São palavras gastas e estafadas dos dias que passam. Pois muitos pensam que os empreendedores só «praticam» se trabalharem por conta própria. Se forem "free lancers", no seu cantinho, e na sua realidade muito «individualzinha».
Esquecem-se que cada um que põe o melhor da sua inteligência ao serviço de outros, e de uma organização, é também, sem sombra de dúvidas, um Empreendedor. Muito mais do que a cena miserabilista e penosa, que (parece?) alguns querem introduzir: pondo indivíduos solitários, desgarrados, e sem qualquer organização, com «armas de empreendedores».
Mas quando isso acontecer, nem os pobres dos políticos têm quem trabalhe para eles; ou quem produza aquilo de que se alimentam. Enfim, é chegar ao fim da linha do que tem sido a «autofagia», do excesso de ganância!
Esquecem, mas inteligentemente, no último Prós e Contras*, alguns dos convidados lembraram-no. Aliás, acompanhando essa lembrança com expressões de pasmo e de admiração, dizendo: "Se os funcionários e os colaboradores das empresas não forem empreendedores, e não derem o seu melhor, então quem é que assume essa postura?"
Enfim, começa-se a acordar para a realidade que tem andado escamoteada:
Funcionários desvalorizados, desprestigiados e apoucados, como «certas troikas» vêm a defender, farão número: sobretudo nas despesas do fim do mês. Mas ajudam pouco a um ping-ping, ao grão-a-grão, e ao gota-a-gota, das receitas que têm que ser sustentáveis (a entrar nas empresas).
E que é bom sentir a chegarem ao longo de todo o mês, como recompensa dos trabalhos bem feitos!
*http://www.rtp.pt/multimediahtml/video/pros-e-contras
Enfim, parece bom não esquecer a grande lição da crise: sejam pessoas ou países, da Grécia à China, tornámo-nos, todos, interdependentes!!!