Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
27
Abr 11
publicado por primaluce, às 17:30link do post | comentar

Para quem como nós pensa o Design, principalmente, como organização, e não forçosamente como Estilismo - onde as «componentes» de ordem Estética devessem ser as predominantes - nessa perspectiva parece-nos que vale a pena olhar para as imagens seguintes*. 

Mas talvez valha ainda mais? 

Talvez se deva reflectir nalgumas brincadeiras de crianças, quando "just pretending", decidem que ali é o quarto, do outro lado a entrada, ali guardam-se as roupas, etc., etc., e assim compartimentam o espaço, não apenas mentalmente, mas com os vários objectos (grandes) que têm à mão: cadeiras, sofás, painéis e cortinas; ou ainda, por exemplo, usando os próprios pequenos recantos, junto das janelas... 

Os pontos de contacto entre essas situações dos jogos infantis, que geralmente são básicas, ou até primitivas, e outras muito mais evoluídas, é impossível não os ver.

Embora não se possa dizer que o exemplo que a seguir damos seja muito evoluído - já que ele é apenas um recurso - no entanto, é uma base que se pode vir a desenvolver. Claro que é também triste, já que as pessoas (adultos, que se podem ver a si mesmos numa espécie de regressão), foram obrigadas, numa «situação limite», a improvisar novas casas e os seus recantos; i.e., a organizarem-se em áreas minusculas. Fizeram-no de modo a que as suas actividades quotidianas, apesar de reduzidas, possam continuar com uma normalidade mínima. Ou, como dizemos, criaram bases para que depois do período mais crítico, possam retomar a normalidade das suas vidas...  

http://static.publico.pt/docs/mundo/abrigosjapao/

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

* Ou, mais do que vale a pena é obrigatório: até porque depois de se ter escrito este post, vimos no youtube um estudo, mais desenvolvido, feito por um arquitecto, relativo a casas de cartão e papel, que são usuais entre os japoneses. Pois de certo modo dão continuidade às suas casas tradicionais. Recentemente alguns alunos fizeram-nos perguntas sobre este tema, e na verdade sobre ele conhecemos alguma bibliografia (a não perder): 1. um texto de Bruno Munari, que está num capítulo de um dos seus livros. E, 2. A Casa Tradicional Japonesa, de Isabel Quelhas de Lima, Ed. Civilização, Barcelos, Out. 1985.   


mais sobre mim
Abril 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
12
13
16

17
19
23

24
25
28


arquivos
pesquisar neste blog
 
tags

todas as tags

subscrever feeds
blogs SAPO