Muitos percorremos ou lemos as Newsletters do IADE. Na última foi incluída uma reportagem relativa a uma visita de estudo à exposição que esteve na FCGulbenkian, até dia 8 de Jan.
Quem como nós, duas ou três vezes, fez visitas ao Museu Vieira da Silva/Arpad Szenes com mesma professora-colega-amiga - numa delas para conhecer a obra de Martha Telles - sabe como são úteis essas visitas: como nos «carregam as baterias». Dando-se outro valor à cultura e a todo o saber que nos precede. Deixando a milhas de distância o lado mais material da vida, ou até a parte mais funcional, e a directamente útil, da visita de estudo.
Como nós terá o autor do artigo sentido saudades - nem que sejam reminiscências quase inconscientes? - de um tempo em que nos podíamos deleitar a gozá-lo? Talvez de quando éramos alunos e estudantes, sem ser preciso andar a correr entre mil urgências, as mais das vezes fúteis, e sem qualquer sentido?
E isto pode parecer o caso dos «Estudos» em que temos estado envolvidos, desde 2002? Porém, ao contrário, longe de nos serem inúteis, também poderiam ser úteis para muitos mais. Até ao nível do país! Já que estão repletos de novidades que instauram um conhecimento do passado, muito mais rico. Para nós eles têm sido uma «Barca», segura e protectora, contra as adversidades. Porque são certezas!
Para outros, que no nosso país andam nestas áreas da Ciência, Conhecimento e Cultura, mas que não permitem que se retirem conclusões - as óbvias - das investigações feitas (e que vão empatando, como no caso, já célebre, duma obra do MNAA); para alguns desses, parece até que conclusões lógicas e limpas, representariam uma ameaça? Algo gerador de medo, relativamente ao futuro?
Novas ideias e teorias, seriam uma perca das seguranças (altaneiras) em que vivem? Saõ o medo de saír do embalo, de berço, e de se fazerem ao mar largo?
Entre os que emigram e os que ficam, fica também este país inconclusivo, como lhe chama Clara Ferreira Alves: já que, conclusões? Nunca se tiram! Para não afrontar os poderes podres, dos dominantes: i. e., os que estamos agora a sentir!
Até quando?
Parece, sinceramente, que ninguém quer ser activo e responsável! Que o bom mesmo é regredir...
Passo seguinte? Talvez ir desenhar com crianças? Ensinar e aprender com elas: já que em lógica e inteligência, limpa, dão cartas aos adultos.