Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
07
Jun 13
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Post dedicado ao Professor Paulo Varela Gomes que recentemente nos enviou um simpático email com um assunto interessantíssimo, que não podemos deixar de agradecer: felizmente ainda se encontram «referências» (como ilhas, bóias de salvação?) neste mar revolto. Obrigada!

 

Sugerimos que leiam o que se escreveu em 2004 sobre o Losango - vindo de Paulo Varela Gomes. De um livrinho minúsculo, mas rico em informações*. Neste caso sobre a Capela de Santa Maria da Falperra em Braga.

Ou, numa outra alusão, vinda do mesmo autor, sobre um caso Gothic Revival - citando uma expressão que fora usada por Robert Smith**.

Sobre esta Iconografia de génese antiga, e as ideias erróneas que ao longo dos séculos se elaboraram relativas às formas da Arte Cristã (primitiva, mas que não deixaram de evoluir) - hoje é-nos dado verificar, de modo muito real, que são vários os autores nossos contemporâneos (por vezes até conterrâneos ou próximos...), verificamos que dificilmente aceitam o que temos encontrado. 

 

O que nos lembra a história de Dame Frances Yates (1899-1981) - numa analogia que é impossível não estabelecer, ao lembrar, particularmente, as dificuldades que registou no Prefácio do seu último livro.

Mas hoje, ainda que achemos «anacrónica» a designação Gothic Revival - quando se tratam claramente de sobrevivências - também nos lembramos de Françoise Choay, e do que escreveu sobre «a perenidade» do Gótico. 

De qualquer modo, para o mais correcto emprego das palavras, preferimos Gothic Survival, assim como estamos aqui a agradecer a «preferência»!

(legenda: clicar na imagem)

Desejamos que continuem a ler, já que em Primaluce e Iconoteologia, a História da Arquitectura que a Universidade não quer - mas que é, como cremos, a que está nos monumentos - por nós, e porque  estamos firmemente convictos das nossas ideias, também tencionamos que essa História continue a passar por aqui.

É que se há alguns «curiosos» que, tal como nos aconteceu a nós, vão descobrindo e encontrando informações que consideram importantes, por serem desconhecidas da Historiografia; curiosos que estando de fora da universidade querem que essa informação «entre» nela: vinda de fora, e talvez à força (?), em várias instituições de Ensino Superior e nas Universidades. Porém esse não é (e não foi nunca) o nosso caso. 

Connosco, a decisão de fazer o doutoramento, foi porque estando dentro da Universidade nos pareceu ser essa a única atitude correcta: prosseguir no esclarecimento do que se encontrou, "by the way"***, nas investigações do mestrado. A nossa atitude foi, como pensamos, a mais certa (e para o que trabalhámos até muito generosa)...

Seria lógico que a compreensão do que encontrámos - enquadrada por Orientadores e Supervisores dos estudos - levasse de seguida a um abrir da investigação a mais instituições e centros de estudos. Seria útil, lógico e normal - por uma questão de recursos (e de lucros). Seria, mas não foi...

Assim perguntamos - já que não estamos a ver que outras motivações possam ter existido (?) para que tal não acontecesse: 

Será a Crise que justifica «as metodologias» adoptadas?

Será que os Orientadores se desorientaram?

Só nós temos a noção do que (Bolsa e Propinas) se investiu...? Despreza-se a retribuição desses valores?

◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊~◊

*O Essencial sobre a Arquitectura Barroca em Portugal, INCM, Lisboa 1987: ver p. 27.

**Ver em Monserrate uma nova história, onde há referências ao Losango e à Mandorla, elementos significantes que foram sinónimos, utilizados alternativamente: referimo-los mais de 30 vezes. E nas pp. 67, 68, 122, 170, 172, 183, ver citações de Paulo Varela Gomes, o que mostra, como pela positiva, ou até pela negativa, as suas ideias contribuíram para a formação das nossas ideias. Por exemplo, raramente estou de acordo quando refere Gothic Revival. Por considerar que há compreender que algumas formas do Gótico, e as do Cristianismo em geral (as mais «falantes»), terão continuado a impregnar as obras com o seu valor significante. Por isso usamos a expressão inglesa Gothic Survival. Embora no caso inglês seja necessária muita atenção, quando se pretender destrinçar o Survival do Revival. Entendemos que ainda hoje há importantes reminiscências, como há tempos se mostrou em: 

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/51633.html

http://www.standard.co.uk/arts/architecture/all-change-at-kings-cross-7565844.html?action=gallery&ino=1    

***Um "by the way" que é altamente devedor a Maria João Neto.


mais sobre mim
Junho 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
13
14
15

17
19
21

23
24
26
28



arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO