Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Out 10
publicado por primaluce, às 09:15link do post | comentar

Se em Nov.-Dez. de 2001 Maria João Neto nos disse que era preciso compreender as "Origens do Gótico", para compreender a Arquitectura do Palácio de Monserrate. Agora somo nós que dizemos, que só se compreende a Arte do mundo ocidental, de génese cristã, se percebermos que existiu uma "Iconoteologia" que tem estado «adormecida», ou, praticamente ignorada!

É impossível falar de Cultura Visual, mesmo hoje, se não conhecermos com detalhe a história – que passa pela origem – das imagens que nos rodeiam. Estão por toda a parte: nos centros históricos das cidades, nos livros, nos museus, nos edifícios antigos (e até mesmo nos novos). E essa iconografia entra «olhos dentro». Sem nos darmos conta, inconscientemente formamos ideias, e adquirimos noções (ou esboços de...), que vão ficando «armazenadas», prontas para entrar em acção.

Mas porque tudo tem uma história, houve um antes, uma evolução e um depois. Por isso parece importante trazer essas imagens ao consciente, e estudá-las. É muito?

Re: É. Porém é fascinante; sobretudo é muito útil.   

Torna-se inútil conhecer, por vezes quase milimetricamente, a «anatomia» das catedrais românicas e góticas; sem entender o sentido dessas formas, que as concretizaram. Os verdadeiros motivos, e as razões estruturais, que as ergueram e mantêm de pé.

 

Quando os estilos foram estudados e sistematizados, em especial no século XIX, depois do espírito enciclopedista, pairava uma vontade, fortíssima, de tudo «taxonomizar». E foi isso que passou à História da Arquitectura.

Mas as obras que os artistas produziram não são organismos vivos, ou o resultado de uma evolução da natureza. Embora se possam estabelecer interessantes aproximações, pontuais.

Repare-se como no Palazzo Vechio de la Signoria em Florença estão vãos, que foram a base que os arquitectos J. T. Knowles trabalharam, e se podem ver no Palácio de Monserrate em Sintra. O seu desenho, como escrevemos, nasceu de um Ideograma *.


* Ver Monserrate uma nova história, op. cit., p. 36, onde escrevemos: "...fez-se de um novo modo, quando se transpuseram as formas dos Ideogramas, primeiro em portas e tímpanos..."

 

Ver artigo no Site da Associação Amigos de Monserrate, em: http://amigosdemonserrate.com/sites/amigosdemonserrate.com/files/conferencia_vitoriana.pdf


Sra. Arquiteta,

vi o email que a minha mãe me mandou e aqui estou. Só tenho pena que o blog não seja bilingue para que possa chegar a mais pessoas.

Bjs do seu sobrinho,

Duarte
Duarte Lobo Antunes a 12 de Outubro de 2010 às 15:39

Estás em Lisboa ou Basileia? A «obra» que planearam e realizaram dia 2.10.2010, estava Impec! Sobre o bilingue outros já disseram o mesmo. Deste trabalho vai sair (quando conseguir acabar...) um «Glossário». Onde estarão imagens iconográficas como as que Santiago Calatrava usou na Estação do Oriente, ou Foster no cilindro central do Court do British Museum. Com os respectivos significados dessas imagens: nalguns casos desde a época paleocristã. Há um trabalho, de um autor inglês que lembra o que fiz sobre Monserrate: mereciam ser postos lado a lado, eram o dele seja mais virado para o Urbanismo! Manda-me um e-mail para a minha morada. Porque, se estás mais disponível, faço chegar infos. Sobre arquitectura georgian há um site, lindo, de um atelier inglês: Robert Adam - arquitecto contemporâneo.
primaluce a 12 de Outubro de 2010 às 16:10

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