antes possíveis, ou os empregos existentes, já foram todos destruídos. Assim o novo Ministro vai portanto ser «vigiado e escrutinado», publicamente, e deve saber disso?

Começou por ir ontem à Costa Vicentina - da qual nos lembrámos de imediato de uns projectos que seriam PIN*? Da autoria de um outro ministro, também da Economia, ou talvez do Ambiente (que se chamasse Nunes Correia...)?

Ora no momento que vivemos não parece que novos Projectos PIN, semelhantes aos anteriores, sejam uma solução milagrosa para os problemas do país? Sendo muito claro que há outras prioridades, bem mais sustentáveis, e «rentáveis»... 

Assim, talvez a próxima visita que já fez questão de anunciar - a Paços de Ferreira, que se diz «capital do móvel» - essa sim, possa vir a estar ligada a verdadeiros projectos «PIN»!?

Mais, em termos de Re-industrialização - e indo agora roubar uma palavra ao mundo da moda - por nós diríamos que a indústria do mobiliário (e quem sabe até a da construção pré-fabricada, feita para exportação?), essas actividades económicas deveriam ser no futuro as nossas "Pin-ups"

Porquê? Primeiro, pela mão-de-obra e pelo design que incorporam...

Depois, porque nós sabemos que o Mobiliário e a Construção - no passado isso sempre aconteceu assim (e pode continuar a acontecer, a não ser que todo o Mobiliário se faça no futuro em PVC, Poliuretano, PU, ou Alumínio?); é que nessas duas indústrias ou actividades - a Construção e o Mobiliário - não só nas Iconografias empregues, como nas Tecnologias usadas, as suas semelhanças foram sempre muito grandes. Assim poderão criar-se postos de trabalho em áreas em que o desemprego é grande, e em que, por outro lado (e segundo sabemos), há profissionais com uma polivalência razoável.   

 
Móvel Louceiro, Varanda e Fachada: a mesma iconografia e (quase) as mesmas técnicas**
Minho e Porto - muito inglês, muito georgian e neogótico

~~~~~~~~~~~~ 

*Abreviatura de Projectos de Potencial Interesse Nacional - inventados por quem se devia preocupar com a Sustentabilidade do Ambiente, e não com um interesse nacional que, era e ainda é, muito dúbio.

** Este post é dedicado a todos os que estando na área do design se esquecem da importância de conhecer os materiais e as suas tecnologias específicas: informações que são essenciais para poder projectar. E no caso do mobiliário - que é matéria impregnada de ideias - o faz de conta não funciona!

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/

Ver ainda: http://fotos.sapo.pt/g_azevedocoutinho/fotos/sin-nimos-geom-tricos/?uid=SM23hefRn5oCLqNl7jqz


05
Ago 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

A propósito de uma Idade Média muito fantasiada e efabulada, sem que se compreenda o mais importante: a Idade Média é o nosso passado, uma boa parte do nosso inconsciente*.

 

Na verdade, para os que não lêem e têm dificuldade em entrar nalguma maior erudição relativamente ao conhecimento do passado, nada melhor do que representações fantasiosas «à la Disneylândia».

Nada melhor do que assumir como verdadeiro, e real, o que cada vez mais é denunciado e explicado como falso: o que foram (e ainda são) equívocos históricos... 

E porque estamos a ser «nada irónicos» aqui têm alguns links a reforçar estas noções:

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/57604.html

http://www.chapitre.com/CHAPITRE/fr/BOOK/heers-jacques/le-moyen-age-une-imposture,20681379.aspx

Ou a denunciar as caricaturas de um passado (?) que, alguns insistem em recriar e fornecer acriticamente, às massas de hoje, que assim se «medievalizam»: no sentido de se auto-minorizarem e perderem direitos - como o de saberem pensar, e de se (in)formarem ao longo da vida. 

http://www.mercadomedievalobidos.pt/

~~~~~~~~~~~~

*Seja ele Individual ou Colectivo? Ver de Claude Gauvard, Alain de Libera e Michel Zink - Dictionnaire du Moyen Âge.

QUADRIGE/PUF, Paris 2002. 


01
Ago 13
publicado por primaluce, às 11:00link do post | comentar

"Você vê coisas que ninguém vê"!

A acusação feita em tom grave, é, no entanto, um dos maiores elogios que alguma vez nos fizeram*.

 

Claro que o problema não está no que nós vemos/compreendemos, como surgiu na frase e no seu tom acusatório, vindo de alguém que estava muito incomodado.

Essa acusação - de quem nos acompanhou no mestrado - foi basto reveladora: um lapsus linguae, verdadeiramente anedótico. Frase que, desde então, nos tem feito querer ensinar..., a ver!

A ver, sim, claro! Pois contra a cegueira alheia contida na referida asserção/acusação, o máximo que podemos e queremos continuar a fazer é a ensinar! Embora se compreenda que aquilo que tendemos a ensinar é como nadar contra a maré! 

É almejar a recuperação de um Ensino que seja útil ao progresso dos indivíduos e da sociedade (e não apenas, directamente, hiper-lucrativo para aqueles que o fazem...) 

É querer ter mentes capazes, pensantes e críticas, e não autómatos acríticos! 

Todos os Entrelaçados incluídos nas obras - e não foram poucos, desde os séculos III-IV d. C. - eram altamente significantes, embora detalhes mínimos. Nos quais poucos têm reparado ou sequer têm reconhecido a «respectiva simbologia»**.  

~~~~~~~~

*Começando por se relacionar com vários detalhes mínimos, porém altamente significantes, de que nos apercebemos (logo em 2002):

http://www.youtube.com/watch?v=xT1rn2FlsIo&feature=player_embedded

**À excepção de Mircea Eliade, ou ainda de Henri-Irinée Marrou. O valor dos Entrelaçados (expresso por imagens), era coerente com a fé cristã, pretendendo-se, pela leitura - ou de um modo «algo mnemotécnico» - reforçar o articulado, textual e escrito, do Símbolo da Fé.

http://primaluce.blogs.sapo.pt/22940.html


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