Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
31
Mai 11
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Há uma separata do JA (Out., Nov. e Dez. 2010) - Viva a República - em que Raquel Henriques da Silva alude aos «Patos-Bravos». No fim deste post encontram várias ligações ao tema incluindo a referência a uma homenagem prestada em Tomar, aos Patos-Bravos. É que sobre as origens da designação, parece-nos (?), não deve haver uma opinião única, mas centra-se em Tomar, na região madeireira, a sua origem. 

A analogia serve-nos porque gostaríamos de ser, "tout court" e sem mais, o pato mansinho das histórias de Hans Christian Andersen: i. e., colocado, na sua vida e no seu canto da capoeira, sem ter que ser, permanentemente, incomodado por quem faz pouco, não sabe fazer, e por isso não deixa os outros produzir. Pessoalmente, e como faz sentido, gostaria de poder acabar a tese de doutoramento - da maneira que é normal em qualquer Faculdade e consta no ECDU. Ou seja, à semelhança do que sucedeu no mestrado em 2003/04.

Assim, gostaria que fosse a coisa mais normal deste mundo, em vez de ter de andar «a armar em pato-bravo-pioneiro», e a ter de puxar por todas as capacidades - asas, olhos, velocidade - a tentar conquistar o «canto» que é necessário, onde, enfim, possa pousar e repousar. Para com as condições normais e habituais, conseguir depois acabar de escrever a tese.     

Mas, entretanto, e dado o tempo decorrido, acontece que, simultaneamente, estão a vir ao de cima, tal como a verdade, vários factos que para nós podem ter influenciado (talvez inconscientemente?) as nossas vidas e aquilo em que o nosso trabalho se tornou. Para nós está agora a começar um «ciclo de efemérides» em que avultam factos ocorridos há precisamente 10 anos, e que tiveram a particularidade de "desenhar", ou constituir o desígnio, do que estamos a viver. Por isso eles são inolvidáveis, não os esquecemos, e decidimos lembrá-los:

Em 17 de Maio de 2001, quando o IADE, mais uma vez, era de novo atravessado por mais uma das (muitas e recorrentes) ondas reformistas em que, com demasiada frequência, se tem vivido na instituição, nesse dia fomos todos "passar a tarde" à Academia das Ciências. Assistimos então, por acaso (ou claro que não...), à apresentação de um trabalho que nos fez perder tempo: pois era, sem qualquer base lógica, sem pés nem cabeça, e como ainda hoje é, completamente inverosímil*. 

Em nossa opinião - pois pode haver quem pense o contrário, e esta é a nossa - o mesmo não fazia (ou faz) sentido, para qualquer pessoa com a cabeça no lugar. Mas, para nós, então já há anos a tentar entender Monserrate, no mínimo ele teve uma vantagem: recolocou questões antigas que sempre nos intrigaram, e que ao longo da nossa vida profissional questionámos. Inclusive, poucos anos ou meses antes, particularmente ao procurar Iconografia cujo significado fosse conhecido, e que pudesse ser colocada, com o mesmo intento que hoje já conhecemos, e consta na obra de alguns (raros) autores. Isto é, pretendíamos conhecer Iconografia que fosse moralizante ou edificante, para ser aplicada num Espaço Cemiterial: para quando o paroxismo da dor, individual ou colectiva, toca os limites da vida e o seu sentido. Momentos em que, olhando à volta, esperamos ver nas paredes, nas pedras, e no que nos rodeia, alguma justificação...

Ora dado o que chamamos de "non sense", das ideias apresentadas nessa sessão de 17 de Maio de 2001, fomos reagindo e comentando, ao longo da mesma, com quem estava ao nosso lado e outros arquitectos, as ideias, basto ilógicas, que ouvimos. Assim, foi nesse dia - recordamo-nos de o formular com clareza - em que, tal como num brainstorm, nos saiu espontaneamente, algo em que nunca tínhamos pensado e é hoje a ideia-chave que comanda os nossos estudos. Enfim, face a tanto abuso da lógica, ou da sua ausência, quer em hipóteses, provas e evidências, a permitirem lançar tal ideia e as deduções feitas, «saiu-nos» então o que nos pareceu muito mais lógico:

"Quem disse aos «contadores de informação» - que contaram asas e anjos, folhas de acanto, capitéis, e tantos outros adereços superficiais, tudo ao mesmo nível, quem lhes disse que a verdadeira informação, aquela que foi relevante e se pretendia transmitir, não estava nos elementos de suporte (que não tinham sido contados): no desenho dos diferentes arcos dos Estilos Arquitectónicos? Antes de contar classifica-se e elenca-se, e só depois se contabiliza: sem misturas..."

Nunca mais teríamos pensado neste assunto, se meses depois não tivéssemos iniciado estudos específicos, dedicados ao Palácio de Monserrate, os quais, em nossa opinião, de acordo com a nossa honestidade (lógica e capacidade) intelectual, foram sérios q.b. Beneficiando, simultaneamente, do «enquadramento» de 25 anos de vida profissional, vivida**.

E claro que também nunca mais teríamos pensado no assunto, se nada tivéssemos lido sobre Querelas Iconoclastas, e, concretamente, sobre a vontade deliberada de Bernardo de Claraval, relativa à austeridade e ao despojamento que pretendia imprimir à Arquitectura Cisterciense. Uma atitude vista hoje como um «quase-iconoclasmo», que retirou informação que deveria ser contabilizada (sublinhe-se isto, na lógica desses autores), a muitas obras da Ordem de Cister. Porém, se na referida «investigação» houvesse uma procura de acerto, talvez tivessem encontrado o que é medianamente sabido: a crítica de Bernard de Clairvaux aos Beneditinos. Como para si as decorações eram um esbanjar inútil, devendo ser banidas: considerava que tudo estava dito, na forma do Arco Quebrado...

 

Seremos o «Pato-Bravo», sim, sempre, se tal for necessário, para fazer valer as nossas razões. E iremos até onde fôr preciso, se o ECDU continuar a não ser cumprido! 

Mas, no nosso íntimo, aquilo que somos e queremos permanecer, é o «pato-manso» (e pacato), que põe ao mesmo nível a honestidade intelectual e a honestidade face à lei; o que, como se vê, anda a rarear. Alguém que, com toda a calma, vai fazendo como sempre fez, o seu melhor. Dando boa conta, ao longo de décadas e de vários trabalhos: que funcionam sem alarido, e como é suposto, no silêncio em que queremos viver! E também de distâncias, bem marcadas, relativamente ao chinfrim inútil da propaganda sem obra!

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*Trabalho intitulado: Quantidade de Informação na Arquitectura Portuguesa, 1050-1950, desenvolvido na UBI. Consideramos que é muito bom para iniciar um brainstorm... E claro que há tags que se contam, mesmo que apenas se refiram a um número, sem qualquer outro sentido.

**Daí, talvez, a origem das muitas «incongruências inexplicáveis» com que somos tratados? Da versão que nos apontam, de um ECDU que não existe, nem está escrito em nenhum documento.

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http://semanal.omirante.pt/index.asp?Action=noticia&id=55568&idEdicao=400&idSeccao=6066

http://www.ido.pt/artigos/patos_bravos.html

http://alcatruzesdaroda.blogspot.com/2009/11/hoje-e-com-os-patos-bravos.html

http://ospatosbravos.blogspot.com/

 


29
Mai 11
publicado por primaluce, às 14:00link do post | comentar

É verdade, ao contrário da cabeça, o olhos pedem-nos descanso. Mas não deixaremos assuntos no ar, como - ANALOGIAS, ALEGORIAS, ECDU, QUANTIDADE DE INFORMAÇÃO  e ICONOCLASMO CISTERCIENSE (tudo isso)  na ARQUITECTURA. Ainda sobre a honestidade intelectual e a honestidade face à lei.Vamos ligar e sintetizar, com muita abrangência, em:

 

"Pato Manso e Pato Bravo"

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mailto:bien.faire.et.laisser.dire.gac@gmail.com


28
Mai 11
publicado por primaluce, às 08:30link do post | comentar

Gostamos da clareza e da luz, por isso a designção dada a este blog. Por outro lado sabemos que esta nossa divulgação, também a pensar no Ensino e no Conhecimento, tem um público-alvo que é muito variável. E à hora mais matinal, de Sábado, a que este post irá para o ar, estaremos longe, e todos os outros pouco acordados. As sinapses serão ainda muito lentas, e o público, especialmente esse, percebe pouco de analogias. Se forem com Frances Yates, e com o que estudou sobre a época de Isabel I de Inglaterra, oh, oh, menos ainda!

Mas a verdade é que não há mais oculto e obscuro que o ECDU: Estatuto da Carreira Docente Universitária. Particularmente quando se pensa na sua aplicabilidade ao Ensino Superior Não-Público e Não-Estatal. Leiam-no bem, e vejam como é cumprido, e seguido. 

Pela nossa parte temos que evitar aplicar a vista, mas, nada nos impede de pensar, e de confirmar, como este mundo anda às avessas!

 

Sobretudo como a legislação portuguesa funciona, parece de propósito (ai se a "troika" sabe!), em prol de um verdadeiro progresso, feito...

a passo de caracol.

Eles falam de modernidade, mas optam pelo arcaísmo, e por andar no escuro a tactear, à procura das interpretações legais, mais convenientes: 

Este sim, aplica-se, ai este não! Este sim, este não, este sim, este não!

Bem me quer, mal me quer! Girassol desfolhado, cada pétala para seu lado! Este sim, este não, e lá vai o país, em que nunca há pressa, nem JUSTIÇA, a passo de caracol...

Na Fábula de La Fontaine, a tartaruga mexe-se depressa demais, é quase uma lebre, por isso o caracol agiganta-se e ele marca o ritmo!

À hora dos desenhos animados, aqui vai a animação da «passeata do ecdu», que rima - tão bem - com Ensino-U! 


26
Mai 11
publicado por primaluce, às 12:30link do post | comentar

Com quatro letras apenas evoca-se essa coisa mágica:

- ECDU* -

Então fiquem atentos, vamos tratar da temática

 

Mais De(s) Harmonia Mundi não pode ser

Lembra (?) F. Giorgi, Dürer, Shakespeare, muitos mais

Um gosto por hieróglifos, quase transcendentais

 

Havemos de continuar

Depois,... se houver Ar ou Vento 

Inspiração, Pneuma e Ruah

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*http://www.fenprof.pt/Download/FENPROF/SM_Doc/Mid_132/Doc_4474/Anexos/ECDU_DL_205_09.pdf


25
Mai 11
publicado por primaluce, às 00:00link do post | comentar

Sobre o prazer de fazer arquitectura José António Saraiva escreveu em Dezembro de 2010, o que se pode ler seguindo o link 

http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=5998&opiniao=Pol%EDtica%20a%20S%E9rio

Claro que é por estas e por outras, que alguns vêem no arquitecto um "super-homem". Enfim, também há (e sempre houve) quem vá bem mais longe, e veja em Deus o Grande Criador, e o Grande Arquitecto: uma associação que sempre foi feita, encontrando-se em Politeia (a República) de Platão, o emprego da palavra Demiurgo, para se referir a Deus artesão e construtor.
De qualquer maneira, e como se verifica (no artigo do Sol), escreve quem sabe, e quem «vê o caso» por dentro! Quem tem a noção de que fazer bem feito, i. e., fazer o correcto, o durável, e melhorando a realidade existente - essa deve ser aliás, a condição sine qua non, essencial, e subjacente a qualquer projecto, para valer a pena fazê-lo. No fim, ao ver que resulta, é pois um enorme prazer...


Imagem de Almada e o Número, de Lima de Freitas, Arcádia, Lisboa 1977, p. 126 - onde se pode ler:

"Deus arquitecto criando o Mundo, Bíblia francesa do século XIII."


23
Mai 11
publicado por primaluce, às 18:00link do post | comentar

NA ACTUAL IMAGEM DO SITE MONUMENTOS

http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/News.aspx?id=a3abb356-02f9-46a2-a669-d9dc96d85601

Vê-se, e destaca-se, no conjunto das fachadas alinhadas, o edifício amarelo, da R. de S. Bento, frente à Assembleia da República. É nesse edifício que estão os guarda-ventos que desenhámos há muitos anos, e deixámos no post anterior.

A escolha da cor do edifício, – sem dúvida inspiradíssima, como ainda hoje se reconhece* – coube ao arqtº Manuel Garrido. Com ele colaborámos durante cerca de duas décadas, podendo «absorver» inúmeros ensinamentos, incluindo os cuidados sábios, que hoje se esquecem, mas devem estar no projecto, para que se faça o restauro de acordo com as boas normas da construção. Cuidados que servem depois para garantir o comportamento adequado, e durável, da construção: não se atingindo, cedo de mais, as várias patologias que actualmente são  características de muitos trabalhos.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Inspirada e muito inspiradora, pois logo a seguir vários jornais, revistas e postais, apresentaram fotografias do conjunto, valorizado pelo restauro do edifício, o qual também ajudou a fazer sobressair os outros, adjacentes. É o que sucede na esquina oposta, que confina a Sul, com as Escadinhas da Arrochela. Ou o do lado Norte onde se instalou a Fundação Mário Soares.

Revisitar em: 

http://www.panoramio.com/photo/22027995

ou no Google Earth em:

38° 42' 44.58" N     9° 9' 8.39" W

 

 


17
Mai 11
publicado por primaluce, às 11:30link do post | comentar

Há dias encontrámos estas fotografias que fizemos, e que, não estando especialmente apresentáveis, não deixam de ter para nós algum valor.

É que sempre tivemos uma especial predilecção pela luz, e pelo seu tratamento.

Quando ensinámos Luminotecnia era a iluminação artificial que estava em jogo.  Mas quando ensinávamos Materiais, e se houvesse alguma folga de tempo, insistíamos para que os alunos estudassem e aprofundassem o tema da "luz nos materiais": em especial os jogos possíveis com a luz natural. Isto é, não só quando a reflectem de diferentes modos - porque têm brilhos. Mas também porque foram, ou não, polidos, e até deixados em tosco, como se faz nalgumas rochas. É que, propositadamente, podem ser escacilhadas e bujardadas, tirando-se partido da inclinação da luz, e da sua reflexão, nas superfícies dos materiais.

Na verdade, sobre jogos de luz, considerávamos (e consideramos, mesmo que cada vez haja menos tempo, ou outros assuntos julgados prioritários no ensino...) que um Designer - talvez mais do que um arquitecto (?) - podia ser chamado a usar e a tirar partido de materiais translúcidos, coloridos, espelhados, e em especial com grelhas. Considerávamos que poderia ser chamado a criar jogos de luz em produtos opacos e opalinos, martelados, ou escovados, isto é com diferentes texturas e acabamentos, todos eles muito valorizáveis, em termos de aparência e imagens finais. Como por exemplo sucede com o aço inox escovado, os vidros impressos, foscados a jacto de areia ou ácido, etc., etc., etc., à semelhança do que defendia Joannes Ittem (artista e professor da Bauhaus).     

Seria a nossa "paixão pela luz": a de quem já tinha desenhado vários guarda-ventos, e se preparava para desenhar outros, como aliás tem acontecido.

Este é de um espaço na Rua de S. Bento,

e talvez tenha sido o primeiro guarda-vento que desenhámos - entre 1979-82 (?)

 

 


16
Mai 11
publicado por primaluce, às 02:30link do post | comentar

Sobre elites, é fácil adivinhar o seu fim, dada a incapacidade geral de «fazer opinião»; ou, sequer, «de inscrição» (*). Neste contexto é ainda mais fácil perceber porque se deixou de compreender a Arte «mais antiga», em especial a Arquitectura do Ocidente nascida no Cristianismo.

Segundo o evangelista João"Ego sum Janua" é uma afirmação de Cristo, a explicar a Parábola do Bom Pastor.

Em inúmeros trabalhos encontrámos óptimas informações, que nos ajudaram a fundamentar porque é que toda a Arquitectura do Ocidente é Teologia (ou Iconoteologia); e como foram escolhidos os Ideogramas que estão na base dos Estilos do Ocidente - do Paleocristão ao Barroco. Ou ainda, dos Revivalismos dos Estilos Cristãos, até aos Ecletismos dos séculos XIX e XX: época em que muito se funde, tornando depois, praticamente impossível, a descriminação, e a distinção, das fontes - e suas raízes iconológicas - de onde provêm as respectivas formas.

A frase

"Ego sum Janua"**

foi, como já defendemos, a base conceptual dos portais de Igrejas, mas também da maioria das janelas: elementos sempre marcantes, em qualquer obra, de qualquer estilo. 

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14
Mai 11
publicado por primaluce, às 12:00link do post | comentar

Os Museus (e o seu Património) estão em festa, desde hoje até ao dia 18. Mas, muito mais importante do que a festa e do que serem visitados é, parece-nos, trazer a sabedoria e o conhecimento que permitem ter e desfrutar. Trazê-lo das «Casas das Musas» cá para fora: para as vidas de todos, e com toda a força!

O «Vídeo» que recentemente a CM Cascais dedicou à Finlândia é bem a prova de que Arte, Design, e Conhecimento se alimentam mutuamente, e não existem isoladas. Ou que - sendo como ilhas - não interessam a ninguém e são inúteis...

As Culturas - a histórica, a intelectual e sobretudo a Agri (cultura) têm sido completamente descuradas nos últimos anos. Que a Crise funcione, bem mais do que como um lembrete: que seja uma exigência, para fazer de todos nós pessoas mais íntegras e mais completas. No verdadeiro sentido das palavras.

Que deixemos de ser aos bocados, pedaços de especializações e de «coisas que não colam umas com as outras»! Que nos entendamos: que se compreenda o sentido das palavras e dos discursos! Sob pena de continuarmos a ser os "incompletos e toscos da Europa": i. e., os destruidores das riquezas herdadas - o Património. De sermos os incapazes de criar, ou, tão simplesmente, incapazes de reconhecer aquilo que tem valor!     

Hoje - 14 de Maio - os Programas não faltam... Que crescimento trarão?

SÓ E$$E INTERESSA?

Tudo o resto é forró, e muito bacoco?!*

http://agendaculturaldecascais.blogspot.com/2011/05/noite-dos-museus-em-cascais.html

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

*Não se pense que estamos a insinuá-lo relativamente a Cascais, onde o programa mais do que variado, tem representações bem interessantes. Claro que geralmente se tratam de programas destinados às crianças, suas famílias, e, sobretudo, à população mais afastada da cultura, na qual tem que ser introduzida. Pessoas que têm que ser atraídas com meios que «materializem» (por isso a teatralização) e dêem a ver, claramente, aquilo que não entendem, ou que ainda não conhecem. Porém, algo de errado se passa com esses meios, pois, com demasiada frequência, fazem com que sejam sobretudo os públicos já sensibilizados, ou até as elites, os que mais acorrem aos museus (também nestes dias). E é a esses mesmos que são dados (ou «impingidos»), uns programas bastante infantilizantes, em geral sem qualidade, e sem leituras adequadas: as próprias para os possíveis e diferentes níveis, que é normal estarem presentes entre o público da assistência. 

É quando nos lembramos de Umberto Eco e da sua A Obra Aberta: quando sabemos que está longe de ser fácil criar várias leituras possíveis, e fornecer material para os diferentes públicos. Pois ou se trabalha muito, ou tem que haver uma predisposição natural, e intuitiva, para, habilidosamente, se conseguir a união do tudo em um!


13
Mai 11
publicado por primaluce, às 00:50link do post | comentar

Foi talvez em 1993 que tivemos um simpático convite, vindo de uma colega, para participar num trabalho colectivo coordenado pelo Professor J.-A. França. Alguns anos antes - ao terminar uma pós-graduação no IST - tínhamos feito um estudo, breve, dedicado ao Palácio Barão de Quintela, por nos parecer que o mesmo merecia ser estudado e mais protegido (e foi sabendo da sua existência que surgiu depois o referido convite).

Pela nossa parte, e como não podia deixar de ser, foi uma oportunidade interessantíssima para levar mais longe os conhecimentos que tínhamos adquirido relativamente ao edifício onde o IADE estava instalado desde o seu início. O que aconteceu quer pelas várias facilidades que tivemos, vindas da família Pombal - com quem pudemos conversar, recolher informações e muitas imagens. Quer ainda por vários outros conhecimentos que também recebemos de J.-A. França.

Percorrer os edifícios, as suas paredes, pavimentos e tectos, tentando olhá-los a desvendar as histórias e as mensagens que encerram, é algo que sempre nos divertiu, e, claro, nalguns casos bem mais do que noutros. Se dissemos da mansão de Monserrate que estava insuficientemente estudada, o mesmo se aplica, sem a menor dúvida, a esta casa que ocupa um grande lote entre a Rua do Alecrim e a Rua António Maria Cardoso. E, sublinhe-se, é indissociável de um sem número de histórias: nesta situação, a começar pela pergunta que deixámos no título. 

É que olhando para a parede onde a inscrição se encontra, ninguém pensará (julgamos nós) que ali está uma falsidade!? Ora se partirmos do princípio que alguém se deu ao trabalho de deixar uma informação (verídica, supostamente) quem foi o arquitecto Jonnes Baptista Hilbrath? E a resposta a esta pergunta terá algum interesse...?

http://docbweb.cm-lisboa.pt/plinkres.asp?Base=ISBD&Form=COMP&SearchTxt=%22IHM+A+S%E9tima+Colina+%3A+roteiro+hist%F3rico%2Dart%EDstico+%3D+The+Seventh+Hill+%3A+historical+and+artistical+guide+%2F+coord%2E+Jos%E9%2DAugusto+Fran%E7a%2E+%2D+Lisboa+%3A+Livros+Horizonte%2C+1994%2E+%2D+p%2E+38%2D41+%3A+il%2E%22&StartRec=45&RecPag=5

 


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