Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Mar 11
publicado por primaluce, às 10:06link do post | comentar

Em título mais curto podia ser: "Retrocesso Civilizacional".

Porque na barbárie em que se vive, e segundo a OIT, “apesar dos progressos alcançados, continuam a persistir desigualdades e a igualdade entre homens e mulheres continua a ser um grande desafio.”*

Estamos absolutamente de acordo com esta frase, cujo alerta provém das Nações Unidas. Mais, a nossa experiência ou percurso de vida, com o que sucessivamente nos tem sido exigido, não reconhecido e retribuído (o que pode vir a ser escrito um dia, se houver memória e memórias), é a prova de que a “Igualdade de Género” em geral, não passa de uma «conversa mais ou menos elegante, bem falante, etc»; apenas com algumas, mas ainda poucas, e muito insuficientes repercussões, de ordem prática.

Valham-nos essas!

Aliás, assumimos há tempos, que «aos cavalheiros» a quem são atribuídas funções que, hierarquicamente, deviam ser as nossas, de acordo com as supostas regras de progressão na carreira - e será que no retrocesso ainda há regras? Ou chamando-se Fernando L. Carreira A., a sua progressão tem que ser automática? Já que o «carreirismo» nasceu consigo? Enfim, aos «carreiristas» responderemos cumprindo: sempre que forem cavalheiros e nos pouparem; sempre que nos respeitarem e nos derem ordens correctas. Melhor, neste cenário em que em Portugal (e nas suas empresas) é tudo um grande «faz de conta», com eles actuaremos de acordo com aquilo que também nos dá jeito: deixando «os cavalheiros» entretidos com os seus brinquedos**.

Mas, no momento em que não for assim, quando não concordarmos com as suas ordens ou instruções, como várias vezes acontece - porque são ao lado do essencial, do normal, ou até do legal... – claro que, naturalmente, e de modo automático, descem de categoria, deixando de ser chefes (pelo menos nossos). É que sobre "just pretending", i. e., sendo sempre a fingir, também há brincadeiras que cansam. Tal e qual os jogos infantis dos meninos batoteiros, que, longe dos pais e das normas (as lógicas da Justiça, que são inexistentes nas empresas), quando estão a perder, logo se apressam a mudar as regras do jogo***.

Então que brinquem sozinhos, aprendam a entreter-se. É bom, sobretudo faz bem. Crescem, tornam-se adultos, aprendem a ser consequentes: e talvez um dia responsáveis? Dá jeito às mulheres, pois nem sempre precisam de filhinhos, nem de paizinhos, menos ainda com manias pirosas. 

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* Como é corroborado pela Comissão Europeia, e se pode ler em http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1135234.html, ou ainda em http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=498320

** Quando cada um assume as suas responsabilidades, e cumpre devidamente com as suas obrigações (se não é o caso onde é que não cumprimos?), quando fôr assim, o dito «chefe» é um mero regente. Porém, chegaria a Maestro, seria um verdadeiro mestre, se soubesse aproveitar o melhor - o ritmo e a expressão - de cada um.

*** Dentro de dias hão-de querer lavar o passado recente; colar os bocados, procurar «um ponto de restauro» do seu computador, brinquedo valioso que os pais lhes entregaram e foram desmontando. Tentarão evocar os fundadores, justificar as novas dinastias, e, disfarçando, manter os grilhões (vulgo «torniquetes»); a fingir que está tudo bem. Haverá muitas missas, que sejam rezadas e não para «vendilhões do templo», já que as Histórias se repetem, e permitem prever os ornamentos com que se fazem as novas construções.

Que todos sejamos evocados, é o que se deseja

(algo de bom teremos feito?),

Que a terra nos seja leve, e quem passa reze um Pai Nosso...


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