Todos sabemos que as grandes edificações, ou os locais onde estão implantadas, podem ter tido diferentes usos ao longo do tempo. Por exemplo, em Portugal, no caso de alguns templos ou igrejas, é possível encontrar situações em que no mesmo território esteve primeiro um templo pagão, depois moçárabe, depois mesquita e depois igreja cristã. Apesar de sabermos isto, hoje no Público é contada, em brevíssimas palavras, a evolução histórica ocorrida nos sítio onde hoje se localizam as ruínas do Patérnon. Passamos a citar uma sequência que desconhecíamos* (sobretudo desde Péricles, até antes do século XIX):
"O Partenon, templo mandado construir por Péricles no século V a.C. em honra à deusa Atena, filha de Zeus, foi edificado pelo escultor Fídias no mesmo local de uma antiga construção destruída pela invasão persa de 480 A.C.
No século VI, durante a I Cruzada, o Partenon foi convertido em igreja católica dedicada à Virgem Maria, saqueado e alvo de destruição durante os ataques do veneziano Francesco Morosini, no século XVII, e mais tarde transformado em mesquita durante a ocupação otomana, altura em que se perdeu todo o telhado devido a uma explosão de munições que os turcos guardavam no mesmo local.
Finalmente, no século XIX, o embaixador inglês Thomas Bruce, duque de Elgin, em contactos com os militares otomanos conseguiu remover uma grande quantidade de esculturas e altos relevos de Fídias e que se encontram desde essa época no British Museum, em Londres."
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Devendo acrescentar-se que o artigo toca num ponto importante: a existência de um Ministro da Cultura (mesmo que sem dinheiro), que pode actuar como um agente e promotor da cultura do seu país - dentro e fora de fronteiras.
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