É um caso no panorama artístico português, e o que nos fascina nos seus trabalhos é a forma de usar a cor. Mas também, em muitos deles, as imagens geométricas que vai buscar. Sobre elas escreveríamos algumas páginas, se fossemos sistemáticos a olhar para os seus trabalhos. Será que existe uma reunião, ou compilação, do muito que tem criado, «ao longo da sua longa vida»?
A imagem seguinte é nossa, e apenas as cores, talvez, vagamente, sejam as suas? Estão ao nosso lado na capa do DN de hoje.
O tempo para estar «a brincar com imagens», ou ocupado desta maneira - como tantas vezes fizemos - «maneira» que faz bem ao espírito, e nos deu enormes recursos e vantagens, poderá parecer perdido? Sim pode. Mas, no meio da improdutividade que grassa no país (e aquela a que nos obrigam), o tempo é um bem valioso de que há que tirar partido.