Por nós sabemos bem, por experiência (e com documentação que o prova), que também acontece haver investimento que se concretiza, mas que é/foi desperdiçado. No nosso caso numa área que se sabe ser prioritária - por se tratarem de matérias totalmente inovadoras no Ensino Superior, inclusive a nível internacional.
Mas os referidos estudos, e toda a investigação que cuidadosamente preparámos, foram boicotados por «Sábios»!
Sim, boicotados, pelos que institucionalmente deveriam ser os primeiros a protegê-los, e a tudo fazerem para colaborar de modo a que chegassem ao bom fim que lhes estava destinado.
E o «bom fim» a que aludimos, seria a aquisição do grau de doutoramento: porque é o normal.
Mas por nós esse fim é também outro: o do verdadeiro sentido de estudos que são, de facto, superiores.
É sobretudo o esclarecimento de uma História da Arte que anda muito mal contada; e que por isso também impede a compreensão não apenas dos tempos passados, mas também a compreensão do tempo presente: aquele que estamos a viver**.
Quer ao nível da Arte, quer sobretudo dos desígnios nacionais. E até mesmo, depois de uma melhor compreensão da cultura e da arte de cada povo e nação, esse entendimento superior tende a tornar mais claras as relações, incluindo as actuais, entre os vários países.
Se a religião explica, como defendemos - e muito melhor do que em geral tem sido constatado pelos estudiosos, a Arte (e a respectiva iconografia que a integra) de cada povo - há portanto um valioso manancial de informações que uma nova História da Arte (da Imagem e da Arquitectura) pode dar.
O Ensino Superior e a Investigação, como se percebe (em nossa opinião) têm objectivos e desideratos superiores. Razão pela qual depois de um mestrado repleto de novidades inimaginadas - como foi o nosso; depois disso entendemos dever aprofundar, para explicar melhor, muito do que encontrámos.
Quem tem boicotado os nossos estudos sabe porque o faz...
**Vejam, está no nosso trabalho o que esteve n'«as origens do gótico»: um tema em torno do qual Maria João Neto muito se empenhou (e no qual tem trabalho produzido), cujos esforços deram resultados. Bastante inesperados é certo, mas também totalmente lógicos...