Sim «ensawpado»! Isto é: en+swap+ado = ao estado ou qualidade do que vive ensopado em mentiras e equívocos, que têm sido, largamente, alimentados e adubados.
E ao tempo que esta é a situação do país..., que todos - os que têm mais responsabilidades (para lidar com realidades complexas) - temos deixado crescer e proliferar!
A situação não é de hoje, apenas acontece que uma parte dela está finalmente a emergir*.
São mentiras contra o normal funcionamento das instituições; da lógica, de um bem-comum e de um bem-público que todos deveriam desejar.
E esta situação, aparentemente, está para se manter.
Porque não há «TROIKA» que entenda e consiga discernir que é necessário escavar, explorar e aprofundar muito (muito, muito!), para chegar a compreender o que permanece encoberto e vive subterrâneo na realidade que é a nossa sociedade e suas instituições.
E quem se queixa ou tenta denunciar as situações em curso, não o pode fazer com todos os dados e informações. Tem que ser generalista, muito habilidoso e cuidadoso. Tem que deixar entrelinhas, e espaço para haver outras leituras, nas informações que dá: esperando que o ESTADO crie as condições para que um dia haja (e se faça) JUSTIÇA.
Enfim, esperando poder concretizar os inúmeros exemplos das situações que sabe estarem profundamente incorrectas.
As quais, alguns por incompreensão - genuína -, mas outros, pelo enorme jeito que a mesma lhes vai dando; como se deduz (a não ser que estejamos rodeados de incompetentes, e de pessoas totalmente incapazes para lerem os sinais que são basto visíveis...), esses outros preferem ignorar e não denunciar?
A estatura moral dum país que se «enswapou»
está hoje em todos os jornais.
Um país que, arrogante, ainda faz questão em dizer que não é a Grécia...
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*No último subcapítulo do nosso estudo dedicado a Monserrate, sob o título: "Do Ecletismo do Palacete ao dos Jardins. Epígonos e um Epílogo: Monserrate um lugar especial, onde o valor do Património gera potencialidades", deixámos algumas informações teóricas combinadas com a nossa experiência profissional. É que de formas diferentes temos assistido ao levar de interesses particulares para o Estado, e por exemplo, também à venda de produtos da indústria (nacional ou não) - que não sendo particularmente «tóxicos» deviam ser avaliados - mas que as instituições governamentais e administrativas do Estado não tinham condições técnicas, ou "now how", para validar/homologar.
Em suma, vivemos num mundo e realidades demasiado complexas, em que muitos afirmam (à boca cheia, face a problemas que não deviam querer ignorar): "...É para o lado que eu durmo melhor!"