Não do Poder contemporâneo, que esse anda confuso e poucos são pragmáticos, sabendo aquilo que querem, verdadeiramente? O Poder hoje ainda se exprime no edificado, mas, interessam-nos as construções do passado: as mais cuidadas e mais ricas em sinais, que, genericamente são consideradas Património.
Para o entender comecem por aquilo que se escreveu em Monserrate uma nova história, vindo de Caramuel Lobkowitz. Ver p. 172, nota nº 147. Vejam a iconografia de vários túmulos do Panteão Real de Alcobaça.
Vejam como a Amêndoa e a Mandorla mística estão ligadas*, desde tempos remotos, à iconografia portuguesa: isto é, às Armas de Portugal.
Desde que se saiba ver, isto é, conhecendo as regras geométricas das formas que entram nas composições, e as lógicas que lhes estão subjacentes, então percebe-se que Christopher Alexander, mas também Carl Gustav Jung, se referiram ao mesmo. Um a pensar em padrões naturais (e mentais), o outro em mandalas...
Se não há uma nova história da imagem, da arte e das artes visuais - para a qual o design e a comunicação visual deram importantes contributos - e nas quais é preciso trabalhar, aprofundando os conhecimentos? Se isso não existe...? É só no Portugal atávico e «académico»: onde, as pessoas não se sabem unir; nem ouvir-se mutuamente; nem trabalhar colegialmente; nem respeitar e cooperar nos trabalhos dos colegas. Cada um preferindo um quinhãozinho de algo que não se vê... minúsculo e ridículo, mas seu! Apesar da falta de escala...
Escala e proporções, também não tem a imagem acima. Teria, se tivessemos feito o levantamento correcto.
Este é apenas a «prospecção formal» de parte de um nicho com "vãos bífores"**, no Claustro do Mosteiro dos Jerónimos, em Belém
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
*http://primaluce.blogs.sapo.pt/90534.html
http://iconoteologia.blogs.sapo.pt/7969.html
** Conceito (ou ideograma) que ainda não chegou à Historiografia da Arte portuguesa...