Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
30
Out 11
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar

... e prende-se directamente com a verdade. Não era possível continuar indefinidamente a produzir bens inúteis, como era/é o caso da construção civil. Obras fantásticas, feitas de raiz, mas para quem? Quem iria ter, sem prazo ou data marcada, eternamente, condições para sustentar habitações (já são duas por habitante?), que só em manutenção sairiam caríssimas? Além de um problema de verdade, foi/é uma questão de inteligência: quanto mais se esperar por fazer mudanças de fundo, e por reconverter determinadas actividades, mais se compromete o futuro. Mais se agiganta a onda que temos para passar. Mas como ir além da rebentação, de um mar que não parece amainar???

Haverá tempo e capital para as actividades necessárias e mais prioritárias: o turismo, a reabilitação ou regeneração urbana; a constituição de reservas alimentares, e, antes disso, aumentar a auto-sustentação, para se ser menos dependente do exterior?  

http://p3.publico.pt/actualidade/sociedade/1018/grecia-retrato-de-jovens-com-vida-em-suspenso


29
Out 11
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

 

... e muito chá!

O mesmo que Catarina de Bragança levou para Inglaterra, ainda faz bem às gentes de cá. Sobretudo aos «imobilistas» de que se fala a seguir. Os que, pacholas, falam de reformas, mas cuja cabeça não aguenta a menor das mudanças, como é um conhecimento mais aprofundado do passado. Um acréscimo de Massa Crítica que só a inteligência mais crítica, em geral, é capaz de protagonizar.

Depois, a «Regulação», dentro da Universidade - pública ou privada - é essencial: pois como se sabe a autonomia por si só, e como a Economia tem mostrado, é também autofágica...     

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/expressodameianoite/article945160.ece


28
Out 11
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar

Estaria neste estado a casa de Monserrate, em Sintra, que Byron visitou em 1808? Se este desenho de Young Travellers...* nos dá algumas informações sobre o desenho dos vãos (?), certo é que não é nada fiável relativamente à perspectiva: pois está muito errada 

Imagem vinda de

*Portugal; or the Young Travellers: Being some account of Lisbon and its environs and of a Tour in the Alemtéjo, In Which The
 Customs and Manners of the inhabitants are faithfully detailed.
Harvey & Darton, London 1830.


26
Out 11
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

Hoje é dia 26, e em meses anteriores escolhemos esta data para ir explicando a situação em curso. Recentemente houve avanços enormes, na medida em que, de uma das vertentes do que se vai passando, chegaram boas notícias. Acresce que o nosso trabalho começa a estar divulgado, e a originar consequências, que são «corolários lógicos» das propostas temáticas que lançámos. 

Sobre a notícia do link abaixo ocorre o ditado, que o povo, com razão, vai repetindo: "Quem dá o que tem a mais não é obrigado"

«E prontos»,

como é o que vamos tendo, nada mau! 

http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/o-segredo-esta-em-trabalhar-com-mais-inteligencia_1346.html

Acontece que, como se diz no vídeo (e no post anterior), os povos germânicos são assim, desde há milhares de anos. Racionais, materializadores das ideias, que assim se compreendem melhor, e rigorosos: talvez os povos que inventaram a escala de desenhos e mapas, segundo Patrick Gautier Dalché.

Por cá também vamos tendo outras imagens. Neste caso as de uma vida dedicada a criá-las: umas são públicas, outras não tanto...


25
Out 11
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

Face ao que se deixou no título, é claro que as fontes de informações não são indiferentes...

No trabalho dedicado a Monserrate incluímos informações essenciais sobre o que se passou em Toledo no século VI – em torno de uma questão teológica conhecida por Filioque – e como muito mais tarde (no século XVI)  “o Gótico foi desvalorizado e associado a ‘Maniera Tedesca’…”*. De então para cá aprofundámos bastante mais esta questão; que é muito complexa, o que permitiu ter a noção, face à necessidade de resumir o que se passou, que está certo (e «completo») no trabalho já publicado. Nele constam as informações que encontrámos na VELBC: que são óptimas, por serem bastante sintéticas.

Claro que aí não se diz que o Estilo Gótico nasceu no século VI… Mas ao progredir, de associação em associação, fizeram-se novas ligações, e pudemos chegar a novos materiais e a novas ideias.

Entre 2002 e 2004 – e agora mantemos a mesma atitude – para certo tipo de informações, preferimos as mais antigas. Pois tal como (no século XIX) Monserrate se construiu quando os estudiosos investigavam os Estilos Arquitectónicos, e os procuravam caracterizar; tendo conseguido, alguns arquitectos, passar para as obras, a essência dessas linguagens. Também por exemplo os estudos de Vergílio Correia sobre a Arte Visigótica nos foram essenciais.

Agora (neste tempo que devia a ser de sínteses, mas que continua a ser de ampliação e sedimentação das ideias) vemos que os trabalhos de Wilhelm Worringer, publicados há cem anos, são uma outra fonte. Curiosamente abriu esse trabalho, incluindo na Introdução a defesa desta ideia: “Sabendo que todo o conhecimento é indirecto – ligado ao eu determinado no tempo – o historiador só pode aumentar a sua inteligência aumentando o seu eu.”**

~~~~~~~~~~~~~~~~

*Ver op. cit., p. 13.

**Ver Wilhelm Worringer, A Arte Gótica, p. 10. Não somos historiadores, há nas formas (como nas do post anterior) uma certa inteligência, específica: ao captá-la, e isto é Geometria, percebe-se que é todo um novo mundo que se abre.

 

 


24
Out 11
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Eis o que foram imagens falantes, ou "a linguagem da arquitectura", como foi explicado por Roger Stalley.


22
Out 11
publicado por primaluce, às 11:40link do post | comentar

Completa-se agora uma década sobre o início do (dito) mestrado e as descobertas que começámos a fazer (terão elas terminado*?). E estas trouxeram-nos a mudanças de Perspectiva**, como o post de ontem mostrou.

São mudanças paulatinas, mas são naturais, e como tal vão acontecendo...

Em 2002/03 perante a proliferação de surpresas, e a multitude de novidades, lembro-me de questionar um dos professores:

"Mas isto muda-nos a vida!?" E fomos acrescentando o que nos parecia impossível ir acontecer: "Para quem adora projectar e ensinar, actividades que permitem, e obrigam, a um questionamento em diálogo permanente - que são solilóquios, «conversas com os seus botões» e respostas aos alunos - agora, aqui, num ápice de meses, depois de anos num mesmo caminho, quase determinado, muda-se de vida? Muda-se de perspectiva?"  

E a resposta foi divertida, um remeter para a «funcionalidade» das nossas opções e dos nossos actos: "Não foi isso que aqui veio fazer?!"

Pois..., é como a perspectiva que na semana passada se ensinou aos alunos: muda-se a cabeça, a posição dos olhos, o ponto de vista do observador, e, é claro, que muda a perspectiva!

De - Architectural Graphics, Frank Ching, Architectural Press, London, 1977

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*São inúmeras as consequências , daquilo que se encontrou. Circunscrever é cada vez mais díficil, pois, inesperadamente, saltam o que são «corolários lógicos»; ou novas ideias, mais que óbvias!

**Como escreveu um dos nossos autores preferidos - um norte-americano sábio - a filologia científica esgotou (e buscou), da arquitectura, toda a sua Poética. Os ornamentos eram vocábulos, não tinham as funções actuais.


21
Out 11
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

 

"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", é uma frase a que já se aludiu num post anterior.

Em Monserrate uma nova história  (p. 146 em diante) leiam: "Quando o valor do Património gera potencialidades - Epígonos e um Epílogo" 

http://www.fcsh.unl.pt/ensino/mestrados/opcoes-livres-nas-unidades-de-investigacao/historia-e-patrimonio-da-paisagem-cultural-de-sintra/at_download/file


20
Out 11
publicado por primaluce, às 13:30link do post | comentar

(continuação do post de ontem) 

Talvez devesse ser só balanço intermédio, pois de final tem pouco, mas, “a ver vamos!”

Imagine-se se tivéssemos inventado toda uma nova teoria sem fundamentos. Sem as informações de André Malraux, sem as de Maurice de Gandillac, ou, por exemplo, também sem as de Erwin Panofsky (ainda incompletas). E tudo isto foi  a Faculdade de Letras que nos deu, sobre a nossa base que não considerávamos por aí além, era o que era, e se veio a revelar «um pouco melhorzinha».

Foi uma perca de tempo fazer o Mestrado? Foi e não foi...

Claro que face à Convenção de Bolonha, e àquilo que hoje são alguns dos mestrados que vemos fazer, cada um dos projectos do nosso CV, desde 1975 (quando ainda não estava terminada a licenciatura), é um mestrado.

Como é sabido, o curso de arquitectura é também hoje um Mestrado integrado, por isso há aqui desfasamentos graves que ninguém se tem preocupado em acertar. E outros, quando tiram partido disto, natural e arrogantemente, passam por «doutores de aviário»: como também houve os generais... i. e. doutores impreparados é o que por aí mais abunda!

O mestrado na FL-UL foi algo que nos deu imenso prazer fazer; assim, na prática hoje temos dois mestrados, em áreas complementares. Pois desde sempre tivemos como objectivo trabalhar em Restauro e Recuperação de Património. Enriquecemo-nos imenso, como não podíamos esperar, e os objectivos foram largamente ultrapassados.

Além de dispormos agora de um enorme conjunto de temas, e uma noção do passado muito mais completa, relativa ao que herdámos e ao que somos, hoje há um trabalho que está publicado com a chancela e aval do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras. Aborda temáticas que nunca teríamos imaginação para ir buscar, embora já conhecêssemos muito bem esse palácio de Sintra: ver Monserrate uma nova história.

Para além disso, enquanto todos estavam excessivamente mergulhados no seu próprio tempo, e acriticamente a perderem a noção do ambiente, dos factos e fenómenos profundamente errados que estavam a construir – a sua própria Crise. No nosso caso, há muito que temos uma posição, bastante crítica, em relação ao que se tem passado. Por isso fomos sempre trabalhando para o "Pós-Crise"*. Lembre-se que a partir de 2001, com a queda do Governo, a questão tornou-se nítida. E só os verdadeiros «pitosgas» não têm visto nada**. Estes, em geral, são pessoas alheias ao sector da construção, que, tem sido um dos mais importantes, e a dominar, na economia do país. A estagnação deste sector, assim como o excesso de oferta de habitação - mas também de auto-estradas e várias outras infra-estruturas hiperdimensiondas, para a capacidade de uso (e de manutenção) - tudo isso só poderia fazer prever, pelo menos, uma grande fatia da crise! 

Claro que não se podia prever a designação de "Pós-Crise", mas é o que aí está: a lembrar os escombros de um Pós-Guerra.

Saberemos aproveitar os bocados e dar-lhes sentido, enquanto é tempo? Reconverter, reutilizar, recuperar, regenerar. Haja capacidade de

RrrrDesign

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Será que já se atingiu esse ponto; a Crise está já a dar a volta? Ou depende da visão e sentir de cada um? Leiam:

De Tristram Hunt – Building Jerusalem, the Rise and Fall of The Victorian City, London 2005.

De Alain Bourdin - O Urbanismo depois da Crise, Lisboa 2011 (o original em francês é de 2010)

**Há sempre quem não queira ver e aceitar a realidade. Fugas, que dão muito jeito...    


19
Out 11
publicado por primaluce, às 10:00link do post | comentar

É assim a vida! Não se condena apenas se compreende*.

Mas, o facto das pessoas terem medos, não quer dizer que essa «doença» seja contagiosa; ou que tenhamos que nos pautar pelos seus medos (ou apenas, mais, "os seus pequenos receios").  

Vem a isto a propósito de uma das pessoas que mais nos ajudou no desenvolvimento do trabalho, que hoje está publicado como Monserrate uma nova história. Em Setembro de 2004, quando tudo estava muito adiantado e viu a «maquette final» com a distribuição das imagens, ficou deveras aflita. Foi também então que começámos a sentir, nós, pessoalmente, e com muito mais clareza, o que nos podia esperar. 

A sua aflição traduzia-se então em expressões que usou repetidamente: "esconda, esconda, ponha para trás!"

Mas nessa altura, já tínhamos começado a perceber - melhor do que até então (com base nas lógicas da Arte Paleocristã e Medieval) - os truques de projectistas, e dos fazedores das melhores sínteses.

Percebemos como pôr para trás iria ser uma forma de valorizar. É por isso que no livro (Monserrate uma nova história) estão assumidas, imagens de dois tipos, e divididas em dois grupos: IMAGENS 1 - DOS PRIMÓRDIOS DO REVIVAL À CASA DE MONSERRATE; IMAGENS 2 - UM SÍMBOLO A SUA ORIGEM E SOBREVIVÊNCIA.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Desculpadíssimo, meio-esquecido, pois veio de alguém que afinal nos deu muito, e em Junho de 2008 esteve no Palácio Quintela, no lançamento do livro. 

continua no post de amanhã - "Balanço final"

 


mais sobre mim
Outubro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
11

17

23
27

31


arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO