Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
08
Nov 10
publicado por primaluce, às 09:16link do post | comentar | ver comentários (3)

Muitos sabem como, sucessivamente, venho a pedir ajuda - tempo que se chama dispensa sabática e consta na lei - para conseguir acabar o doutoramento. Estudos que iniciei por me ter apercebido da enorme descoberta que fiz, ao fazer o mestrado. Mas, dentro da instituição em que estou (desde 1976) - tal como aliás sucede em toda a parte neste país, e valha-nos isso, não somos únicos, sendo o MCTES também altamente responsável pela situação que se vive nas instituições privadas... - em (quase) todas há sempre um "cocktail", altamente corrosivo, que dança nos copos, e cujos dois principais ingredientes são: a maldade e a ignorância. Claro, também entra a grande pitada de inveja.

 

Porque um povo pobre, que ancestralmente teve muito pouco, quando tem imaginação, que é uma forma de criar e de produzir riqueza dentro da sua "black box" - como lhe chama Christopher Jones, teórico do Design. Pois bem, enquanto for lá dentro dessa caixa, não há problema. O pior é quando começa a tornar-se visível. E nesses casos, ao contrário do que se tem explicado, e em que se constata que ninguém sabe ver (!), é um «ver» que todos vêem; nesses casos vão até ao mínimo detalhe! E basta apenas uma olhadela, um relance vago, e até disfarçado, para conseguirem ver tudo... Quem diria?!

 

Pois connosco, é nesses relances, rápidos mesmo e até vagos, que também vemos muito: «...aquilo que ninguém vê», como já nos disseram (mas que é aquilo que nos interessa). Aliás, percebe-se porquê? Vemos aquilo que a mente está preparada para ver: aquilo que lhe ocupa a corrente da consciência, como recentemente se citou, vindo de António Damásio; enfim, claro que cada um vê, aquilo que mais valoriza. Pois os olhos ligados à mente são altamente selectivos.

 

Com o Prémio dado às «descobertas» feitas por Luís Esteves Casimiro, é tudo o que temos tentado explicar, que de novo vem ao de cima. Claro que muito já está explicado, desde 2002 e até publicado, graças a Rogério Mendes de Moura, e à sua editora. Depois, desde 2006, quando foi iniciado o doutoramento, foram sucessivas as novas "trouvailles", de muito maior valor, incluindo um Tratado que esteve na origem e definiu a Arquitectura Romano-Gótica. O qual, neste momento, nos inibimos de explicar, tal é a sua importância!

 

Com o tempo habituamo-nos ao que nos rodeia, à mediocriade envolvente e aos maus tratos psicológicos que nos infligem. Aliás, todos, um país inteiro, paulatinamente tem perdido a auto-estima; não só nos últimos anos, meses, mas até nas últimas 72 horas. Raquel Abecassis acaba de falar n' «o Estado que atrofia tudo e todos». Pelos vistos tem razão, e sobra quase nada...  

 

Enfim, não foi para isto que inventámos este meio de comunicação: Prima Luce é muito mais para divulgar boas ideias, a uniaõ dos esforços, como foi o resultado obtido no Chile, quando se salvaram 33 pessoas que tinham ficado presas, a centenas de metros abaixo do solo. E, claro, neste momento é para dar os parabéns a Luís Esteves Casimiro, cujo trabalho de mais de duas mil páginas, pelo que se depreende, ainda não tinha encontrado um editor!   

 

Nos próximos dias é provável que haja muito mais para contar, em função das boas novidades que esperamos venham a acontecer. Se não acontecerem, prometemos silenciar o pior. Não se trata de denunciar os que nos disseram para pôr para trás; numa de: "...esconda, esconda, tape, tape...". Mas porque temos a noção que esta temática é demasiado grande, para pôr ao nível dessas muitas pequenas coisas acontecidas; elas são tão apenas coisinhas... Muita pequenez, que tem muitos donos, mas que não os vamos apontar: a Justiça tem locais próprios onde é administrada, depois de serem configuradas as ilicitudes. A definição daquilo que ultrapassa as meras faltas, ou apenas os pecadilhos da pouca (ou nenhuma) moralidade, e da simples má educação: de quem não recebeu valores, quando era suposto. Quando é tarde, como sabemos - uma regra do ensino e da formação - já não se absorvem as bases.  

 

Foi a questão do Espírito Santo que esteve na origem da Arquitectura Gótica, daí o título da nossa tese, registada em 2006. Temos sabido dosear as nossas respostas, e o ripostar à ignorância. Tudo por tudo, vamos manter o mesmo nível, o muito alto que sempre almejamos deixar nos trabalhos com que nos comprometemos.

 

Fica uma fotografia das primeiras luzes de hoje. Entretanto, e porque as orquídeas já estão a formar mini-raminhos e rebentos giríssimos, deliciemo-nos com a imensa beleza que também se nos oferece, quando sabemos olhar. Mais, ensinemos os nossos alunos, e todos os que nos rodeiam, a saber ver: a saber distinguir as mínimas nuances, ou as regras geométricas subjacentes às composições, que normalmente as configuram.   

Almas Grandes - muito maiores do que esta janela - precisam-se...

 

Ver a notícia da FL-UP em: http://sigarra.up.pt/flup/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=3806  


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