...em que praticamente todos os alunos do IADE foram nossos alunos.
Depois, vieram outros tempos – talvez durante 10 anos? – em que deixou de ser assim. Porém, na área de Design de Interiores, nas disciplinas teóricas de Conforto de Ambientes, e Tecnologia de Materiais, e ainda na prática de Projectos, em simultâneo estivemos a leccionar essas três disciplinas.
Mas nesses tempos - ainda o IADE não era Ensino Superior - podia-se ir muito mais longe, pois havia mais tempo. O ano lectivo articulava-se em trimestres com cerca de 11 semanas cada, e portanto dispúnhamos, apesar dos feriados, no mínimo de 30 semanas para cada disciplina.
Já agora, predominavam os alunos verdadeiramente disciplinados, sabiam o que queriam, e vinham bem mais preparados do que hoje vêm (hoje têm outras informações*), daquilo que era o ensino liceal.
Nesses tempos, que para nós ainda não são uma “vaga nebulosa” - ainda, Thanks God, não nos faltam degraus na escada que a memória é - e terá sido talvez a partir de 1991, que o IADE passou a Ensino Superior? Mas, foi só em 1997, que houve alterações de vulto, verdadeiramente sensíveis, e o início de uma transição para a situação actual.
Se nunca se sabe, de facto, aquilo que os alunos apreenderam, e se ficaram preparados (?), no entanto, na área de projectos, o desejável é que saibam manter um equilíbrio, correcto, entre uma boa dose de autoconfiança, e a da «dúvida sistemática»:
É o questionamento, permanente e positivo, que confere confiança - uma das melhores vias para chegar a obras criativas!
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*Note-se que ter mais informações, ou estar coerentemente mais preparado, são realidades muito distintas (e no ensino, o importante é os professores saberem aproveitar cada uma delas, com as respectivas especificidades, e vantagens...)
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2278861&page=-1