"Esta é mais uma chamada de atenção para o problema da violência doméstica", explicou à Lusa a secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, lembrando que "na maior parte dos casos as mulheres percorrem uma trajetória de violência que dura muitos anos"*.
Acrescentamos que antes de tudo é da cabeça das pessoas que há que cuidar e tratar: instilar-lhes a noção da lei, direitos, e já agora também das obrigações**.
Se nas várias vertentes da vida, a mesma não decorre de acordo com uma normalidade espontânea e natural, é preciso ir buscar a lei. É preciso lembrar que a matéria desta notícia não acontece apenas no ambiente doméstico. É uma permanente falta de respeito pelo elo mais fraco: seja homem ou mulher! Seja em casa ou no trabalho. No meio em que estamos, já vimos muitos homens, artistas sensíveis, e pessoas extremamente honestas, serem apanhados de surpresa, e logo de seguida incapazes de invocar a lei e os seus direitos. Assim submetem-se a autoridades e ordens arbitrárias, que, no fundo (mas logo à vista...), são ilegais e de carácter violento.
Os leitores atentos percebem que os nossos posts são escritos com antecedência, e nalguns casos citando o que vai surgindo na imprensa. Como terão lido ou ouvido, desde ontem, a classificação de Portugal no 32º lugar internacional (que revela atraso, e é vergonhoso) de um ranking dos países mais corruptos***, só vem corroborar o que se tinha escrito, e a regressão feita, relativamente à «igualdade de género».
Gostariamos de não sentir a necessidade de falar e escrever sobre estes temas - pois são muito mais entusiasmantes os assuntos de trabalho - mas, quando tantas vezes são estes que condicionam a qualidade do tempo que podemos dedicar aos nossos estudos, seria uma lacuna não os abordar: existem, têm muito mais importância do que se pensa, e vão reflectir-se nos trabalhos que temos condições para produzir!
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**E não nos passa pela cabeça exigir, apenas, o cumprimento dos direitos, e deixar que fiquem por cumprir as obrigações. Nesta área não há vazios...
***http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-em-32-lugar-no-ranking-da-corrupcao_132718.html