É hábito. Muitos, estando concentrados a ouvir, fazem rabiscos sem fim.
Connosco passa-se em reuniões mas também ao telefone.
Os do post de hoje, reparámos há dias, têm Iconografia do Gótico: a tal - fecunda, prolífica e polissémica - que descobrimos. E que, agora, enquanto matéria científica, é filha de pai incógnito. Ou de mãe solteira (?), que se fartou de trabalhar a produzi-la... O «Pai» anda fugido, e nega qualquer relação com o assunto.
A metáfora é o que é: meio sem graça, mas já perceberam quem é? Ou, quem foi o desencadeador de todo o processo? Aos poucos ele vem a auto-revelar-se; pois não foi sem vínculos a Unidades de Investigação, ou, chamem-lhes Centros de Estudos e Laboratórios Associados, que se conseguiu o apoio da FCT*.
Curiosamente, há hoje duas Universidades portuguesas orgulhosas da sua classificação internacional, porque não ignoram, ou escondem, os trabalhos dos seus docentes; pelo contrário.
E também não os «deixam cair» - apoiam-nos ao máximo, evitando criar qualquer dificuldade que bloqueie, ou possa perturbar o decurso dos seus trabalhos seminais...
Ou, muito menos ainda, quando - como temos tido que fazer, logo a partir de 2006 (data de início do doutoramento na FBAUL), esses mesmos docentes, que aqui somos nós - gastaram, e tiveram que continuar a gastar, tempos quase infindos, para explicarem e reivindicarem a qualidade do seu trabalho. O qual, por isso mesmo precisa de apoio**.
O Programa Prós e Contras, assim como as promessas de Nuno Crato, ontem, são, claramente, a amostra perfeita do contrário de tudo o que se podia esperar: esperava-se, ao menos, um cheirinho de democracia; uma autonomia das Escolas Superiores, virada para o bem do país. E não virada para a mentira - que fica facilitada, sem controle de qualidade e inspecções; como dirigida, também, ao crescente anquilosamento das instituições (que assim vão paralisando).
Há dias escrevemos que "não há espaço para a liberdade e a alternância", e, de facto, verifica-se: é que mesmo havendo alternância, nada muda: a não ser as Moscas. Que, vá-se lá saber porquê, preferem e escolhem patinhar nas mesmas matérias e substâncias? É genético? É por isso inultrapassável?***
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*Bolsa ou subsídio. Também aqui, seja qual for a designação, houve processos e intervenientes: é uma história onde nada foi de «geração espontânea»... Não fomos nós que demos pareceres favoráveis sobre o nosso trabalho!
**Idem aspas, junto da FCT. Mas, não faltará muito, e estão a repetir o que defendemos: foi e tem sido uma luta, conseguir «inscrever este tema». Porém, já aí vem bibliografia, inclusive apoiada pela FCT, a referir no título: Novos Estatutos Ontológicos da Imagem (...) a Vizualização de Informação. Isto é, aquilo que ensinamos desde 1976, quando fomos convidados a leccionar no IADE. Temas que em reflexões continuadas - mais de 30 anos - deram frutos.
***Dizem-nos que sim: que a resposta está no ADN da Mosca; mas disso nada sabemos.