Essa frase: "...não vais ser criativa em arte, se não aprenderes com o que está à volta...", é de Denise Scott Brown, a «avó da arquitectura» - como se chama a si mesma a autora-arquitecta, lembrando uma professora que teve. Leiam a entrevista, feita quase há um ano, em
http://ipsilon.publico.pt/artes/entrevista.aspx?id=259339
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Perceberão, depois (talvez?), aquilo a que nos referimos...
Pela nossa parte, depois de ontem termos feito inúmeras fotografias em Lisboa, em zonas antigas da cidade, ficámos numa de: "...Não há machado que corte a raiz ao pensamento!"
Porquê? Porque o pensamento por imagens, o "inconsciente colectivo" de todos nós; aquele que serviu para traduzir ideias, e de que António Damásio também fala (no seu último livro - embora não se aperceba disso...), ele está por aí: bem fora da mente, embora vindo de lá! Está registado em inúmeros desenhos e configurações, como são as plantas, alçados, detalhes e ornamentos, da arquitectura antiga. Isto é, aproximadamente até meados do século XX - estamos perante a mesma imagética de origem «iconoteológica», que vinha a perder força e sentido - pois fora criada nos confins dos tempos.
Estas são as mesmas argolas que estão em varandas dos Açores; inúmeras vezes em ornamentos diferentes, mas com a mesma base geométrica, na Sé Velha de Coimbra. Também no túmulo de Egas Moniz - em Paço de Sousa, etc, etc....
Por fim, há que o dizer, Lisboa bem pode ser linda, mas não se conseguem fazer fotografias sem fios eléctricos - puxadas clandestinas, ou simplesmente mal colocados, vá lá saber-se?