Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
07
Set 12
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Ser competente, para isto que nos referimos é algo que depende da tarefa em causa: como é normal para todos os trabalhos, e para a qualidade que é suposto terem. Não a quantidade... 

No caso, só alguém muito habituado a desenhar pormenores, ou ainda, de forma que é muitíssimo específica, alguém habituado a definir acabamentos - como por exemplo, o bujardar de uma pedra; talvez só esse técnico especialista possa detectar quão estranho é abrir sulcos no limite físico, isto é mesmo junto das esquinas e das bordas, de peças de pedra? Porquê e para quê? Pergunta-se.

Porque quem está habituado (ou é competente) sabe que esse trabalho exige habilidade, ou muita Arte; já que as pedras se fracturam com enorme facilidade. 

Portanto tendem a evitar-se os trabalhos mais difíceis e  tecnicamente mais exigentes.  

É essa competência - a de quem projecta, antevê e observa os mais variados resultados em obra (alguém que também olha as obras realizadas por outros, independente da data de criação) - que permite detectar o estranho e intrigante trabalho produzido.       

Repetimos, tratam-se de detalhes mínimos, em que apenas os que estão habituados a projectar se apercebem da existência de algo - talvez um código, como escreveu Jorge Rodrigues, a propósito do Mosteiro de S. Salvador de Paderne?* - que pode estar por detrás daquilo que é um «trabalho muito pouco normal»? Pelo menos para as lógicas contemporâneas... 

Ver em:

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/8719.html

e ainda

Nesta imagem já apresentada - foto de uma grade de ferro fundido desenhada sobre papel de esquiço - pergunta-se porquê? Qual a necessidade de dar tridimensionalidade (só visível a muito curta distância), a desenhar um entrelaçamento num trabalho cujos resultados são principalmente gráficos?

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Ver citação em Monserrate uma nova história, op. cit. p. 34.

E à pergunta do título acrescentamos a nossa resposta: claro que saber ver, e saber descrever aquilo que se vê, sim confere competências! Estamos gratos a Jorge Rodrigues pela sua descrição (História da Arte em Portugal, dir. Paulo PEREIRA, Temas e Debates, Lisboa 1995, v. 1, p. 266) que termina assim: "...fazendo pensar num qualquer código (pontos e traços...) à espera de ser decifrado...”. Não sei se o decifrámos, integralmente, mas a constatação da sua existência foi de enorme importância.

Noutros posts de http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/ 

ler sobre Património, Arquitectura e Teologia


05
Set 12
publicado por primaluce, às 10:30link do post | comentar

Escrevemos isto ontem...

Pois que opte. Pode ser que mesmo à distância consiga ajudar a mudar algo desta sociedade em decadência?

Que se inverta a regressão em que estamos.

Aliás, a notícia de hoje* só mostra que os bens materiais podem ser dispensáveis. Sobretudo quando ultrapassam as necessidades: ou "os mais olhos que barriga" daquilo que temos condições - espaço e tempo - para ter, usufruir e consumir.

Como é óbvio os bens materiais que são auto-estradas (ainda por cima em excesso!), não se substituem à Justiça essencial.

Assim apetece lembrar uma série de questões que ainda há cerca de 18 meses eram objecto de altas discussões no Prós e Contras da RTP1.

Num tempo em que a Crise estava há muito instalada; em que a previsão de subida de preços do Petróleo era já, praticamente, do conhecimento comum (quanto mais dos governantes e de todo o Poder Executivo), e por cá ainda se discutia a construção de um novo Aeroporto, uma nova Ponte para Lisboa, Autoestradas, etc., etc., etc.

Por nós lembramo-nos que desde 1976 fomos para o IADE ensinar Luminotecnia. Em que, entre os vários objectivos a conseguir - a par da imagem cuidada dos ambientes interiores - se destacava o enfoque na poupança de energia: a substituição da Iluminação Incandescente por lâmpadas que hoje existem e se chamam Económicas.

Desde então (1973-76), existia já a certeza de que várias jazidas de Petróleo se esgotariam antes do fim do século... Depois a prospecção petrolífera permitiu (há muito), que se encontrassem novas jazidas; mas a questão energética mantém-se como um dos temas mais prementes do nosso tempo.     

Enfim, sobre o lugar de Portugal no ranking dos países mais desenvolvidos, uma das informações que interessa retirar, para Arquitectos e Designers, é a noção de que trabalhamos para o futuro. Pelo que, tentar prevê-lo (e desenhá-lo), é a principal tarefa.

Que o façamos em Liberdade e com Justiça: usando a formação adquirida. Sem que sejamos - como muito se tem visto - ultrapassados por Políticas e  decisões em (quase) permanente contradição com o que se ensina.     

Fotografia feita no Convento de Cristo em Tomar. Imagem que há séculos foi sinónima da "Correcção" (ou a «ortodoxia») que os reis de Portugal - como também está nos círculos entrelaçados do túmulo de Egas Moniz - almejavam ter em relação aos povos que governavam.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=26&did=76138

http://economico.sapo.pt/noticias/a-solucao-duradoura-sera-em-parte-europeia_151033.html

Em http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/ as férias prolongam-se, mas há muito para ler e aprender sobre a relação da Teologia com a Arquitectura.


04
Set 12
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

É o que parece!? Leiam a notícia. Pela nossa parte o deficit de Justiça - até às ultimas consequências, incluindo proteger os mais frágeis e julgar os prevaricadores... - é enorme, ou total.

Porque é a regra, apontando-se a dedo, um ou dois casos que sejam exemplos positivos no sentido dessa aplicação de normas e leis.

Em geral impera a força: não há Justiça - nem nos locais e nas causas que são públicas (e portanto notórias); quanto mais nos microcosmos das empresas, ou até nos das famílias...

E vem agora a Comissão Europeia, lá de bem longe, dizer o que se deve praticar nesta Europa? Em que tudo está em regressão... Incluindo os valores...

Quer dar alento, e alguma «sugestão de força» para as decisões das mulheres?

Ou vem dar-lhes, apenas, mais motivos para terem dores de cabeça? Afinal está logo na notícia, Bruxelas reconhece que as normas não se cumprem, e agora optou pela via impositiva.

Chegará pôr um polícia ao lado de cada mulher...? Ou cada mulher tem que ter cabeça de fiscal, e ser alguém que detecte, e conheça à distância, a mentira que lhe vão impingir e obrigar a aceitar? 

Porque não fiscaliza e inspecciona as empresas e as suas lógicas batoteiras? ... os esquemas de pressões, os «encontrões psíquicos» (e às vezes também físicos) dados às mulheres?       

http://expresso.sapo.pt/bruxelas-quer-40-de-mulheres-na-administracao-das-empresas=f750795


02
Set 12
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

...numa época em que alguns nos querem tornar ainda mais patetas*, haverá disposição, e tempo, para reflexões?

Haverá a capacidade de inventar novas soluções para os problemas (à escala civilizacional) que nos afectam?

Não os nossos pessoais, portanto, mas os de todos? Que por serem de todos não deixam de nos tocar muito próximo?  

Por aqui, adianta passar páginas? Ler e reler reflexões passadas - de um tempo em que vazios semelhantes aos de hoje, deram novos mundos à mente; podem encontrar-se ideias: as soluções que não chegam!? As que os Políticos, parece, nunca hão-de dar...? 

Capa de livro: Depression Modern, the Thirties Style in America, por Martin Greif, Universe Books, New York, 1975

Depois há aqueles gráficos, sobre a relação da riqueza com a criação e a produção: será que o mundo muda mais, porque (e quando) há épocas de riqueza?

Ou o mundo muda, porque a pobreza e a falta de recursos "aguçam o engenho"...? Ou ainda, o mundo muda em épocas de depressão, face a vazios ideológicos? Quando vêm a técnica, a habilidade e o engenho, suprir os nossos vazios: i. e., entreterem as mãos e as máquinas, das mentes de todos aqueles, que por incapacidade própria, e de mentes esvaziadas, se recusam a pensar? 

Estará certo o provérbio que o diz? Ou mais certas estão as teorias da Quantidade de Informação, que fazem corresponder as mudanças cíclicas da História, e os seus avanços, aos acréscimos de riqueza?

Por nós, numa visão que é pessoal, adiantamos respostas:

É que temos visto o que sucedeu (durante milénios). Como as «exigências linguísticas» - visando a construção do que foram imensos Manifestos de Fé dirigidos ao divino - no caso ao Deus-Cristão - tiveram a capacidade de mudar aquilo a que hoje se chama Técnica e Técnicas Construtivas.

Enfim, vimos como nos Templos Cristãos se transformaram os vocábulos de uma língua própria (adequada para fazer a apologia do divino), em elementos de suporte, como é o caso da Ogiva. 

É por isto que uma relação (positiva) entre riqueza e evolução, para nós é um disfarce ... e um desvio! Um olhar para o que distrai...

Como fazem os jornais da "Silly Season": entreter, disfarçar e assobiar (muuuuuuuuito) para o lado! Distrair das verdadeiras notícias...

Pois algumas das verdadeiras questões hão-de decidir-se por estes dias: enquanto o povo está nos últimos banhos, e quando re-entrar (na Rentrée...), verá como a "silly season" deu jeito - um jeitão, jeitosíssimo! - aos políticos sem ideias!*

Aliás, a Grande Ideia - é nítido - é só uma:

o Dinheiro, a Ganância do Lucro!

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*«Carneirinhos», incapazes de crítica, e de reacção?

**Quanto mais Ideologias - algo mais complexo, a precisar de inúmeras boas articulações... 

Ver também:

http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/


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