"Santos de casa não fazem milagres" é o que nos dizem. Frase que é repetida por todos os que acham que devemos trabalhar, non stop, para adquirir um doutoramento, que os próprios professores universitários não querem aceitar...
Não querem aceitar a evidência que já deixámos no trabalho anterior, a demonstração de uma relação directa entre Teologia e Arquitectura.
Pois se não querem aceitar, e se preferem manter-se na ignorância, difundindo do alto das suas Cátedras o que tanto aprofundaram, ou continuam a empreender, mantenham-se nessa, que é muito interessante, e que lhes dê muitos frutos e muitos benefícios!
Pela nossa parte, há na nossa própria vida muitos mais interesses, e muitas mais áreas em que investir e gastar energias. O que se passou na Faculdade de Belas-Artes no dia 5 de Novembro, e a que temos chamado "sururu"; o que se passa no IADE, apesar de já ter sido explicado que conhecemos o Tratado de Teologia que deu origem à Arquitectura Medieval, e que esse achado constitui um facto da maior importância ao nível da Historiografia da Arte. Depois de termos insistido que precisamos de dispensa sabática para conseguir escrever, e ordenar as mais de 500 páginas que já estão escritas; depois de insistirmos que temos dificuldades de ordem física, precisando de alternar as tarefas da escrita com exercícios físicos e de fisioterapia. Enfim, depois de todos os nossos esforços - ininterruptos, desde o dia 16 de Março de 2002 - em que nos apercebemos que foi a questão do Filioque, que decorreu principalmente, e numa primeira fase na Iberia, em torno do IIIº Concílio de Toledo, em 589, que esteve na génese do Estilo Gótico. Depois de tudo isso, e porque ("thanks God") «vemos coisas que ninguém vê», agora o nosso ritmo e metodologias, vão ser outros.
Não estamos dispostos - como nos dizem para fazer - a saír de Portugal, e a ir a um qualquer outro lugar, de armas e bagagens, com todo o nosso circo e caravana, para aí recomeçar a apresentação de toda esta Ideia.
Prescindimos de projectos que não aceitámos para estar a fazer este trabalho, havendo muitas provas disso. Não fizemos a normal Assistência Técnica a obras que projectámos, para poder escrever este doutoramento.
As entidades oficiais, os que decidem e «reinam» neste Portugal que se empobrece todos os dias, se não estão ao nível dos desafios que se autocolocaram, façam aquilo que é normal: saiam de cena, e levem consigo toda a sua lixarada medíocre!
Pela nossa parte, seria lindo conseguir ser herói, mas..., não há nem vontade, nem energia para isso!
Há mais vida para além «desta mediocridade»*: há alunos interessados, design de interiores para ensinar, há um Glossário Visual que havemos de concretizar; há som, há olhos, há mente que compreende, há Beleza que vamos gozar!
e já agora, tudo isso - GRAÇAS A DEUS! Como, à sua maneira, cada um destes vãos o proclamou.
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* O trabalho que entendemos ser de interesse nacional, e por isso nos dedicámos tanto, por sabermos do seu valor supra-nacional; mas, o desinteresse que nos rodeia fala mais alto, e evidencia o equívoco em que nos metemos.