Inspirado na Nova História (de Jacques Le Goff) “Prima Luce” pretende esclarecer a arquitectura antiga, tradicional e temas afins - desenho, design, património: Síntese pluritemática a incluir o quotidiano, o que foi uma Iconoteologia
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Dez 10
publicado por primaluce, às 12:18link do post | comentar

Claro que é Natal, e todos vemos por aí o Pai Natal. Mas o "Santa" da fotografia, tem atrás uma lareira, e nela está uma imagem que ultimamente temos apresentado. Pergunta-se onde é que habitualmente se encontra essa iconografia? É relacionável com algum estilo, com alguma época, ou com algumas marcas?

 

foto vinda de: http://strawberryhill.org/    

Sendo «bom observador», perceberá que é outro o Strawberry Hill, que mais nos interessa. Se tiver curiosidade, ver em:  

http://www.strawberryhillhouse.org.uk/

De certeza que fica mais rico, pois vai ver renovada a casa de alguém - Horace Walpole que viveu entre 1717 e 1797: 80 anos certinhos! Que, por aquilo que lemos, devem ter sido de imenso gozo, e gosto pela vida! A de um verdadeiro "bon vivant", que apesar de ter vivido em França, e aí ter sido, durante alguns anos, o «enviado inglês», nem sequer escrevia bem em francês. Foi alguém que ficou para a história como um excêntrico, mas, sobretudo, também foi alguém que, com uma enorme imaginação, ajudou a dar a volta à linha da História da Arquitectura (criando nela um ponto de inflexão).  

Se lhe parecer bem tire daí «o modelo». Pois, para os tempos que se seguem, parece-nos que o melhor será fazer como ele. É verdade que era o filho mais novo do primeiro Primeiro Ministro inglês, num tempo em que a Inglaterra teve uma ascensão vertiginosa, e criou riqueza de que ainda hoje usufrui. Não terá certamente o muito de que beneficiou o filho de Sir Robert Walpole, mas quando investir, faça como ele: invista em si, de uma maneira inteligente. Faça como ele e os amigos faziam: use as palavras dos mercados, como aliás também fez, pense nas «mais-valias», a que qualquer um hoje se refere. Mas, filtre os excessos dos marketeers! Filtre aliás todos os excessos, e deixe-se levar pela lógica, e pelas lógicas do coração. Deixe-se levar pela afectividade, e pelo que é evidente. Acredite mais nos actos de alguém, do que nas palavras que esse mesmo alguém profere. Não deixe que lhe «leiam a sina», como, até parece, estarmos aqui a fazer... Ou que lhe digam que o próximo ano vai ser a escuridão total! Pense que toda a terra se pode renovar, sempre, se todos formos minimamente lógicos. Se começarmos a exigir uma separação dos lixos, de facto, e por exemplo. Ou, se exigirmos que os alimentos sejam produzidos perto: e não precisem de vir dentro de um contentor, do outro lado da Europa ou do Mundo. Enfim, deixe-se levar por ideias inteligentes, que estão certamente ao alcance de todos nós. Tenha (talvez, se quiser?), uma atitude um pouco semelhante ao que nos aconteceu na Faculdade de Letras em 2002. Quando percebemos, que as ideias instaladas a propósito do Estilo Gótico, estavam longe de baterem todas certas! Sobretudo do ponto de vista construtivo e estrutural: como tudo mais parecia um «monte de balelas», do que as certezas absolutas, que eram proclamadas! Pense que está quase sempre tudo em aberto:

Especialmente aquilo que não se entende!  

Agora veja como o «diagrama», desenhado no que aparenta ser uma grelha de ferro, pendurada no apanha-fumos de pedra de uma lareira - é o mesmo desenho de alguns sêlos do primeiro rei português. Repare como esses sêlos, desenham também o arco quebrado característico do estilo gótico.   

Se andar atento, como na estrada e no trânsito, é bom para todos. Cultive a atenção, tente ser bom observador.  

Num Ano Novo, e para uma vida nova, não deixe a sua inteligência em «mãos-alheias»

...é que as mãos - por muito habilidosas que sejam - ainda não pensam; e as dos outros, muito menos!


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