... levam a perguntar: e em alternativa o que é que se construiu?
Não seremos tão negativos que a resposta seja nada. Ou que seja absolutamente negativo o balanço entre o que se fez e o que se desfez...
Mas que muito se fez muito mal, sem qualquer dúvida. Claro que temos essa noção!
Que nas últimas décadas (30-40 anos) - e estando já diagnosticado o problema da desertificação do interior - muito se fez (ou, neste ponto específico tudo se fez?) a contrariar o que entretanto passou a ser ensinado na Universidade, relativamente ao Ordenamento do Território: sim aqui não temos dúvidas.
Sobre a Cortiça do post anterior e a (re-) Industrialização lembrámo-nos de Portalegre*. Sobre os valores esquecidos - ouvimos e lemos algumas ideias do PM da Hungria para o seu país**.
E a propósito destes temas escolhemos uma imagem:
Terá sido uma noção de Ecologia, "avant la lettre" ?
Será que visualmente resume o que se escreveu antes? Ou é apenas um voltar ao passado, a um tempo que foi muito proustiano?
Porque é que numa Escola Primária a chaminé não tem um Galo (?), como é mais comum nas imagens pitorescas das vilas e cidades portuguesas? Terá sido a Escola Primária de Portalegre uma oferta da família Robinson (produtores de cortiça), como fizeram os Cook de Monserrate, aos habitantes de Colares***?
Terá sido intencional ligar o Quercus suber l, à cultura da região? À cadeia alimentar, ao porco, ao pastor da vara (de porcos)...?
Ou nada disso? Nem sequer está aqui o que era a redacção típica da segunda classe, há 50 anos? É apenas a narrativa visual de um mero relato (inconsciente) dum ferreiro simples do alentejo: o chaparro, a bolota, o porco?
Ou menos ainda, é apenas imaginação nossa: «a tresler» sobre um cata-vento esquecido, porque de difícil acesso... Uma peça que se esqueceram de recolher..., ou que ainda não foi roubada?
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*http://www.youtube.com/watch?v=10C5gfXtTHY
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/2769568.html
***Que construíram e lhes ofereceram a Escola.