... a festa e algumas mudanças vão ser aqui!
Porque:
Dentro de dias completam-se exactamente 10 anos, em que, era Sábado, e em Monserrate, na Assembleia Geral da AAM, folheámos um livro antigo onde estava uma gravura que nos levou a perguntar: "Mas onde é que brotavam arcos quebrados", "assim ...de enfiada"...? Para terem influído, talvez, nas opções de Gérard Devisme, para o "chateau" que construiu em Sintra, na Quinta dos Castro?
Vamos contar alguns detalhes, e em linhas gerais o que se passou: como a nossa experiência profissional - de mais de 25 anos - nos permitiu começar a supor, e depois cada vez mais a ter certezas, da existência de enganos, alguns razoavelmente graves, na Historiografia da Arte.
Se o que se passou na nossa vida, entre 2 e 16 de Março de 2002, foi alucinante (e fascinante), prolongando-se esse fascínio até hoje - mas agora já com o peso de muitas chatices, típicas de um país de «tontos»; depois, a partir de 2004, começámos a verificar que à nossa volta estava tudo «contagiado» (quase no sentido de doença...) pelo Código Da Vinci.
Sem que se apercebessem, estivessem minimamente atentos, ou conseguissem compreender, que esse contágio nasceu de uma obra bem arquitectada, a partir das interrogações e inquietações que todos temos...
As quais Dan Brown aproveitou, e explorou, em todos os sentidos!
Pela nossa parte, que propositadamente lemos muito mal esse livro - em diagonal e já depois de 2005 - não há esse tipo de segredos! Há, sim, uma história cheia de lacunas, em que a maioria são esquecimentos; embora possa haver casos em que, propositadamente, se afastaram e baniram informações que o Poder (político-religioso) considerava perigosas.
Mas, por outro lado, e este ponto parece-nos importante, há, de facto, nas cidades antigas, ou que remontem só ao início do séc. XX, proliferantes, e nos mais variados suportes, imensas imagens que entram - «olhos adentro», de todos nós - todos os dias. E sem que haja essa percepção, a referida iconografia «informa» (deixando perguntas latentes), pois foi feita para isso.
No entanto, e olhando para trás, o que predominou (e deixou marcas), numa época de maior agitação, e que teve sequelas, foram as perseguições aos Judeus, que, alguns, sobretudo os que publicaram e deixaram informações escritas, se refugiaram em Inglaterra, onde reinava Isabel I. Aí tiveram alguma protecção e produziram.
Assim aconselha-se: de Catherine Clément, A Senhora*. E, sobretudo de Frances Yates, The Occult Philosophy in the Elizabethan Age**. Obra que, se têem algumas noções de Psicologia e de Neurociências (ver último livro de A. Damásio) vos pode ajudar a compreender, mas só um pouco (muito pouco!) do «inconsciente colectivo», e das inquietações acima referidas. Dúvidas e questões que todos temos, e que têm sido, extraordinariamente exploradas, pelos autores de "best sellers"...
Sejam Felizes!
Leiam, e que um dia possam ter a noção de «dever cumprido»!
com saudinha, e muito trabalho pela frente - é o que se deseja...
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*Da autora já li várias obras, mas não esta, integralmente...
**Fascinante. E embora a autora tenha nascido depois dos nossos avós, deparou-se com enormes dificuldades, como explica no prefácio deste seu último livro. No nosso caso - e com a bagagem que partir de 2002 adquirimos (a existência de uma Iconoteologia, que precisa de ser muitissimo mais aprofundada) - para nós, algumas das questões em que F. Yates tocou, ganham outras perspectivas.