Os nossos ensaios lembram-nos os de Villard de Honnecourt. Por isso o Quadrifólio de ontem, já que temos vindo a explorá-lo, do ponto de vista da composição: i. e., o quanto os círculos se entrecruzavam? Tal como na Mandorla inicial, em que cada círculo passa pelo centro do outro. Ou, no Cristo de La Luz de Toledo, em que os compromissos da fé parecem plasmar-se nas formas, que se articulam em sucessivas variantes: pouco explícitas, e claramente comprometidas umas em relação às outras. A lembrar «embrechados geométricos».
Tudo isto está no livro, e a palavra ICONOTEOLOGIA, a única adequada para se compreender a História da Arte do Ocidente Europeu, também já está registada.
Assim são justificáveis todas as guerras que nos têm feito - algumas com mais de 35-36 anos! E começam agora a compreender-se muitos dos ditos que temos ouvido, à época sem a menor razão; pois não havia alguma obra feita, ou, sequer, provas dadas (menos ainda idade, ou anos de vida, para isso!?).
Mas sim, fomos brindados pelos maiores piropos (e impropérios), cuja razão de ser talvez um dia se torne visível. Até agora, nunca os tínhamos entendido? E ouvimos muitos como: "Não, isso não vai fazer"..., "...Esconda, esconda, ponha para trás". "...Convidamos, publicamos, mas não faça referências às suas descobertas sobre o gótico!". "A evolução das imagens significantes da teologia, em sequência, equivalente a uma banda desenhada? Nem pense!..."
Ou, num tratamento por tu: "...porque TU não sabes escrever!", "...porque fulano não quer", "...isso é para mim, porque sou eu que tenho uma fábrica!", "...design? Móveis? Isso é comigo... Porquê para TI?". "É muito interessante, acho que tens toda a razão, mas é preciso provares..."
E volta ao você: "Oiça, o seu mestrado é quase, tenho que o dizer entre aspas, muitíssimo melhor que o doutoramento dela!". "...Esse lugar só não é para si, porque ele não deixa..."*
Mas o melhor de todos foi um convite (in/felizmente não aceite...): "Venha trabalhar comigo, venha ser os olhos e os ouvidos do imperador!?"
Escusado será dizer, a sério, esquecemos os autores das frases em itálico!
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*E o «talvez chefe» engoliu o resto da frase. Será que faltou um "eu-aqui-não-mando-nada"?
Se quiserem «filosofar» leiam a p. 17 de:
http://ampfigueiredo.com.sapo.pt/ficheiros/recensoes/2001/jacqueline-russ.pdf